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AO MINUTO || "Não, não me demito": ministra da Saúde ouvida após caso de grávida que morreu. E diz que problemas com grávidas são de "recém-chegadas a Portugal que nem telemóvel têm"

Audição de Ana Paula Martins surge após pedidos de demissão da parte da oposição e num dia em que se soube que uma grávida morreu depois de ir ao hospital Amadora-Sintra e ser enviada para casa. Audição é sobre o Orçamento para a Saúde mas o caso da grávida foi levantado pelos deputados. Siga aqui
2025-10-31

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2025-10-31
19:28

"Eu nasci na Guiné-Bissau". Ministra da Saúde foi ouvida no dia em que morreu uma grávida num hospital e acabou a defender-se de uma acusação de xenofobia

Para azar de Ana Paula Martins, a morte de uma grávida de 38 semanas no Hospital Amadora-Sintra ocorreu no dia em que estava agendada uma reunião da comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, onde apresentaria o orçamento para o setor. As questões relacionadas com o dinheiro, a falta de profissionais e a escassez de meios foram postas de parte em alguns momentos
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2025-10-31
19:27

Fechamos agora a cobertura da audição à ministra da Saúde. Pode ler o resumo do que se passou no texto seguinte.

2025-10-31
17:23

Ministra responde à acusação do Livre: "Nasci na Guiné-Bissau. Não vejo nenhum problema em referir o sítio onde as pessoas nasceram"

Ana Paula Martins respondeu às acusações de Paulo Muacho, que insinuou que a ministra da Saúde foi xenófoba pela forma como abordou o caso da mulher grávida que morreu esta sexta-feira no Hospital Amadora-Sintra.

“Eu nasci na Guiné-Bissau. Não vejo nenhum problema em referir o sítio onde as pessoas nasceram. Nasci lá porque o meu pai trabalhava lá, nunca o escondi, bem pelo contrário, tenho orgulho da minha infância e até, no limite, se disse duas vezes, disse a falar de alguém que é compatriota”, começou por dizer a governante.

“O senhor tirou das minhas palavras aquilo que eu não disse. Eu só disse um facto: esta senhora é oriunda da Guiné-Bissau, chegou cá há muito pouco tempo, a primeira vez que a vimos foi com 38 semanas de gravidez e, já agora, acrescento: os partos das ambulâncias em boa parte são iguais, temos os dados. A forma que temos de resolver isto é sabendo que temos pessoas com estas características, e por isso é que fizemos a proposta de ter enfermeiros que possam falar com estas mulheres, que chegam sem terem apoio, para não andarem perdidas no sistema”, acrescentou.

Ana Paula Martins disse ainda que há médicos e enfermeiros que não fazem e têm medo de fazer urgências devido ao “enorme risco” de atender pessoas “que nunca viram e que não acompanharam na gravidez”.

“Isto é um problema, quer queiram, quer não queiram”, disse a ministra.

2025-10-31
17:08

Livre acusa ministra da Saúde de xenofobia

Na sua intervenção na comissão, o deputado Paulo Muacho, do Livre, lamentou a morte da grávida esta sexta-feira e acusou a ministra da Saúde de ter “adotado o discurso do Governo no sentido de todos os problemas serem responsabilidade dos estrangeiros e dos imigrantes”.

“Foi o que a sra. ministra aqui disse. ‘Bom, os bebés que nascem fora das ambulâncias são de mães estrangeiras que não têm telemóvel, que não estão a ser acompanhadas’, foi isso que disse”, acusou Muacho.

“A sra. ministra também fez questão, quando se referiu ao caso em específico, de referir duas vezes a nacionalidade da mulher em questão. Parece-nos que essa questão será irrelevante nesta matéria”, acrescentou.

2025-10-31
16:37

PS acusa Governo de passar "cheque sem cobertura" para a saúde, ministra rejeita

Mariana Vieira da Silva, do PS, alega que as verbas alocadas à saúde no OE 2026 não cobrem todos os gastos do SNS, e afirma que a medida, justificada com a eliminação de ineficiências, veio do Ministério das Finanças e não do Ministério da Saúde.

Na resposta, Ana Paula Martins discorda de Vieira da Silva quando esta diz que o orçamento é um "cheque sem cobertura".

"O facto de termos uma redução de 10%, cerca de 880 milhões de euros em ABS, e ignorar os sete mil milhões que lá estão, não me parece que seja um cheque em branco ou pouco dinheiro", disse a ministra da Saúde.

2025-10-31
16:37

O que mais preocupa a ministra? A falta de Centros de Saúde "à antiga", para "não enviar as pessoas para os hospitais"

A ministra falará agora, a pedido da bancada que é também a do Governo, o PSD, sobre medidas de eficiência na Saúde. “Temos várias” e não são “maioritariamente novas”, assegura. “Algumas tirámo-las do baú. Estiveram em exercício em tempos. E caíram”, refere a ministra, enumerando brevemente: “Como é o caso das compras centralizadas. Ou das normas de orientação clinica — para tratar as pessoas de forma adequada e de forma transparente”. 

Questiona também sobre “dificuldades” que encontrou desde que assumiu esta pasta, a da Saúde, Ana Paula Martins podia atirar ao Partido Socialista, mas não o fez. “Não é verdade que alterámos a reforma do PS. Extinguimos as ARS, sim, mas continuámos com as ULS. Não acabámos com a direção-executiva do SNS também. Independentemente do que nós pensamos da reforma do PS na Saúde, nós temos dificuldade económico-financeiras” Admitindo que há “dificuldade na gestão”, Ana Paula Martins enumera algumas dessas dificuldades: “A maior dificuldade de todas, a que sinto que temos de ultrapassar, é a dos cuidados de saúde primários. Tinham uma organização que não era perfeita mas tinha resultados. Alguma indicadores tiveram retoma connosco, mas sentimos que se verticalizou a gestão e, assim, os indicadores de produtividade enfraqueceram. Hoje os utentes não têm, como tinham, por falta de estrutura, a mesma capacidade que tinham de resposta, em tempo útil”, lamentou. 

Numa audição que se esperava que fosse longamente em torno da morte de um grávida, Ana Paula Martins, sem que lhe colassem a pergunta diretamente, assumiu isto: “A grande aposta, se eu tivesse que escolher, era claramente conseguir que os cuidados de saúde primários voltassem a acreditar que podemos ter centros de saúde com proximidade na resposta, para não enviar as pessoas para os hospitais. É o que mais me preocupa, é isto”. 

2025-10-31
16:13

Ministra explica o que aconteceu no caso da grávida que morreu no hospital Amadora-Sintra

Uma mulher grávida de 38 semanas morreu na madrugada desta sexta-feira no hospital Amadora-Sintra, em Lisboa. A partir da Assembleia da República, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, apresenta a linha dos acontecimentos.

2025-10-31
16:06

Grávida que morreu no Amadora-Sintra não era acompanhada e, por isso, a ministra garante: "Não, não me demito"

Sobre o caso da grávida do Amadora-Sintra que morreu esta sexta-feira, Ana Paula Martins prometeu partilhar “a informação” que tinha, mas limitou-se a enumerar o que o INEM já dissera sobre o socorro (nomeadamente a fita do tempo) e a ler o comunicado que o hospital fornecera, sem acrescentar nenhuma informação nova. E só no fim disse: “Mais uma vez, é uma grávida que não era acompanhada até que deu entrada no Amadora-Sintra já com 38 semanas.” 

Questionada pelo Chega sobre se se demitirá no seguimento desta morte, a ministra foi concreta: “Continuar? A minha resposta é não, não me demito”. 

2025-10-31
16:03

Ana Paula Martins diz que a maioria das grávidas que deu à luz em ambulâncias ou via pública são estrangeiras

Elogiando, ou auto-elogiando, um aumento de consultas (de diversas e distintas áreas) e cirurgias, “com um impacto maior na cirurgia oncológica”, Ana Paula Martins quis “ir mais longe” e falar de “filas de espera”, que garante estarem “a diminuir”. 

A seguir, de chofre, falaria brevemente do tema do dia, e de outros dias: os problemas na obstetrícia, partos em ambulância ou, como hoje se deu, mortes de grávidas. Assegurando que em 2025 foram “154” os partos “em ambulância ou via pública”, em crescendo face aos "169 em 2022, 173 em 2023 e 189 em 2024", Ana Paula Martins diz saber hoje “quem são” estas grávidas. E descreve-as: “Sabemos quem são e o que aconteceu. São grávidas que nunca foram seguidas durante a gravidez, sem médico de família, recém chegadas a Portugal e que, muitas vezes, nem falam português, não foram preparadas para chamar o socorro e nem telemóvel têm.” 

2025-10-31
15:55

"O caminho que temos pela frente é o caminho das pedras", admite ministra

Ana Paula Martins diz que “conta com todos” para haver um SNS “mais eficiente”. “Não queremos gastar mais e gastar pior; queremos gastar o necessário para que nada falte”. E faz um apelo: “Deixemos de uma vez por todos de dizer que o SNS está suborçamentado”. 

Segundo a ministra, a obrigação do Governo “é dar melhor saúde e melhor combater a doença — e o SNS é a espinha dorsal”. No entanto, nem só de SNS se faz a Saúde. “Público, privado e social devem ter um papel claro, porque todos são necessários. O caminho que temos pela frente é o caminho das pedras. Mas não queremos um caminho sem saída e sem sustentabilidade”, concluiu. 

2025-10-31
15:53

Cortes na Saúde? "O tema não é ter mais dinheiro, mas ter dinheiro para o que é preciso”

Na intervenção inicial, Ana Paula Martins garantiu que o Orçamento “está muito além de uma manobra para ser popular”, embora aumente “mais uma vez” as despesas na Saúde. “É realista”, assegura, e tem a Saúde “como um dos valores, ou o valor, mais importante numa sociedade”. “Se a saúde dos portugueses é aquilo que nos une, temos de ir mais longe”, disse, falando aos deputados de todos os partidos. Para Ana Paula Martins,  “o tema não é mais dinheiro, mas ter dinheiro para o que é preciso”. “Ser mais justos e eficientes, que a Saúde não dependa da condição económica e social. É um caminho longo, difícil, mas do qual não abdicamos”, referiu ainda. 

2025-10-31
15:30

"Demitir a ministra da Saúde seria reconhecer uma derrota política que o primeiro-ministro não quer assumir"

A morte de uma grávida no hospital Amadora-Sintra acontece um dia depois de Marcelo Rebelo de Sousa ter segurado Ana Paula Martins. A oposição pede a demissão
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2025-10-31
15:23

Vai começar a tarde mais longa (e a última como ministra?) de Ana Paula Martins

Ministra da Saúde, Ana Paula Martins (Filipe Amorim/Lusa)

Numa tarde marcada pela notícia da morte de uma grávida no Hospital Amadora-Sintra, Ana Paula Martins vai hoje ao Parlamento defender a proposta orçamental para a Saúde, acompanhada pela secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, e pelo secretário de Estado da Gestão da Saúde, Francisco Rocha Gonçalves.

O contexto político é tenso: o PS pediu ao primeiro-ministro a demissão da ministra; Luís Montenegro reafirmou “confiança política total” na titular da pasta e garantiu a sua permanência no Governo. O presidente do Chega também considerou que Ana Paula Martins “não tem condições” para continuar e propôs um acordo parlamentar para impedir desinvestimento no SNS. Não obteve resposta do primeiro-ministro.

Em pano de fundo, a Direção Executiva do SNS transmitiu orientações aos hospitais para reduzirem despesa em 2026, mesmo que isso implique abrandar a resposta aos doentes — linhas que o primeiro-ministro rejeita como “cortes”, falando antes de maior eficiência e “otimização de recursos”.

A reação no setor fez-se ouvir: “inaceitável”, disse o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, que acrescentou que os administradores hospitalares “receberam ordem para cortar na despesa corrente e ninguém sabe como fazê-lo sem prejudicar os doentes”.

Do lado do Governo, os números apresentados sustentam que, até agosto de 2025, a despesa com pessoal aumentou 12% devido à valorização das carreiras de médicos, enfermeiros e outros profissionais e aos aumentos salariais na função pública, e que em 2026 deverá subir mais 5%, de acordo com a proposta do Orçamento do Estado.

A audição de hoje deverá centrar-se na explicação destas metas e das orientações à rede hospitalar para o próximo ano, sob o crivo da oposição e das ordens profissionais. Orçamento da Saúde sob fogo cruzado. E mais está a ministra Ana Paula Martins. 

2025-10-31
15:15
2025-10-31
14:22

A ministra da Saúde "entrou num domínio político de inimputabilidade, parece que tem a proteção do primeiro-ministro"

António Costa, comentador da CNN Portugal, analisa 

2025-10-31
14:21

Grávida morre depois de ir ao hospital Amadora-Sintra e ser enviada para casa. Bebé nasceu, está com "prognóstico muito reservado"

Hospital abre inquérito. Mulher foi ao Amadora-Sintra na quarta-feira, tendo-lhe sido detetada "hipertensão ligeira". Foi enviada para casa com consulta marcada. Deu novamente entrada no hospital na madrugada desta sexta-feira, transportada por uma viatura de emergência médica - estava em paragem cardiorrespiratória. Entre a chamada para o INEM e a chegada ao hospital passaram uma hora e 20 minutos - "não parece excessivo"
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2025-10-31
14:21

Hospital garante que foi seguido o "protocolo clínico" no caso da grávida que morreu após ter sido enviada para casa. E anuncia "inquérito interno"

Mulher foi ao hospital Amadora-Sintra na quarta-feira para uma consulta de rotina, durante a qual lhe foi detetada "uma hipertensão ligeira". Foi enviada para casa
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2025-10-31
14:21

INEM diz que grávida que morreu no Amadora-Sintra apresentava "falta de ar": ambulância acionada 8 minutos após a chamada

Mulher foi ao Amadora-Sintra na quarta-feira, tendo-lhe sido detetada "hipertensão ligeira". Foi enviada para casa com consulta marcada. Deu novamente entrada no hospital esta madrugada, em paragem cardiorrespiratória
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2025-10-31
14:21

INEM recebe chamada sobre a grávida às 00:28, manobra de suporte de vida aplicada às 01:14, chegada ao hospital pelas 01:48: fita do tempo

Grávida de 38 semanas morreu no hospital Amadora-Sintra depois de ter sido enviada para casa. Entre a chamada e a chegada ao hospital passaram uma hora e 20 minutos. Esta é a fita do tempo
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2025-10-31
14:21

IGAS e ERS abrem inquérito ao caso de grávida que morreu depois de ir ao hospital e ser mandada para casa

Mulher foi ao Amadora-Sintra na quarta-feira, tendo-lhe sido detetada "hipertensão ligeira". Foi enviada para casa com consulta marcada. Deu novamente entrada no hospital na madrugada desta sexta-feira, transportada por uma viatura de emergência médica - estava em paragem cardiorrespiratória. O bebé nasceu, está com "prognóstico reservado"
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