Famílias têm 180 mil milhões de euros a desvalorizarem-se nos bancos

1 nov 2022, 20:57

Taxas dos depósitos estão muito abaixo da inflação. E isso é um desincentivo à poupança. A análise na rubrica semanal “As Pessoas Não São Números”.

Ontem foi Dia Mundial da Poupança e repetiram-se avisos e apelos à poupança. O problema é que o destino preferido dos portugueses para colocarem as suas poupanças são os bancos – e os bancos estão a pagar pouco, muito pouco.

Estas são as taxas de juro que, ao contrário das dos créditos, pouco estão a subir: as dos depósitos.

Segundo dados do Banco de Portugal, as famílias portuguesas tinham no final de setembro um total de 181,3 mil milhões de euros em depósitos. Este valor é aliás superior às dívidas das famílias portuguesas, que rondam os 150 mil milhões de euros. Mas enquanto as taxas de juro dos créditos à habitação já subiram para mais de 2%, e os créditos ao consumo estão a pagar quase 8%, as remunerações dos depósitos pouco subiram.

Só em agosto, entraram nos cofres dos bancos mais 4,1 mil milhões de euros em novos depósitos de particulares. A taxa de juro média nesse mês foi de 0,07%. A inflação, recorde-se foi de 9% em agosto, acelerando para 9,3% em setembro e para 10,2% em outubro. Isto significa que a inflação é mais de 140 vezes a taxa de juro dos depósitos.

Veja na íntegra o vídeo da rubrica "As Pessoas Não São Números".  

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