"Não consigo encontrar outra forma de os punir senão deixá-los atrás das grades"
"Satisfeito e aliviado." É assim que reage o motorista da Carris atacado violentamente durante os tumultos de Lisboa - e que esteve em coma vários dias - à notícia de que dois suspeitos de lhe terem ateado fogo vão ficar em prisão preventiva.
Tiago não esconde a revolta contra o grupo de cerca de 10 jovens que o “tentaram queimar vivo”. “Só me pergunto' porquê eu?'. E a única resposta que encontro é talvez por ser branco. Eu pedi-lhes para sair e eles não me deixaram”, disse numa entrevista exclusiva à TVI/CNN Portugal publicada ontem e que pode ver na abertura deste artigo.
“Não consigo encontrar outra forma de os punir senão deixá-los atrás das grades. É o mínimo que a justiça pode fazer.”
Tiago, de 41 anos, esteve entre a vida e a morte após o incidente em Santo António dos Cavaleiros, quando terminava o turno da noite. Tem queimaduras de primeiro grau nas mãos e nos tornozelos e eventuais lesões nos pulmões que podem resultar numa incapacidade permanente.