Metade dos crimes de violência registados entre 2022 e 2023 contra mulheres ocorreu na residência comum (50,8%).
Os distritos com mais mulheres vítimas de crimes de violência em 2022 e 2023 são Lisboa, com 5.327 casos, Faro com 4.060 vítimas e o Porto com 3.270, segundo dados da Associação de Apoio à Vitima (APAV).
No Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra Mulheres, que se assinala esta segunda-feira, a APAV avançou à Lusa que o distrito de residência da maioria das vítimas no feminino em Portugal é o de Lisboa, com 5.327 mulheres registadas, ou seja, 22,4% do número total de vítimas contabilizadas em 2022 e 2023.
Em segundo lugar está o distrito de Faro com 4.060 (17,1%) e em terceiro está o distrito do Porto com 3.270 (13,7%).
Os distritos com menos mulheres vítimas são o da Guarda (65), seguido por Bragança (75) e Beja (91).
Outros distritos com registos da APAV são Braga (2.254), Setúbal (1.710), Coimbra (807), Santarém (744), Vila Real (724) e Aveiro (533).
O autor dos crimes de violência contra estas vítimas é em mais de metade dos casos (68,5%) do sexo masculino e tem entre 36 e os 55 anos de idade (21,2%).
Quase metade dos agressores (47,3%) têm uma relação íntima com a vítima, sendo que em alguns casos são os próprios pais/mães (7,6%) ou filho (a) da vítima.
Metade dos crimes de violência registados entre 2022 e 2023 contra mulheres ocorreu na residência comum (50,8%).
Nos anos de 2022 e 2023, do total de 23.808 vítimas do sexo feminino que chegou ao conhecimento da APAV, 49,8% (11.868) foi alvo de “vitimação continuada”.
Entre 2022 e 2023, e do total de 11.868 vítimas no feminino que foi alvo de vitimação continuada, em 28,1% (3.339), a vitimação já durava entre dois a seis anos.