PSP diz que usou força necessária para repor a segurança em edifício invadido por manifestantes

Agência Lusa , MJC
13 nov 2022, 08:34

Em comunicado, a polícia salientou que a sua intervenção “deveu-se à necessidade de reposição da segurança e da ordem no local privado onde decorria o evento” com a presença do ministro António Costa Silva

A PSP garantiu este domingo que utilizou a força necessária para repor a segurança no edifício invadido no sábado, em Lisboa, por manifestantes da marcha pelo clima e onde decorria um evento privado com o ministro da Economia.

“Face à situação, e por solicitação dos responsáveis do evento, rapidamente várias equipas da PSP entraram no edifício, retirando, com o uso da força necessária, os manifestantes para o exterior”, adiantou o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

Em comunicado, a polícia salientou que a sua intervenção “deveu-se à necessidade de reposição da segurança e da ordem no local privado onde decorria o evento” com a presença do ministro António Costa Silva.

Segundo o comando de Lisboa, no âmbito da manifestação “Unir contra o fracasso climático”, os agentes procederam à retirada de cerca de 35 a 40 pessoas que entraram nas instalações da Ordem dos Contabilistas Certificados, onde “terão tentado perturbar o evento e as pessoas que nele participavam”.

“Durante o trajeto da marcha um pequeno grupo de manifestantes introduziu-se no interior e deslocaram-se para junto do auditório onde decorria o evento, sentando-se no chão, exibindo tarjas com as suas reivindicações e causando insegurança para quem lá se encontrava”, adiantou a PSP.

Os manifestantes terão entrado no edifício e fechado a porta da entrada principal, “dificultando assim a entrada de qualquer meio que pudesse intervir na invasão”, referiu a PSP, ao adiantar que o desfile prosseguiu em direção ao Liceu Camões, “não tendo sido registado mais nenhum incidente”.

A marcha pelo clima foi organizada pela coligação “Unir Contra o Fracasso Climático", da qual fazem parte o movimento Climáximo, DiEM25, Greve Climática Estudantil – Lisboa, Sciaena, Scientist Rebellion Portugal, Último Recurso, UMAR–União de Mulheres Alternativa e Resposta e a Zero–Associação Sistema Terrestre Sustentável.

Desde segunda-feira, o movimento Greve Climática Estudantil Lisboa iniciou um protesto que incluiu a ocupação de seis escolas e universidades de Lisboa, iniciativa que visa exigir o fim dos combustíveis fósseis até 2030 e a demissão do ministro da Economia e do Mar.

As ocupações coincidem com a Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP27), que decorre desde domingo em Sharm el-Sheikh, no Egito, até ao próximo dia 18.

 

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