CNN Portugal Summit: inovação em saúde
"A Europa já foi líder mundial nos ensaios clínicos e já não é", sublinha Miguel Ginestal, diretor-geral da Apifarma.
"os indicadores de acesso ao medicamento inovador em Portugal, ao contrário do que parece, são muito bons. Temos uam percentagem de acesso aos medicamentos inovadores que nos coloca na metade superior da Europa, à frente até de países bastante desenvolvidos", diz Carlos Lima Alves, vice-presidente do Infarmed.
"Um medicamento inovador melhora muito a vida das pessaos e torna-as mais ativas. Vai ter impacto na economia e na sociedade em que vivemos", sublinha diretor-geral da APIFARMA.
"Estamos a viver uma revolução terapêutica. 50% dos que temos hoje, são medicamentos biológicos ou de terapia avançada. (...) Hoje temos células que são medicamentos", diz o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos.
O futuro dos medicamentos e modelos de financiamento
Hélder Mota Filipe, bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Miguel Ginestal, diretor-Geral APIFARMA, e Carlos Lima Alves, vice-Presidente INFARMED, num debate moderado pela jornalista Rita Rodrigues.
"Criar um sisitema em que tenhamos um processo clínico consultável por toda a gente, em tempo real. E, na sequência disso, por exemplo acabar com a estupidez das juntas médicas e com a quantidade de relatórios que temos que fazer". É esta a reforma reivindicada por Fernando Leal da Costa.
"Temos um parque hospitalar que nos deve envergonhar em muitos casos", considera Fernando Leal da Costa.
Carlos Cortes defende uma maior responsabilização do doente na prevenção e considera que a educação para a saúde deve começar nas escolas.
"Os políticos preferem investir em áreas que vao ter resultados no dia seguinte do que investi em áreas que só vão ter resultados dentro de décadas", diz Carlos Cortes.
"Hoje em dia, as pessoas têm uma muito melhor saúde. o que faz com que tenhamos uma população muito mais envelhecida, que precisam de mais cuidados de saúde. muitas pessoas com doenças crónicas que necessitam de mais cuidados de saúde (...) e isso faz com que seja necessário maior investimento", diz Carlos Cortes, bastonário da Ordem dos Médicos.
Uma política pública de investimento e inovação
Numa mesa redonda moderada por Anselmo Crespo, debatem o assunto Carlos Cortes, Bastonário da Ordem dos Médicos, Fernando Leal da Costa, Ex-ministro da Saúde, António Lopes, Bastonário da Ordem dos Fisioterapeutas e Guilherme Gonçalves Duarte, Diretor Executivo da UNITE Parliamentarians Network for Global Health
" A Inteligência tem a capacidade de dar um especialista a regiões geográficas que não têm esse especialista", exemplifica João Santinha.
João Santinha diz que a questão ética é importante na implementação da IA nos processos médicos.
Transcrição de consultas e "criação de gémeos digitais" dos doentes: como a IA pode ser usada para "humanizar a medicina"
Na CNN Portugal Summit desta terça-feira, dedicado ao tema da Inovação em Saúde, João Santinha, investigador na Fundação Champalimaud, falou sobre a inteligência artificial na saúde
"Estamos a trabalhar ativamente na criação de gémeos digitais dos doentes, que vai permitir ao cirurgião planear cirurgias e melhorar a precisão das cirurgias", diz João Santinha.
A Inteligência Artificial na saúde
Tema analisado numa conversa moderada pela jornalista Rita Rodrigues, com João Santinha, do Laboratório IA Medicina Cirúrgica.
"Demissão do diretor de dermatologia do Santa Maria é um exemplo de gestão da ULS", diz Álvaro Almeida.
Álvaro Almeida volta a insistir que o maior problema do sistema de saúde português é a falta de recursos humanos. Um problema comum a outros países europeus.
"Não podemos pensar que os hospitais do futuro vão ser só máquinas e se esqueçam da humanização dos cuidados de saúde. Nunca nos podemos esquecer que o contacto com o doente é fundamental", diz Joaquim Brites.
"O médico do futoro é aquele que continua a gostar de pessoas, que continua a gostar de diálogo. (...) Os que as tecnologias vão fazer é reduzir a burocracia e aumentar o tempo que o médico tem para o doente", diz Maria do Céu Machado.
"Nada substitui o diálogo, o cara a cara, a relação médico-doente. A tecnologia está a ser uma ajuda, mas nada substituirá a conversa médico-doente", diz a médica Maria do Céu Machado.
