AO MINUTO | Chega defende que TAP é "estratégica". IL quer "modernização do Estado"
Terminou o debate
Terminou o último debate do dia, que colocou frente a frente André Ventura e Rui Rocha, que se mantiveram num ligeiro acordo quanto à carga fiscal e impostos, mas discordaram no tema da imigração e das pensões.
“Nós não nos entendemos com partidos estatistas e socialistas”, garante IL
Quando questionado se um acordo de governação com o Chega é impossível para a IL, Rui Rocha dá a entender que não, e justifica: “por tudo o que eu disse neste debate, porque nós queremos transformar o país e não nos entendemos”, dizendo que “há questões de princípio e dignidade humana” e que “nós não nos entendemos com partidos estatistas e socialistas”. “Hoje debati com outro líder de outro partido socialista”, ao que Centura respondeu: “levou uma coça dos dois”.
Governo PSD-IL: “cabe aos outros partidos, nomeadamente ao Chega e PS, decidir se viabilizam uma solução desta natureza”
“O que queremos a partir de 10 de março, queremos transformar o país. Não ganhando a IL, é trazer o PSD para as transformações necessárias no país e cabe aos outros partidos, nomeadamente ao Chega e PS, decidir se viabilizam uma solução desta natureza”, dizendo que André Ventura ainda tem de assumir a sua posição sobre um governo minoritário da IL e PSD.
“IL está doidinha por se meter na cama com o PSD”
Em resposta, André Ventura diz que a “IL está doidinha por se meter na cama com o PSD”, dizendo que o Chega tem condições e exigências, ao contrário da IL.
“Quem vier para Portugal tem de vir por bem, mas se cometer crimes em Portugal tem de ser expulso”
Ainda sobre o tema da imigração, André Ventura diz que “quem vier para Portugal tem de vir por bem, mas se cometer crimes em Portugal tem de ser expulso”. Sobre isto, Rui Rocha diz: “cumpra-se a lei”.
“O que pretendemos é uma migração com dignidade e humanismo”, diz IL
“O que pretendemos é uma migração com dignidade e humanismo”, diz Rui Rocha, adiantando que “a economia não funcionaria de todo se não tivéssemos imigrantes”. Mas o líder da IL diz que houve um “facilitismo” quanto a este assunto e, por isso, a IL defende a prova de meios a quem chega a Portugal.
“A imigração tem de ser controlada”, diz Ventura. “Temos terroristas a andar pelo país”
Sobre o tema da imigração, Ventura diz que não há desconforto sobre o que defende e aquilo que a Igreja defende e que “Portugal não pode ser um país em que ninguém controla nada e há portas abertas, em que vagas e vagas de pessoas chegam sem controlo, temos terroristas a andar pelo país”. “Isto não é imigraçao é bandalheira, isto não é ser contra ou a favor da imigraçao”, atira.
“Estamos nos 20%, vocês estão nos 5%”, Ventura diz que Rocha nunca irá governar
“A IL está confortável com pessoas a ganhar 800 euros e pensionistas a ganhar 200 euros”, acusa Ventura, atirando os resultados das últimas sondagens: “Estamos nos 20%, vocês estão nos 5%”. Ventura diz que Rocha nunca irá governar e que a IL é o partido dos ricos.
“O custo para os portugueses dos serviços bancários e gasolineiras fica mais caro”
Sobre as propostas do Chega, Rui Rocha diz que “o custo para os portugueses dos serviços bancários e gasolineiras fica mais caro”. “Tudo isto é uma enorme aldrabice”, continua. E por duas vezes diz que “Ventura parece uma criança que está no parque de diversões e quer andar nos carrosséis todos”.
“Não estamos aqui a defender a banca, esse é o papel da IL”, atira Ventura
Numa altura em que o tom do debate aumenta, Ventura acusa a IL de defender a banca. “Não estamos aqui a defender a banca, esse é o papel da IL”, atira Ventura, defendendo que a taxa sobre os lucros da banca proposta pelo Chega “é temporária”.
Ventura continua sem dizer como pretende aumentar as pensões
“Não é socialismo, é ter consciência social do país em que vivemos. Não aceito viver num país em que os pensionistas recebem 200 euros”, diz Ventura, sem especificar como irá financiar a medida proposta pelo Chega sobre o aumento das pensões.
“O André Ventura tem por hábito achar que diz as verdades, mas tem de ouvir uma verdade”
Sobre as pensões, Rui Rocha diz que está “a favor do cumprimento da lei” e “contra uma bancarrota” que o aumento prometido por Ventura iria trazer. “O André Ventura tem por hábito achar que diz as verdades, mas tem de ouvir uma verdade”, diz, alegando que o líder do Chega está a enganar os idosos. “Não vale tudo, em democracia e política não vale tudo”.
“Às vezes parece que estamos a falar com Pedro Nuno Santos”
Depois dos pontos em que concordam, os dois líderes partidários começam a apontar os pontos de discórdia. “Há muitas diferenças entre a IL e o Chega”, diz Rui Rocha, atirando que “às vezes parece que estamos a falar com Pedro Nuno Santos”.
“Estamos de acordo em muita coisa”, diz Ventura
Os dois líderes partidários fizeram questão de dizer que os dois partidos concordam em alguns pontos, como a redução de impostos e a carga fiscal atual.
“IL conhece duas palavras: privatizar e despedir”
“IL conhece duas palavras: privatizar e despedir”, atira Ventura. Segundo André Ventura, “foi o Chega e não a IL”, que defende que “a questão não está em privatizar a TAP”, pois “a TAP é estratégica”, não respondendo diretamente se é a favor ou não da sua nacionalização. Mas diz que não quer que a Iberia torne Madrid a capital da Península Ibérica.
Rui Rocha defende “a modernização do Estado”
Rui Rocha defende “a modernização do Estado”, eficiência e redução do desperdício do Estado, para aliviar as famílias e as empresas”, algo que André Ventura disse concordar.
IL: “no limite, as nossas médias no IRS e IRC valem uma redução na receita fiscal de 4 a 5 mil milhões de euros”
Sobre o choque fiscal proposto pela IL, “no limite, as nossas médias no IRS e IRC valem uma redução na receita fiscal de 4 a 5 mil milhões de euros”.
Sete mil ou oito mil milhões de euros: as contas do Chega
No tema dos impostos, com mexidas “de forma progressiva”, o Chega diz que em causa está um valor de “sete mil ou oito mil milhões de euros”. “Ao contrário do que a IL defende, que é privatizar e despedir”, diz.
“É evidente que não pode ser uma descida de impostos bruta”
O debate, moderado pela jornalista Rosa de Oliveira Pinto, começa com o tema dos impostos. André Ventura diz que “a carga fiscal tem aumentado brutalmente, em que as pessoas sentem que o muito que pagam vai para sustentar o Estado”. Apesar de defender a descida de impostos, o líder do Chega diz que “é evidente que não pdoe ser uma descida de impostos brutal”.
“IMI é o imposto mais estúpido do mundo”
Quanto ao IMI, “imposto com dimensão autárquica”, Ventura diz que “é o imposto mais estúpido do mundo”. “Este imposto a manter-se assim é um desincentivo ao mercado”, atira o líder do Chega.