Acusados mais dois suspeitos do assalto ao Museu do Louvre

CNN Portugal , BCE
1 nov, 18:38
Assalto no Louvre (EPA/Mohammed Badra)

Suspeitos são um homem, de 37 anos, e uma mulher, de 38. Ambos negam as acusações

Duas pessoas, um homem e uma mulher, foram acusados este sábado de crimes relacionados com o assalto ao Museu do Louvre, em Paris. Os dois faziam parte do grupo de cinco suspeitos detidos na quarta-feira pelas autoridades francesas. Os restantes três foram libertados, sem acusações.

De acordo com a procuradora de Paris, Laure Beccuau, um dos suspeitos, um homem de 37 anos, foi acusado de roubo em grupo e conspiração criminosa. A mulher, de 38 anos, foi acusada de cumplicidade. Ambos negam as acusações.

O advogado da mulher, Adrien Sorrentino, adiantou aos jornalistas que a sua cliente está "devastada" com toda esta situação. "Ela não entende como está implicada em nenhum dos elementos de que está a ser acusada", afirmou o advogado, citado pela Associated Press (AP).

O assalto, que expôs falhas graves de segurança no museu mais visitado do mundo, ocorreu na manhã de 19 de outubro, ainda durante o horário de abertura. 

Dois homens já tinham sido detidos no fim de semana passado. Segundo a procuradora de Paris, ambos “admitiram parcialmente” o envolvimento no roubo. Acredita-se que os dois sejam os homens que invadiram a Galeria Apollo, onde decorreu o furto das nove joias da coleção de Napoleão. Um deles foi detido no Aeroporto Charles de Gaulle com um bilhete só de ida para a Argélia. Segundo a procuradora, o seu ADN coincide com uma amostra recolhida numa das duas scooters usadas na fuga.

O roubo não terá durado mais do que quatro minutos e ocorreu entre as 9:30 e as 9:40 (hora local, 8:30 e 9:40 em Portugal) do dia 19 de outubro, coincidindo com a hora de abertura do Louvre.

A investigação preliminar apurou que os suspeitos usaram um elevador de carga para aceder à sala onde as jóias estavam expostas. Depois, puseram-se em fuga numa scooter, que foi encontrada pela polícia nas imediações logo após o alerta de assalto.

Durante a semana, foi noticiado que não havia câmaras de segurança a funcionar na zona da varanda utilizada pelos assaltantes, levando os investigadores a suspeitar do envolvimento de funcionários do museu, que sabiam que entrada deveria ser usada.

Ao todo, as jóias roubadas há uma semana estão avaliadas em cerca de 88 milhões de euros, como foi revelado pela procuradora de Paris no rescaldo dos acontecimentos.

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