O incêndio deflagrou às 20:21 de terça-feira e está a ameaçar o Parque Nacional Peneda-Gerês. Não há, até ao momento, feridos entre os operacionais no terreno, nem aldeias em perigo
Mais de 230 operacionais e quatro meios aéreos (chegaram a ser nove) combatiam pelas 12:50 um incêndio em Ermelo, no concelho de Arcos de Valdevez, Viana do Castelo, de acordo com o site da Proteção Civil. As chamas lavram muito perto do Parque Nacional da Peneda-Gerês, sendo que o incêndio já consumiu mais de 900 hectares de mato.
Em declarações à CNN Portugal, o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez diz que "as condições climatéricas não são as melhores" e que suspeita de fogo posto.
"Acho que podemos dizer que há fogo posto. Podemos dizer, por aquilo que se vai dizendo, que é intencional e, por isso, aquilo que eu peço e aquilo que tenho falado, já tive a oportunidade também, ainda hoje mesmo, de manhã, de falar com o secretário de Estado da Proteção Civil, em que ele me dava nota do empenhamento e dos meios aqui que seriam colocados. Temos de incrementar aquilo que são os meios de vigilância e de segurança e de judiciários para tratar este assunto", afirmou José Manuel Esteves.
O incêndio deflagrou às 20:21 de terça-feira e está a ameaçar o Parque Nacional Peneda-Gerês.
Não há, até ao momento, feridos entre os operacionais no terreno, nem aldeias em perigo.
“Há zonas do incêndio que estão controladas, mas a cabeça do incêndio está mais complicada”, frisou o segundo comandante do Comando Sub-regional do Alto Minho, Carlos Pereira, à Lusa, confirmando ainda que “o vento está bastante forte e a complicar as manobras de extinção”.
O responsável disse ter a expectativa de até final do dia conseguir resolver a situação. “É sempre uma expectativa porque há fenómenos que não controlamos, mas estamos a fazer o melhor possível”, destacou.
"Número muito elevado de incêndios"
José Manuel Esteves acrescentou, em declarações à Lusa, que "o presidente da República também ligou para se inteirar do incêndio", tendo o autarca aproveitado para "alertar para a necessidade de ser reforçado o policiamento e a investigação”.
O presidente da Câmara de Arcos de Valdevez sublinhou “os esforços de todos os operacionais", do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e das Juntas de Freguesia.
“Temos tentado resolver os problemas, mas há um número muito elevado de incêndios. A esmagadora maioria, segundo o sentimento geral, tem origem criminosa. Isto esgota os meios, desanima as pessoas e é um combate desigual. Fazem-se todos os esforços, as pessoas passam horas atrás dos incêndios e, de repente, surge mais um e, a seguir outro noutro lado”, reforçou.