Em atualização

AMÉRICA 2024 AO MINUTO | Biden: "Temos de respeitar a escolha que o país fez"

2024-11-07
2024-11-08
06:09

Jornalistas europeus pedem à UE melhor proteção após vitória de Trump

A Federação Europeia de Jornalistas (FEP) defendeu quinta-feira que a vitória do candidato republicano Donald Trump nas eleições norte-americanas deve levar a União Europeia (UE) a proteger melhor a comunicação social, lembrando que é pedra basilar da democracia.

"A retórica hostil de Donald Trump para com os jornalistas e os meios de comunicação social não deve levar os governos europeus a abandonar as suas obrigações de garantir a segurança dos jornalistas e de criar um ambiente propício à liberdade de expressão, incluindo a liberdade de imprensa", sublinhou a FEP, em comunicado.

A narrativa "anti-imprensa" de Trump já levou muitos dos seus apoiantes a retaliar contra os meios de comunicação social e, com o seu regresso à Casa Branca, sentir-se-ão "ainda mais capacitados" para assediar os media, explicou a organização.

2024-11-08
06:09

Trump nomeia 'mentora' da campanha como chefe de gabinete

O presidente eleito, Donald Trump, anunciou hoje que vai nomear Susie Wiles, a arquiteta da campanha vitoriosa do magnata republicano, a sua chefe de gabinete no regresso à Casa Branca.

"Susie Wiles acabou de me ajudar a conquistar uma das maiores vitórias políticas da história americana", saudou o republicano, em comunicado.

Ela "vai continuar a trabalhar incansavelmente para tornar a América grande novamente ["Make America Great Again", "Engrandecer de Novo a América", o principal 'slogan' do republicano],", assegurou Donald Trump.

Trump sublinhou ainda que a sexagenária será a primeira mulher a ocupar este importante cargo, uma honra segundo o chefe de Estado eleito.

Wiles é amplamente creditada dentro e fora do círculo íntimo de Trump por ter dirigido aquela que foi, de longe, a sua campanha mais disciplinada e bem executada.

Susie Wiles evitou em grande parte os holofotes, recusando-se até a pegar no microfone para falar enquanto Trump celebrava a sua vitória na quarta-feira de manhã.

"A Susie é dura, inteligente, inovadora e é universalmente admirada e respeitada. A Susie continuará a trabalhar incansavelmente para tornar a América grande novamente", frisou Trump, no comunicado.

"É uma honra merecida ter a Susie como a primeira mulher chefe de gabinete na história dos Estados Unidos. Não tenho dúvidas de que ela deixará o nosso país orgulhoso", acrescentou.

Wiles é uma estratega republicana de longa data, sediada na Florida, que dirigiu a campanha de Trump no estado em 2016 e 2020. Antes disso, dirigiu a campanha de Rick Scott para governador da Florida em 2010 e serviu por um breve período como gestora da campanha presidencial de 2012 do ex-governador do Utah, Jon Huntsman.

2024-11-08
06:09

MNE admite adaptações face à eleição de Trump, mas nega pessimismo

O ministro dos Negócios Estrangeiros assumiu, em Nova Iorque, que um novo governo de Donald Trump nos Estados Unidos (EUA) levará a que Portugal e a União Europeia façam adaptações, mas nega pessimismo.

"Para Portugal, os EUA são um parceiro estratégico fundamental. São um parceiro no âmbito da segurança, da defesa, hoje com relações económicas e culturais ao nível, por exemplo, da investigação e da ciência, fundamentais e com grandes benefícios para ambos os países. E por isso nós trabalhamos com qualquer administração americana. Sempre que há uma mudança de administração americana, e neste caso, até há uma mudança de partido (...), evidentemente, tem que haver ajustamentos, tem que haver adaptações", defendeu na quinta-feira Paulo Rangel.

Em declarações aos jornalistas em Nova Iorque, onde apresentou formalmente a campanha de Portugal para uma vaga de membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o ministro indicou que Portugal já está a preparar a agenda da relação com o governo de Donald Trump, admitindo a necessidade de se "fazer o trabalho de casa".

"Nós trabalhamos com todas as administrações e já estamos a fazê-lo. (...) Fiz múltiplos contactos ao longo do dia com vários responsáveis americanos e com muitos representantes de vários países. (…) Portugal já está a preparar aquilo que será a agenda da próxima relação com a administração americana. Sinceramente, sobre esse ponto de vista, eu não estou verdadeiramente preocupado. Penso que nós temos que fazer o trabalho de casa e haverá com certeza ajustamentos", advogou.

Questionado sobre o impacto que um corte no apoio norte-americano à Ucrânia teria na Europa, Paulo Rangel considerou prematuro abordar os planos do novo executivo republicano, quer para esse conflito, quer para outros ao redor do mundo.

Contudo, recordou as pressões que vêm sendo feitas por "várias administrações americanas" para um maior investimento em matéria militar e para que haja uma distribuição equitativa dos custos de defesa na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

Ao longo do último ano, Donald Trump declarou que não pretende manter o apoio à Ucrânia e, há alguns meses, afirmou que encorajaria a Rússia a "fazer o que raio quisesse" com os países da NATO que não cumprissem as diretrizes de gastos com defesa.

"Sabemos que essa pressão, que já era grande e que não era apenas da administração Trump - a administração de Joe Biden foi a que levou isso mais longe em tempos práticos, foi a conseguiu mais resultados - vai aumentar", disse Rangel.

"No caso português, as nossas relações são excelentes e nós vamos investir duplamente: vamos investir na relação bilateral e vamos investir naturalmente na relação que é feita em termos multilaterais, seja através da NATO, com defesa e segurança, seja através da União Europeia", reforçou o ministro.

Para Paulo Rangel, uma mudança de política da administração norte-americana poderá dar à União Europeia "o incentivo a que alguns passos" sejam dados.

"Portanto, sinceramente, eu não tenho uma visão, digamos....eu não estou pessimista", garantiu o líder da diplomacia portuguesa.

Em relação à agenda económica de Donald Trump, que defende a aplicação de tarifas e um maior protecionismo económico, Paulo Rangel recordou ainda que durante a administração de Joe Biden "a Lei da Redução da Inflação obrigou a negociações muito difíceis entre a União Europeia e os EUA, com impactos económicos importantes na Europa".

"Portanto, haverá com certeza mudanças de alcance geopolítico e geoeconómico", sublinhou.

2024-11-07
17:57
2024-11-07
17:57

Trump vai entrar novamente em "guerra comercial com a China"

Jorge Tavares da Silva, especialista em política chinesa, analisa o futuro das relações bilaterais entre Washington e Pequim no segundo mandato de Donald Trump.

2024-11-07
16:35

Joe Biden elogia "verdadeiro carácter" de Kamala Harris

No discurso à nação, Joe Biden elogiou a entrega total à corrida presidencial, incluindo a campanha eleitoral.

“Ela fez uma campanha inspiradora e todos puderam ver algo que eu aprendi desde cedo a respeitar muito, o seu carácter”, reforçou. E acrescentou: “Ela tem espinha dorsal e tem um grande carácter, um verdadeiro carácter”.

2024-11-07
16:27

Biden promete transição "pacífica e ordeira"

Joe Biden assegura uma transição transição “pacífica e ordeira” de administração.

“Durante mais de 200 anos, a América levou a cabo a maior experiência de auto-governo na história do mundo”, disse. E acrescentou: “Isso não é uma hipérbole. É um facto. Onde as pessoas votam e escolhem os seus próprios líderes e fazem-no pacificamente. E nós estamos numa democracia. A vontade do povo prevalece sempre”.

O presidente dos EUA admitiu ainda já ter falado e felicitado Donald Trump. “Ontem, falei com opresidente eleito Trump para o felicitar pela sua vitória e assegurei-lhe que daria instruções a toda a minha administração para trabalhar com a sua equipa a fim de assegurar uma transição pacífica e ordeira. É isso que o povo americano merece”, garantiu.

2024-11-07
16:24

Joe Biden fala agora à nação

Joe Biden fala agora aos EUA, na Casa Branca.

2024-11-07
16:21

"Costuma dizer-se que há pessoas que têm mau perder, mas Trump já mostrou que tem mau ganhar"

Luís Costa Ribas explica que uma das preocupações dos democratas é que Donald Trump respeite as instituições, sobretudo agora que será novamente presidente dos EUA. "Há um pouco a necessidade de o lembrar que aqueles que foram vencidos estão a respeitar essas instituições, e talvez pedir-lhe para não ter mau ganhar e ser diferente daquilo que foi", diz o correspondente da CNN Portugal em Washington. 

2024-11-07
16:00

Portugal espera que EUA de Trump sejam oportunidade para UE “falar menos e fazer mais”

O primeiro-ministro português disse esta quinta-feira esperar que a nova administração norte-americana de Donald Trump seja “uma oportunidade” para União Europeia “falar menos e fazer mais” na sua autonomia, com Bruxelas e Washington a continuarem a apoiar a Ucrânia.

“Esta perspetiva de mudança política nos Estados Unidos da América tem de ser vista como oportunidade, a oportunidade de falarmos menos e fazermos mais”, disse Luís Montenegro, falando aos jornalistas portugueses em Budapeste.

Líderes europeus reúnem-se na capital húngara, para a quinta cimeira da Comunidade Política Europeia e um jantar informal do Conselho Europeu, com foco nos desafios europeus de competitividade e de defesa, num contexto de mudanças políticas nos Estados Unidos, depois de o republicano Donald Trump ter sido eleito na terça-feira o 47.º Presidente dos Estados Unidos.

Felicitando Donald Trump, Luís Montenegro destacou a eleição “inequívoca do ponto de vista do resultado” do candidato republicano.

“Do ponto de vista bilateral, nós temos todo o interesse em continuar a aprofundar a nossa relação” entre Lisboa e Washington, dado que, “do ponto de vista económico, do ponto de vista cultural e até histórico nós temos uma relação muito profunda” devido à “grande comunidade portuguesa nos Estados Unidos da América e de ter cada vez mais americanos a investir em Portugal e a visitar Portugal”, elencou.

Numa altura em que a UE tenta ser mais competitiva economicamente e mais independente de países terceiros, o chefe de Governo português reforçou que “a Europa tem de ter mais autonomia, do ponto de vista, não só da defesa, mas também do ponto de vista da sua dinâmica económica”.

“Nós temos de reforçar a capacidade dos europeus poderem produzir mais em todos os contextos no setor primário, desde logo”, vincou.

Questionado sobre qual o posicionamento de Trump relativamente ao apoio ocidental à Ucrânia na sequência da invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022, Luís Montenegro disse esperar que os Estados Unidos continuem a ser um “parceiro privilegiado” na ajuda, nomeadamente ao nível da NATO.

De momento, surgem em Kiev receios quanto ao apoio de Washington com a nova administração Trump, já que, em recentes declarações, o republicano disse que poderia impor a paz na Ucrânia em "24 horas", sem concretizar, e criticou a dimensão da ajuda dada àquele país do leste europeu para resistir à invasão russa, elogiando ainda Vladimir Putin.

Tanto na Europa como na Ucrânia, teme-se que Donald Trump obrigue Kiev a negociar com Moscovo em condições muito desfavoráveis.

2024-11-07
15:48

Um cheque em branco a Donald Trump: como os republicanos ainda podem conseguir o hat-trick governamental

Confirmadas as conquistas da Casa Branca e do Senado, a grande questão no imediato é se o Partido Republicano também vai conseguir manter a atual maioria na Câmara dos Representantes. À hora de fecho deste artigo, as principais corridas-chave que vão definir o equilíbrio de poderes nos EUA, pelo menos até às intercalares de 2026, continuavam muito renhidas, mas os conservadores mantinham uma ligeira vantagem. Se o partido conseguir o hat-trick, e “acreditarmos no que Trump diz que vai fazer, haverá mudanças profundas”
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2024-11-07
14:40

Prioridade de Trump vai ser restabelecer a sua política de fronteiras

A prioridade do primeiro dia de Donald Trump como presidente dos EUA vai ser restabelecer a sua política de fronteiras e anular a de Joe Biden. A informação é avançada por um conselheiro do presidente eleito à CNN Internacional.

Quatro outras fontes familiarizadas com o assunto acrescentam que os aliados do presidente eleito e alguns membros do setor privado têm vindo a preparar-se para deter e deportar em grande escala os imigrantes que residem no país.

Os primeiros debates sobre o tema focaram-se na expulsão de imigrantes sem documentos que cometeram algum tipo de crime.

2024-11-07
14:15

"Kamala Harris disse que ia unir os EUA quando os EUA estão a dizer que não se querem unir"

Jorge Botelho Moniz entende que, se não fosse por Kamala Harris, a campanha para as eleições norte-americanas não tinha sido tema de conversa nos últimos meses. "Ela conseguiu verdadeiramente resgatar a campanha política e a corrida pela campanha política, mas depois acaba por perder alguns daqueles eleitorados que esperava conseguir resgatar", observa o comentador da CNN Portugal.

2024-11-07
11:43

"Netanyahu acha que vai ter mais liberdade na sua decisão", mas "a dado ponto será refreado"

Sónia Sénica diz que, de uma forma muito alargada, a dinâmica dos EUA com a eleição de Donald Trump é a de "tentar acabar com a conflitualidade que está em curso". "Netanyahu está a considerar que terá mais liberdade e autonomia estratégica na sua decisão e atuação", observa a comentadora da CNN Portugal, acrescentando que, por outro lado, acredita que "talvez a dado ponto será refreado": "Este conflito também não é benéfico para os EUA."

2024-11-07
11:43

"Trump tem um foco muito mais asiático do que tinha há quatro anos"

A propósito da eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, Tiago André Lopes faz uma antevisão dos próximos passos do ex-presidente e agora futuro líder norte-americano.

Em comparação com o seu último mandato, entre 2016 e 2020, o comentador da CNN Portugal observa que o republicano está, de momento, mais interessado em "aumentar a sua presença no Pacífico" através de "alguma oposição ou pressão comercial pelo menos à China", e visando novos parceiros, como a Índia.

2024-11-07
11:43

"Trump está legitimado para tomar um conjunto de decisões que no mandato anterior não foi tão simples"

No seguimento da vitória de Donald Trump na corrida à Casa Branca, o major-general Agostinho Costa diz que as eleições norte-americanas têm impacto no moral das forças ucranianas no terreno. "Está legitimado para tomar um conjunto de decisões que, no mandato anterior, não foi tão simples. Mesmo agora, durante o período do consulado de Biden, também não era linear", observa o especialista militar. 

2024-11-07
10:27

Vaticano deseja "grande sabedoria" a Trump

O mais alto diplomata da Igreja Católica Romana deu os parabéns ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e desejou-lhe "grande sabedoria" enquanto se prepara para regressar à Casa Branca.

"Desejamos-lhe grande sabedoria, porque esta é a principal virtude dos governantes, de acordo com a Bíblia. Acredito que ele deve trabalhar acima de tudo para ser o presidente de todo o país, superando assim a polarização que foi sentida muito, muito claramente neste tempo", afirmou o Cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano, à margem de um evento em Roma.

Os comentários do cardeal são os primeiros comentários públicos de um funcionário do Vaticano sobre a vitória de Trump na terça-feira. O Papa Francisco já criticou anteriormente as políticas de Trump.

2024-11-07
10:22

Biden fala hoje ao país

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai discursar perante a nação esta quinta-feira, depois de uma derrota eleitoral contundente do Partido Democrata às mãos do republicano Donald Trump.

Segundo a Casa Branca, citada pela Reuters, Biden falará ao país às 11:00 (16:00 em Lisboa).

2024-11-07
10:21

Ursula von der Leyen diz estar ansiosa por voltar a trabalhar com Trump

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou esta quinta-feira que está ansiosa por voltar a trabalhar com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para reforçar os laços transatlânticos.

"Tenho alguma experiência de trabalho com o presidente Trump", afirmou, acrescentando que é muito importante que os dois "analisem em conjunto quais são os interesses em comum e trabalhem nesse sentido".