Polícia usa gás lacrimogéneo para dispersar manifestantes em Arizona

Agência Lusa , HCL
25 jun 2022, 08:51
Protestos contra e a favor do aborto nos Estados Unidos (AP)

O estado norte-americano era uma das alternativas para as mulheres do estados, como o vizinho Utah, onde na sexta-feira entrou em vigor uma lei, aprovada em 2020, que proíbe o aborto

A polícia disparou na noite de sexta-feira gás lacrimogéneo das janelas do edifício do Capitólio de Arizona, no sudoeste dos Estados Unidos, para dispersar centenas de manifestantes, após o Supremo Tribunal reverter o direito ao aborto.

Os senadores estavam a trabalhar para concluir a sessão parlamentar de 2022, quando milhares de manifestantes se reuniram no terreno junto ao parlamento de Arizona, em Phoenix, divididos em grupos que condenavam ou apoiavam a decisão tomada pela maioria absoluta conservadora no Supremo Tribunal.

Membros da polícia de intervenção dispararam gás lacrimogéneo, após manifestantes terem começado a bater nas portas de vidro do edifício do Capitólio, avançou a televisão local KPHO-TV.

Não se sabe até ao momento se houve feridos ou detenções.

O incidente levou os senadores a refugiarem-se na cave do parlamento durante cerca de 20 minutos, disse o senador democrata Martin Quezada. O gás lacrimogéneo penetrou no Capitólio depois, forçando os senadores a reunirem-se numa sala de audiência em vez da câmara principal do edifício.

 

 

Milhares de manifestantes saíram às ruas na sexta-feira em cidades de todo o país, a maioria para protestar contra o Supremo Tribunal, que na sexta-feira anulou a proteção do direito ao aborto em vigor no país desde 1973, permitindo que cada Estado decida se mantém ou proíbe a interrupção voluntária da gravidez.

Tanto em Arizona como no estado vizinho de Texas, as clínicas que efetuam abortos suspenderam as operações, por receio de enfrentar processos criminais.

Arizona era um dos estados vistos como alternativa para as mulheres dos estados, como o vizinho Utah, onde na sexta-feira entrou em vigor uma lei, aprovada em 2020, que proíbe o aborto, com exceções para casos de violação ou incesto se os crimes foram denunciados às autoridades, de sério risco para a vida ou saúde da mãe ou de defeitos congénitos letais confirmados.

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