A jovem, que pertence ao grupo Riposte Alimentaire, foi detida por colar um cartaz adesivo numa pintura de Monet
Uma jovem ativista climático foi detida por colar um cartaz adesivo numa pintura de Monet no Museu d’Orsay, em Paris, para chamar a atenção para o aquecimento global.
A ação da rapariga, que pertence ao grupo Riposte Alimentaire (Resposta Alimentar) – grupo de ativistas ambientais e defensores da produção sustentável de alimentos – consistiu em colocar um cartaz vermelho (da cor do sangue) sobre a obra "Coquelicot" ("Papoilas") do pintor impressionista francês Claude Monet.
No vídeo, publicado pelo grupo ativista na rede social X, ouve-se a jovem a dizer que “esta é a imagem de pesadelo nos espera se nenhuma alternativa for posta em prática”.
🦺 ACTION EN COURS - PARIS
— Riposte Alimentaire (@riposte_alim) June 1, 2024
Samedi 1er Juin, 10h
Une citoyenne engagée avec la campagne Riposte Alimentaire a recouvert le tableau "Les Coquelicots” d'une version cauchemardesque du même tableau, représentant un champ de coquelicots en 2100. #A22Network #RiposteAlimentaire [1] pic.twitter.com/SpHbfuTI0r
A pintura de Monet, criada em 1873, mostra pessoas com guarda-chuvas a passear por um campo de papoilas em flor. O quadro não estava protegido por vidro. O Musée d’Orsay não deu ainda qualquer informação sobre o estado da pintura após o ataque.
A Riposte Alimentaire assumiu a responsabilidade por vários ataques a obras de arte na tentativa de chamar a atenção para a crise climática. Por exemplo, realizaram um ataque à "Mona Lisa" no Louvre e a outra pintura de Monet, "Primavera", no Museu de Belas Artes de Lyon, em Fevereiro. No mês passado, ativistas pertencentes ao grupo colaram panfletos em torno de "Liberdade guiando o povo", uma pintura de Eugène Delacroix no Louvre.
Em abril, dois dos seus membros foram detidos no Museu d’Orsay, por suspeita de estarem a preparar ali uma ação.