Área Metropolitana do Porto avança para a criação da empresa metropolitana de transportes

Agência Lusa , PF
28 abr 2023, 13:21
STCP vai ter novos autocarros elétricos (Foto: Energia Fundamental)

Os responsáveis da AMP têm apontado o final do primeiro semestre como data prevista para o arranque da nova rede

A Área Metropolitana do Porto (AMP) vai avançar definitivamente para a criação de uma empresa metropolitana de transportes, disse o vice-presidente Jorge Sequeira, após os autarcas presentes no Conselho Metropolitano desta sexta-feira concordarem com o início do processo.

"Relativamente à criação de uma empresa metropolitana de transportes, os municípios presentes na reunião, unanimemente, consideraram que devemos avançar para a criação dessa empresa", disse o vice-presidente da AMP e autarca de São João da Madeira.

Segundo Jorge Vultos Sequeira, a criação da empresa "será uma importante ferramenta para gerir as linhas de transporte metropolitano que resultaram do concurso público que oportunamente foi lançado" e que já teve o visto do Tribunal de Contas, em 4 de abril.

"Foram dadas hoje orientações à Comissão Executiva para preparar os documentos para que se delibere quanto à criação dessa empresa", acrescentou o autarca socialista de São João da Madeira (distrito de Aveiro).

O vice-presidente da AMP, que presidiu à reunião do Conselho Metropolitano, disse que a decisão se seguiu a uma reunião de trabalho que vários autarcas tiveram em Lisboa, junto da empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) e da Área Metropolitana de Lisboa (AML).

"Em Lisboa aconteceu o mesmo processo que está em curso no Porto", explicou, em que "foi lançado um concurso para gerir a oferta de transportes na Área Metropolitana de Lisboa, e Lisboa decidiu criar uma empresa", disse aos jornalistas no final da reunião.

Segundo Jorge Vultos Sequeira, os autarcas tomaram "conhecimento das dificuldades, das etapas que foram percorridas e da experiência que aconteceu em Lisboa" e ficaram "persuadidos da importância da criação da empresa".

Quanto às dificuldades no arranque da Carris Metropolitana (marca de transportes da TML), que no seu início registou falhas de serviço e falta de motoristas, Jorge Vultos Sequeira disse que foram "públicas e notórias".

"Foi relativamente complexo esse tema, mas obviamente que nós neste momento estamos mais capacitados com a experiência que ocorreu, e vamos trabalhar com os operadores para tentar resolver esses problemas e colocar os autocarros ao serviço das pessoas", disse o responsável.

Na AMP, a nova marca de transportes públicos rodoviários da AMP, com exceção do concelho do Porto (onde a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto opera em exclusividade), vai chamar-se UNIR, e os autocarros deverão ser sobretudo azuis, pretos e brancos.

O surgimento da nova imagem surge na sequência do concurso público de 394 milhões de euros que acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante, com a frota de autocarros a apresentar "uma imagem comum em todo o território".

Os responsáveis da AMP têm apontado o final do primeiro semestre como data prevista para o arranque da nova rede.

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