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AUTÁRQUICAS AO MINUTO | Núcleo duro da direção do PSD reúne-se hoje dois dias depois de vitória eleitoral

Lisboa, Porto, Gaia, Sintra e Oeiras são do PSD, tal como a Associação de Municípios. Porto foi decidido por 2008 votos. Chega ficou com três câmaras - São Vicente (Madeira), Entroncamento e Albufeira, CDS teve sozinho o dobro das do Chega (o CDS teve ainda mais 52 em coligação)
2025-10-14
2025-10-14
12:19

Paulo Pereira (PS) atribui vitória do PSD/CDS em Baião às “promessas fáceis”

O candidato do PS à Câmara de Baião, Paulo Pereira, derrotado das eleições de domingo, ainda não decidiu se assumirá o lugar de vereador e atribuiu hoje a vitória do PSD/CDS-PP às “promessas de soluções fáceis para questões complexas”.

Em declarações à agência Lusa, Paulo Pereira quis “saudar democraticamente” Ana Raquel Azevedo, candidata vencedora e nova presidente da Câmara de Baião e “desejar-lhe boa sorte no desempenho de tão honroso cargo”.

“Que possa, efetivamente, corresponder às expectativas criadas e aspirações dos baionenses que acabam de lhe confiar o mandato (…). Sigo de cara levantada, consciência tranquila de quem fez o melhor que sabia e que podia (…). A vitória tem muito a ver com a promessa de respostas ou soluções fáceis para questões complexas e que afetam muito territórios como o nosso de baixa densidade”, disse o socialista.

Com quase duas décadas de governação autárquica, primeiro enquanto vice-presidente e desde 2015 na liderança da autarquia, Paulo Pereira recandidatava-se a um terceiro mandato.

À Lusa assumiu que “não estava nada à espera deste desfecho pela ação, pela atitude, pela obra realizada”.

“Nós temos uma ferramenta única no país que chamamos de ‘compromissómetro’. No mandato 2017-2021 cumprimos com 99% dos nossos compromissos. Neste mandato (2021-2025) estamos com uma execução de 94%. Tenho de assumir, enquanto líder do projeto, a derrota. Ganhámos, apesar de tudo, em 10 das 14 freguesias. Portanto, temos 10 em 14 presidentes de junta. Na câmara, os baianenses quiseram a mudança”, disse.

Confessando-se “triste” e “até algo injustiçado”, o socialista acrescentou que tem que “tentar compreender este resultado, mas acima de tudo respeitá-lo porque é a democracia a funcionar”.

“Não foi por falta de obra, por falta de rigor nas contas, nem de transparência e verdade. Olhando para trás, faria tudo da mesma forma, excetuando, talvez um ou outro procedimento (…). Também posso dizer que o Governo atrasou, ou deixou mesmo deliberadamente, projetos na gaveta, que eram muito estruturantes para o concelho, como o protocolo que tínhamos com o IHRU para a construção de apartamentos para arrendamento acessível ou a ligação de Baião a Ponte da Ermida que deveria estar concluída e não está”, analisou.

Questionado sobre se assumirá o lugar de vereador da oposição, Paulo Pereira disse que a decisão “merece uma reflexão profunda”, remetendo a resposta para mais tarde.

“Tenho de refletir em como dar o meu contributo para que o projeto do Partido Socialista em Baião rejuvenesça e apareça fortificado nas próximas eleições”, concluiu, vincando estar “muito grato aos baionenses pela oportunidade de os servir da melhor forma que soube, sempre no limite das capacidades e possibilidades”.

A coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições autárquicas em Baião, com maioria absoluta, conquistando esta câmara do distrito do Porto ao PS.

Com 51,68% dos votos, a coligação PSD/CDS-PP elegeu quatro dos sete mandatos, ficando o PS em segundo, com três mandatos e 40,6% dos votos.

2025-10-14
12:16

Rui Moreira deseja "as maiores bonanças" a Pedro Duarte à frente da Câmara do Porto

O atual presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, desejou hoje ao seu sucessor, Pedro Duarte, "as maiores bonanças" à frente da autarquia, recordando que vários elementos que o apoiaram integram agora o novo executivo da coligação PSD/CDS-PP/IL.

"A Pedro Duarte e a toda a sua equipa, desejo as maiores bonanças neste novo ciclo ao serviço da nossa Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta Cidade do Porto", publicou hoje na sua página oficial na rede social Facebook, que suspendeu durante o período de campanha eleitoral.

Na publicação feita hoje, o autarca independente quis "felicitar Pedro Duarte, candidato eleito pelos portuenses para ser o próximo Presidente da Câmara Municipal do Porto".

"Pedro Duarte vai governar a Cidade do Porto, tendo a seu lado, como Vice-Presidente, Catarina Araújo, que integrou a minha equipa de Vereação nos meus últimos dois mandatos, com toda a competência e dedicação que lhe são reconhecidas", salienta Rui Moreira, que lidera a Câmara do Porto desde 2013.

O autarca, que não se podia recandidatar ao cargo nas eleições deste ano devido à lei de limitação de mandatos, recordou ainda que Patrícia Rapazote esteve nas suas listas "há quatro anos, e foi agora reeleita Presidente da Junta de Freguesia de Ramalde, pela coligação O Porto Somos Nós [PSD/CDS-PP/IL]".

Na quinta-feira, numa publicação aberta na sua página pessoal da mesma rede social, Moreira lembrava que pessoas que estiveram consigo nos últimos 12 anos concorriam "em quatro candidaturas diferentes" às eleições autárquicas, reafirmando que não apoiava nenhuma e dando o seu projeto como "concluído".

A coligação PSD/CDS-PP/IL venceu as eleições autárquicas de domingo e Pedro Duarte sucede ao independente Rui Moreira como presidente da Câmara.

Contabilizados os resultados das sete freguesias do concelho do Porto, o PSD/CDS-PP/IL recolhe 37,30% dos votos e elege seis vereadores, enquanto o PS se torna o segundo partido mais votado, com 35,57% e outros seis eleitos, e o Chega fica em terceiro lugar, com 8,22% dos votos, e conquista um mandato.

2025-10-14
12:15

Presidente eleito destaca "resultado histórico" do PS que destrona CDU em Serpa

O presidente eleito da Câmara de Serpa, Francisco Picareta (PS), destacou hoje o “resultado histórico” dos socialistas neste concelho, o último 'bastião' comunista do distrito de Beja, e elegeu a requalificação da escola secundária como prioridade.

“O resultado em Serpa foi histórico e reflete a vontade de mudança que existe no concelho e é muito gratificante ter recebido uma maioria e um voto de confiança para os próximos quatro anos”, afirmou à agência Lusa Francisco Picareta.

O PS ganhou a Câmara de Serpa, com maioria absoluta, nas autárquicas de domingo, conquistando uma autarquia que foi sempre liderada pela CDU ou por coligações encabeçadas pelo PCP desde 1976, aquando das primeiras eleições após a Revolução do 25 Abril de 1974.

Francisco Picareta disse “encarar o mandato com muita ambição, dedicação e vontade de melhorar o concelho” e revelou que a primeira medida a ser tomada será assegurar financiamento para as obras de requalificação da Escola Secundária de Serpa.

“Houve uma oportunidade perdida, há uns anos, que a [então] governação da autarquia resolveu não aceitar, mas queremos realizar essa obra e garantir o financiamento para que seja efetuada. É uma obra estruturante para o concelho”, destacou.

O presidente eleito definiu também como prioridades a reorganização dos serviços municipais, a requalificação do centro de saúde e da escola de Vila Nova de São Bento e a reabilitação dos parques empresariais.

“Dizer que há uma medida específica seria pouco, queremos fazer um desenvolvimento integrado e tomar estas primeiras medidas com muita vontade e ambição”, assinalou.

Francisco Picareta realçou ainda o “trabalho de equipa” que permitiu ao PS obter este resultado eleitoral, salientando o contributo de Ricardo Mestre, antigo secretário de Estado da Saúde no mais recente Governo PS, que foi eleito para a assembleia municipal.

O PS venceu com 41,25% dos votos e conseguiu quatro mandatos na câmara, enquanto a CDU (PCP/PEV) ficou-se pelos 33,62% e três mandatos, segundo os dados do Ministério da Administração Interna (MAI).

O terceiro mais votado foi o PSD/CDS-PP com 8,41% dos votos, seguindo-se o Chega com 7,84% e o movimento independente Fazer Serpa, liderado pelo ex-autarca João Rocha, com 6,88%.

Nas eleições de domingo, estavam inscritos 12.137 eleitores neste concelho, tendo votado 63,91% (abstenção foi 36,09%). Os votos brancos foram 1,13% enquanto os nulos foram 0,86%, de acordo com os resultados provisórios do MAI.

2025-10-14
12:02

Câmara de Aljustrel volta a ter gestão CDU após 16 anos de governação PS

A Câmara de Aljustrel, no distrito de Beja, foi conquistada pela CDU, após 16 anos de governação do PS, devido à “vontade clara da população em mudar o rumo do concelho”, disse hoje o presidente eleito, Fernando Ruas.

“A vitória da CDU resulta de uma vontade clara da população em mudar o rumo do concelho e de recuperar uma forma diferente de fazer política, assente na dedicação, transparência e comprometida verdadeiramente com o interesse público”, disse Fernando Ruas, que já era vereador sem pelouros neste município alentejano.

Em declarações à agência Lusa após as eleições de domingo, Fernando Ruas assumiu que a CDU apresentou “candidatos com provas dadas nas suas áreas profissionais e ligados à realidade local”, que acabaram por merecer “a confiança dos eleitores do concelho”.

A coligação liderada pelo PCP e que integra também o PEV, acabou por vencer as eleições em Aljustrel com maioria absoluta, garantindo três dos cinco eleitos no executivo municipal, 'batendo' o PS, que tinha como cabeça de lista Nelson Brito, que liderou a autarquia entre 2009 e 2021.

Segundo Fernando Ruas, as áreas prioritárias para este mandato "são educação, habitação, ciclo da água, desenvolvimento económico, saúde e ambiente”.

Antes, disse à Lusa, “num primeiro momento, será fundamental inteirar-me dos projetos com financiamento comunitário, para tentar ainda garantir a sua execução”.

A par disso, o autarca comunista disse que quer “ouvir atentamente os trabalhadores do município, que [são] quem melhor conhece o funcionamento interno e as necessidades reais dos serviços”.

“Essa auscultação é essencial para melhorar posteriormente as suas condições de trabalho e, consequentemente, poder assegurar uma prestação de serviços de qualidade e excelência à população”, concluiu.

A Câmara de Aljustrel foi liderada pela CDU entre 1976 e 2009, altura em que o PS conquistou o município, que geriu depois ao longo de 16 anos.

Nas eleições de domingo, de acordo com os dados provisórios do Ministério da Administração Interna, a CDU ‘conquistou’ a câmara ao obter mais 93 votos do que o PS.

A coligação liderada pelos comunistas conseguiu 2.561 votos (46,72%) e os socialistas ficaram-se pelos 2.468 votos (45,02%). Em terceiro lugar ficou o Chega, com 329 votos (6,00%).

Dos 7.703 eleitores inscritos no concelho votaram 5.482 (71,17%). Foram registados 68 votos em branco (1,24%) e 56 nulos (1,02%).

2025-10-14
12:02

BE de Viana do Castelo assume derrota com "serenidade" e promete continuar a lutar

 A comissão coordenadora distrital do Bloco de Esquerda de Viana do Castelo assumiu hoje “com clareza e serenidade a derrota” nas autárquicas de domingo, e garante continuar a lutar "por um futuro melhor para as populações".

Nas eleições de domingo, a lista do Bloco de Esquerda, encabeçada por Carlos da Torre para a Câmara de Viana do Castelo, onde nunca este presente, contou 2,00% (1.021 votos).

Para a Assembleia Municipal da capital do Alto Minho, onde esteve representado desde 2001 até 2025, apenas com um interregno de quatro anos (2013/2017), o BE perdeu o deputado que tinha eleito em 2021 ao contabilizar, no domingo, 2,61 % (1.335 votos).

Em Caminha, onde garantiu eleger, para a Assembleia Municipal até 2013 e, depois em 2021, os resultados atingidos nas autárquicas de domingo, 1,86 % (197 votos). Em Caminha. O Caminha o BE também nunca elegeu para a Câmara Municipal.

Na nota hoje enviada às redações, o BE refere que “os resultados tornam o trabalho do partido mais exigente, mas não abalam a sua convicção, nem diminuem a vontade de continuar a lutar por um futuro melhor para as populações locais”.

"Nada será descurado. Mantemos viva a força, a determinação e o sentido de responsabilidade de continuar a trabalhar em prol das pessoas e das causas que nos movem, pela justiça social, pela defesa dos serviços públicos, pelo ambiente e pela dignidade de quem vive e trabalha nestes concelhos”, adianta a comissão coordenadora distrital.

O BE diz ter “orgulho” nos seus candidatos e “nas campanhas que realizaram com seriedade, dedicação e espírito coletivo”. 

“Agradecemos a todas as pessoas que confiaram o seu voto no Bloco de Esquerda e a todas e todos os que, de forma generosa, contribuíram para esta campanha, com o seu tempo, o seu empenho e a sua energia. Cada gesto, cada palavra, cada contributo conta para construir uma alternativa sólida e coerente à política dominante”.

A comissão coordenadora distrital do partido acrescente que irá analisar “com calma estes resultados e tirar todas as ilações necessárias, com um espírito de responsabilização e de vontade genuína de compreender o que correu menos bem" e o que pode melhorar. 

“Faremos essa reflexão de forma aberta e construtiva, certos de que dela sairemos mais fortes, mais conscientes e mais preparados para continuar a representar as pessoas e a defender o futuro do nosso território. O Bloco de Esquerda mantém-se firme, com esperança renovada e com a determinação de continuar presente, nas ruas de cada concelho, junto das pessoas, a lutar por um território mais justo, solidário e sustentável”, realça.

Às equipas eleitas, o BE deseja-lhes “um mandato de trabalho e dedicação aos concelhos”. 

“Da nossa parte, não deixaremos de estar atentos e de continuar a intervir com propostas, críticas e alternativas, sempre com o interesse público como prioridade”, frisa o partido.

2025-10-14
10:55

Patriarca de Lisboa pede aos eleitos atenção aos "mais pobres e fragilizados"

O patriarca de Lisboa pediu hoje aos políticos eleitos que defendam os valores cristãos da “dignidade inviolável de cada pessoa humana” e da “atenção aos mais pobres e fragilizados”.

Numa mensagem dirigida aos eleitos autárquicos no domingo, Rui Valério considerou que o mundo vive um “momento decisivo” da sociedade que exige que os eleitos cumpram um “serviço político” ao “serviço da paz, da justiça e da esperança”.

“As mudanças culturais e sociais desafiam-nos a reafirmar, com coragem e esperança, os valores que sustentam a vida em comum: a dignidade inviolável de cada pessoa humana, o valor insubstituível da família, a atenção aos mais pobres e fragilizados e o cuidado pela casa comum que Deus nos confiou”, refere o patriarca de Lisboa.

Na sua mensagem, o arcebispo saudou “todos os que foram eleitos para servir” as comunidades no governo local, agradecendo-lhes “a disponibilidade e generosidade com que se dispuseram a dedicar tempo, talento e esforço ao bem comum”.

“A missão política é uma das formas mais elevadas de caridade, como tantas vezes recorda a Doutrina Social da Igreja” e o “verdadeiro poder não se mede pelo domínio, mas pela capacidade de servir”, salientou Rui Valério.

Para o patriarca “governar é cuidar: é escutar as pessoas, procurar o bem de todos, especialmente dos mais esquecidos”.

“Estou confiante de que os novos eleitos assumirão o seu mandato com espírito de serviço, de diálogo e de proximidade, construindo uma sociedade mais justa, fraterna e solidária”, referiu ainda.

No domingo realizaram-se as 14.ª eleições autárquicas em Portugal, com uma vitória do PSD, que recuperou a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP).

Em Lisboa, sede do Patriarcado, a coligação PSD/IL/CDS foi a vencedora, mantendo-se o social-democrata Carlos Moedas à frente da Câmara local.

2025-10-14
06:27

Núcleo duro da direção do PSD reúne-se hoje dois dias depois de vitória eleitoral

O núcleo duro da direção do PSD, a comissão permanente, vai reunir-se hoje de manhã em Lisboa, dois dias depois da vitória eleitoral do partido nas eleições autárquicas de domingo.

De acordo com uma nota à imprensa, a Comissão Permanente Nacional reúne-se a partir das 10:30 num hotel em Lisboa, prevendo-se que Leonor Beleza, primeira vice-presidente do partido, faça uma declaração à imprensa no final.

Este órgão integra o presidente do PSD e também primeiro-ministro, Luís Montenegro, os seis ‘vices’ do partido, o secretário-geral e líder parlamentar Hugo Soares e, como convidado, o coordenador nacional autárquico Pedro Alves.

Apesar de não ter sido indicado qualquer tema para a convocatória à imprensa, a reunião acontece dois dias depois das autárquicas de domingo que o PSD venceu.

Sozinho e em coligações, os sociais-democratas conseguiram eleger o maior número presidentes de câmara, 136, de acordo com os resultados provisórios do Ministério da Administração Interna, sendo que em 109 concelhos governarão com maioria absoluta.

Destes, 78 foram eleitos em listas apenas do PSD e 58 em coligações. No total, o PSD conseguiu perto de 1,9 milhões de votos e 34,31% do total.

Em relação às anteriores autárquicas, em 2021, o partido conquistou mais 22 câmaras (tinha 114) e inverteu a liderança do poder local, com mais câmaras e freguesias do que o PS, o que lhe permitirá liderar a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (Anafre), o objetivo traçado por Luís Montenegro.

O PSD, sozinho ou em coligações, ganhou os cinco municípios com mais população no país – mantém Lisboa e Cascais, recuperando Porto, Vila Nova de Gaia e Sintra -, vencendo também no bastião socialista Guimarães.

No entanto, os sociais-democratas perderam capitais de distrito em relação há quatro anos (lideram agora sete, contra nove em 2021): o PSD ficou sem os bastiões de Bragança e Viseu e câmaras que detinha como Coimbra e Faro; em contrapartida, ganhou Beja pela primeira vez e recuperou o Porto, mantendo Aveiro, Braga, Lisboa, Portalegre e Santarém.

Nas autárquicas de 10 de outubro, o PS foi o segundo partido e conquistou, sozinho, 126 câmaras, e mais duas em coligação com o Livre e PAN.

2025-10-14
06:27

Comissão Política Nacional do PS debate resultados autárquicos e posição sobre OE2026

A Comissão Política Nacional do PS vai analisar hoje os resultados das autárquicas e discutir a sua posição sobre o Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), documento que estará também em análise numa reunião do líder socialista com a bancada parlamentar.

Segundo fonte oficial do PS adiantou à Lusa, o secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, terá uma reunião com a direção da bancada parlamentar ao final da manhã, seguindo-se, às 18:00, de um encontro com os deputados do PS na Assembleia da República para discutir a posição do partido sobre o OE2026, cuja abertura para a viabilização foi manifestada ainda em período de campanha eleitoral.

À noite, no Largo do Rato, em Lisboa, vai reunir-se a Comissão Política Nacional do PS para discutir não só o OE2026 como analisar os resultados eleitorais das autárquicas de domingo.

Nas eleições autárquicas de domingo, o PS deixou de ser a principal força autárquica em Portugal e ficou com a presidência de 128 câmaras, duas delas em coligação, quando em 2021 tinha 149 câmaras, uma delas em coligação.

Os socialistas perdem assim a liderança da ANMP para o PSD e voltaram a falhar o objetivo de conquistar Lisboa e Porto.

Carneiro conseguiu travar a erosão eleitoral do PS depois da hecatombe nas legislativas e cumpriu a meta de aumentar o número de capitais de distrito, tendo algumas das principais vitórias sido precisamente a conquista de Évora, Faro, Coimbra, Bragança e Viseu.

2025-10-14
06:27

Comité Central do PCP reúne-se hoje para analisar resultados eleitorais

 O PCP reúne hoje o seu Comité Central para analisar os resultados das eleições autárquicas, nas quais a CDU voltou a perder câmaras, ficando com apenas 12 autarquias e sem capitais de distrito.

As conclusões da reunião serão apresentadas, em conferência de imprensa, pelo secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, às 18:00 na sede nacional do partido, em Lisboa.

Além dos resultados das eleições autárquicas de domingo, os dirigentes comunistas vão também avaliar a situação política social e as tarefas do PCP.

As eleições autárquicas deste domingo ditaram o pior resultado de sempre para a CDU que, das 19 câmaras municipais que tinha conquistado em 2021, passou para 12.

A coligação perdeu as capitais de distrito de Évora e Setúbal e, das 19 câmaras que tinha em 2021, só manteve oito: Barrancos, Cuba, Arraiolos, Silves, Avis, Palmela, Seixal e Sesimbra.

O secretário-geral do PCP reconheceu que o “resultado é negativo” e que a CDU ambicionava mais, mas considerou haver “elementos de resistência”, como a conquista de quatro novas autarquias: Montemor-o-Novo, Mora, Sines e Aljustrel.

Paulo Raimundo frisou ainda que houve “uma evolução da votação” da CDU a nível nacional quando comparado com o das legislativas de maio, referindo-se ao facto de, nessas eleições, a CDU ter tido 183 mil votos a nível nacional e, agora, 316 mil.

“Estamos profundamente satisfeitos com os resultados? Não. Gostaríamos de mais? Gostaríamos, e achávamos que as populações precisavam de mais força da nossa parte. É isto que temos, é com isto que lá vamos”, afirmou Paulo Raimundo este domingo à noite.

2025-10-13
23:43

"O facto do voto urbano estar essencialmente com o PSD é um sinal de futuro"

José Luís Arnaut, do PSD, fala "numa vitória clara e inequívoca" dos sociais-democratas. "O PSD tornou-se no maior partido nas cinco maiores câmaras do país", realça.
 

2025-10-13
22:12

Gafes inesperadas, vuvuzelas e um beijo apaixonado: a noite das autárquicas através do humor

Na longa noite das autárquicas houve mais do que nervos e resultados. Entre vuvuzelas, um beijo apaixonado, gafes inesperadas e poesia popular, a festa da política mostrou o seu lado mais humano.

2025-10-13
22:11

"O Chega vive um momento único e benéfico para crescer". E a culpa não é só dos portugueses

Gonçalo Ribeiro Telles, comentador da CNN Portugal, não acredita que exista “outro momento tão benéfico para o Chega crescer como o atual”, numa alusão ao crescimento da direita a nível internacional, mas não só.

2025-10-13
22:11

"Há uma erosão eleitoral efetiva do Partido Socialista. Devem refletir muito bem depois destas autárquicas"

Miguel Santos Carrapatoso, comentador da CNN Portugal, analisa os resultados eleitorais do Partido Socialista nas eleições autárquicas.

2025-10-13
22:10

Estas eleições autárquicas "não significam que o Chega atingiu o seu limite de crescimento eleitoral. Pelo contrário"

Anselmo Crespo, comentador da CNN Portugal, realça que as eleições “foram um passo importante para a implementação territorial” do Chega. “Não correram tão bem como André Ventura esperava, não, mas não acho que o partido tenha motivos para ficar a chorar encostado a um canto”, acrescenta.

2025-10-13
22:10

Novos autarcas do Chega "vão obrigar a que haja uma mudança do paradigma, da gestão e da governança em Portugal"

Pedro Frazão reage aos resultados eleitorais do Chega na noite de domingo e deixa um recado em nome dos três autarcas eleitos pelo partido.

2025-10-13
22:10

Resultado da CDU nas autárquicas "é negativo, mas sabe a vitória"

Bernardino Soares, comentador da CNN Portugal, defende que o resultado da CDU "sabe a vitória", tendo em conta que "os prognósticos davam um desaparecimento do partido".

2025-10-13
22:10

"A mensagem é clara: os portugueses querem o PS da sua identidade histórica e não um partido que faz alianças"

Adalberto Campos Fernandes, comentador da CNN Portugal, deixa um recado ao Partido Socialista depois de o partido, na noite de domingo, ter ficado em segundo lugar nas eleições autárquicas.

2025-10-13
20:00

Santana Lopes ou Isaltino Morais "são personalidades de peso para assumir a Associação Nacional de Municípios"

Miguel Relvas, comentador da CNN Portugal, defende que o próximo presidente da Associação Nacional de Municípios deve ser "uma personalidade de peso e que conheça o Estado por dentro".

2025-10-13
18:23

Rui Rocha (IL) rejeita acordos e será vereador da oposição em Braga

O candidato da Iniciativa Liberal (IL) à presidência da Câmara de Braga, Rui Rocha, assumiu hoje que será vereador da oposição ao executivo da Coligação Juntos por Braga (PSD/CDS-PP/PPM), que levou “um cartão laranja” dos bracarenses.

“Há um sinal claro, global nestas eleições: os bracarenses dizem que querem mudança, há um cartão cor de laranja à maioria do Juntos por Braga. Há uma grande parte dos bracarenses que disseram que queriam mudança e que não se reviam na gestão do Juntos por Braga, embora Juntos por Braga tenha vencido, mas é claramente minoritário nesta eleição”, disse o antigo líder da IL, em declarações à agência Lusa, numa reação aos resultados das eleições autárquicas de domingo.

Rui Rocha recorda que “sempre” foi “muito transparente com os bracarenses”, lembrando o compromisso por si assumido: ou a vitória nas autárquicas, ou vereador da oposição, rejeitando a possibilidade de futuros acordos para a formação de um executivo maioritário.

“Seremos oposição, faremos um escrutínio rigoroso da ação do executivo, seremos responsáveis, viabilizaremos aquilo que nos pareça razoável em função dos interesses dos bracarenses, mas assumimos a nossa posição de oposição, rigorosa, exigente e com escrutínio permanente da ação do executivo. Serei vereador da oposição”, referiu o candidato da IL.

2025-10-13
17:10

Chega garante oposição “construtiva” em Santarém e rejeita acordos com AD e PS

O cabeça de lista do Chega à Câmara de Santarém afirmou que o partido aceita o resultado das eleições autárquicas apesar de ter ficado aquém das expectativas, garantindo que manterá uma oposição “construtiva”, sem acordos com outras forças políticas.

“Trabalhámos para um resultado superior, especialmente ao nível da vereação, mas não se concretizou. Aceitamos o veredicto dos eleitores, que nos colocaram na oposição, como já tinha acontecido nos últimos quatro anos”, disse Pedro Correia à Lusa.

De acordo com os dados provisórios do Ministério da Administração Interna (MAI), a coligação Aliança Democrática (AD), que junta PSD e CDS-PP, venceu as eleições autárquicas em Santarém com 42,70% dos votos, garantindo quatro mandatos na Câmara Municipal — o mesmo número de vereadores obtido em 2021.

A lista liderada por João Leite somou 13.246 votos, contra 11.815 do PS, que obteve 38,09% e também quatro mandatos. O Chega manteve a representação no executivo municipal, com 11,13% (3.454 votos) e um vereador eleito.

Apesar de João Leite ter manifestado disponibilidade para dialogar com todas as forças políticas, Pedro Correia afirmou que “não haverá entendimentos nem acordos com o PS ou com a AD”.

“Dialogar é uma coisa, acordar é outra”, afirmou.