MÉDIO ORIENTE AO MINUTO | Netanyahu diz que queda do regime sírio abre porta a acordo sobre reféns
O que está a acontecer
- Netanyahu diz que queda do regime sírio abre porta a acordo sobre reféns
- Tribunal israelita recusa adiar o testemunho por corrupção de Netanyahu
- Israel mais otimista sobre regresso dos reféns a casa
- Conselheiro de Seguranca Nacional dos EUA desloca-se a Israel esta semana
Chefe da AIEA diz que poderá visitar o Irão nos próximos dias
O chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, disse na quarta-feira que poderá visitar Teerão, capital do Irão, nos próximos dias, e que espera trabalhar em cooperação com o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
"Talvez dentro de alguns dias, ainda temos de confirmar o momento, mas será feito", afirmou Grossi numa conferência de imprensa em Roma, após um evento sobre energia nuclear, quando questionado sobre uma viagem à capital iraniana.
Questionado sobre o que poderá mudar na relação com o Irão após a vitória de Trump, Grossi disse que uma nova administração significa “ajustes, abordagens diferentes”.
“Já trabalhei com a administração Trump e trabalhámos de forma cooperativa. Espero continuar da mesma forma”.
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Netanyahu recusa parar guerra em Gaza agora e permitir que Hamas recupere
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu hoje que não vai parar agora a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, de forma a evitar que o movimento islamita palestiniano seja capaz de se reconstruir.
"Se pararmos a guerra agora, o Hamas irá levantar-se, reconstruir-se e atacar-nos novamente, e é para isso que não queremos voltar", frisou Netanyahu, durante uma conferência de imprensa em Jerusalém.
Após o ataque sem precedentes de 07 de outubro de 2023, levado a cabo pelo Hamas no sul de Israel a partir da vizinha Faixa de Gaza, Netanyahu prometeu destruir o movimento islamita e o seu exército lançou uma ofensiva devastadora no território palestiniano.
"Estabelecemos como nosso objetivo a aniquilação do Hamas, a eliminação das suas capacidades militares e de poder, para que não possam recuperar e a catástrofe de 07 de outubro não se repita. Lutámos lá por isso, claro também para trazer de volta os nossos reféns", acrescentou Netanyahu.
"O isolamento do Hamas oferece uma nova oportunidade para avançar com um acordo que trará de volta os nossos reféns", assegurou.
O ataque de 07 de outubro resultou na morte de 1.206 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) baseada em números oficiais e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.
Nesse dia, 251 pessoas foram raptadas em solo israelita. Um total de 96 reféns permanecem em Gaza, 34 dos quais foram declarados mortos pelo exército.
Netanyahu reuniu-se no domingo com familiares de reféns e disse-lhes que "a queda do regime do [presidente sírio Bashar] al-Assad, que também aconteceu graças às ações determinadas de Israel contra o Hezbollah e o Hamas, pode ajudar a avançar com um acordo sobre o regresso dos reféns", de acordo com um comunicado do seu gabinete.
Lapid acusa Netanyahu de se concentrar em si próprio e não em Israel
O líder da oposição israelita acusa o primeiro-ministro de se concentrar em si próprio e não no país que lidera, prejudicando a resiliência nacional.
“Num dia em que quatro soldados foram mortos no Norte e três em Gaza, Benjamin Netanyahu só se preocupa com uma coisa: ele próprio. Foi um discurso vergonhoso de 'eu, eu mesmo e eu'”, aponta Yair Lapid.
“Quem quisesse saber porque é que uma pessoa sob acusação não pode ser primeiro-ministro, bastava assistir à sua conferência de imprensa desta noite. Foi uma coleção vergonhosa de mentiras e de roubo de créditos pelos feitos do sistema de segurança, que agiu heroicamente apesar da fraqueza da sua liderança.”
Durante uma conferência de imprensa esta segunda-feira, Netanyahu denunciou as “mentiras” e as “notícias falsas” sobre a sua conduta, numa altura em que se prepara para testemunhar num julgamento por corrupção.
Tribunal israelita recusa adiar o testemunho por corrupção de Netanyahu
O Tribunal Distrital de Jerusalém recusou esta segunda-feira o pedido de membros do Gabinete de Segurança de Israel para prescindir do testemunho do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na terça-feira no julgamento por corrupção.
A petição, subscrita por 12 membros do Gabinete, segundo o jornal Haaretz, foi dirigida ao procurador-geral, Gali Baharav Miara, e ao diretor da Administração dos Tribunais, Tzachi Uziel, alegando a situação atual na fronteira com a Síria, onde Israel estacionou as suas tropas por "razões de segurança" após a queda do regime do Presidente Bashar al-Assad.
“Aqueles que ignorarem este sério aviso podem tornar-se responsáveis por falhas de segurança e a história irá julgá-los por isso”, ameaçaram os membros do Gabinete de Segurança na carta, onde denunciam que a atual conduta da Justiça “prejudica gravemente a segurança do Estado”.
A declaração dos juízes que negaram o pedido do gabinete garante que “a gestão do julgamento é feita com as partes no processo, e apenas com elas”.
“Não foi apresentada qualquer base regulamentar para afastar esta prática, pelo que não há razão para alterar as datas estabelecidas”, refere o texto, publicado pela imprensa israelita.
Netanyahu diz que queda do regime sírio abre porta a acordo sobre reféns
O primeiro-ministro israelita diz que o Hamas fica isolado depois da queda do regime sírio, o que abre a porta a um acordo para a libertação dos reféns.
Em declarações aos jornalistas, Benjamin Netanyahu admite, contudo, que é demasiado cedo para dizer se os esforços para um acordo sobre os reféns serão bem-sucedidos.
Palestinianos capturados desde 7 de outubro indiciados por "terrorismo"
A polícia israelita anunciou esta segunda-feira que três palestinianos capturados na Faixa de Gaza foram indiciados por “terrorismo”, uma estreia desde o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas a Israel que desencadeou a guerra naquele território palestiniano.
“Pela primeira vez desde o início da guerra (a 7 de outubro de 2023), foram hoje apresentadas acusações num tribunal israelita contra membros do Hamas em Gaza, de pertença a uma organização terrorista e de terem a intenção de cometer ataques em Israel contra civis e forças de segurança”, declarou a polícia.
“A investigação foi concluída [e] o Ministério Público militar apresentou [hoje] acusações contra eles”, acrescentou a polícia israelita num comunicado.
Três soldados israelitas mortos "em combate" no norte de Gaza
Três soldados israelitas foram mortos “em combate” no norte da Faixa de Gaza, avança o exército esta segunda-feira.
Reino Unido sublinha necessidade da estabilidade no Médio Oriente
O Reino Unido compromete-se a ter "um papel mais presente e consistente" no Médio Oriente, no sentido de apoiar a estabilidade da região a longo prazo. Quem o diz é o primeiro-ministro britânico esta segunda-feira.
“A estabilidade do Médio Oriente é primordial para para garantir uma base de segurança no nosso país”, sublinhou Keir Starmer, durante uma visita à região.
Ativistas pela Palestina pintam e partem vidros de bancos em Lisboa e Almada
Um grupo de ativistas pintou de vermelho e partiu os vidros de sucursais de instituições bancárias em Lisboa e em Almada, que acusam de financiar empresas de armamento com ligações ao genocídio na Palestina.
Num email enviado para a Lusa, o Coletivo pela Libertação da Palestina divulga fotografias e vídeos da noite em que várias pessoas pintaram e partiram os vidros de sucursais de três bancos: o BBVA, BPI e Santander.
A PSP de Lisboa adiantou à Lusa que as instalações do BBVA na Avenida Almirante Reis, em Lisboa, foram vandalizadas esta madrugada.
Em comunicado, o Coletivo pela Libertação da Palestina e o Palestine Action mostram-se solidários com as ações e “incentivam a que mais gente se rebele contra as empresas cúmplices com o projeto colonial sionista”.
Os ativistas acusam as três instituições bancárias de terem financiado, entre 2011 e 2024, “empresas de armamento que produziram bombas mísseis aeronaves, artilharia e veículos terrestres usados não só em Gaza, mas também na Cisjordânia e no Líbano”.
A informação tem por base o relatório do Centro Delàs de Estudos para a Paz, intitulado “A Banca Armada e a sua corresponsabilidade pelo genocídio em Gaza. O financiamento das empresas que fabricam as armas utilizadas nos massacres contra a população palestiniana”.
Sullivan desloca-se a Israel esta semana
O conselheiro de Seguranca Nacional dos EUA, Jake Sullivan, vai a Israel esta semana, anuncia a Casa Branca.
Em causa, segundo um comunicado citado pela Reuters, estão as negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza. Sullivan vai ainda discutir a evolução da situação na Síria, no Líbano e no Irão.
Israel está mais otimista sobre regresso dos reféns a casa
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, está mais otimista quanto a um possível acordo sobre o regresso dos reféns que ainda se encontram em Gaza.
O Hamas terá pedido listas de todos os reféns ainda detidos por grupos militantes no enclave palestiniano. Em conferência de imprensa, Saar afirmou que estão em curso negociações indiretas sobre o regresso de cerca de 100 reféns e que, embora seja ainda muito cedo para ter a certeza, as perspetivas melhoraram.
“Não haverá um cessar-fogo em Gaza sem um acordo sobre os reféns”, afirmou.
Número de mortos em Gaza atinge os 44.758
Um total de 44.758 palestinianos foram mortos e 106.134 feridos pelas forças armadas de Israel desde 7 de outubro de 2023, disse o Ministério da Saúde de Gaza.
Egito condena ocupação de terras sírias por Israel
O Egito condena "o prolongamento da ocuapção de terras sírias por Israel" e considera que a deslocação de militares para a zona tampão é uma tentativa de forçar nova realidade no terreno, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, citado pela agência Reuters.
Quatro soldados israelitas mortos no sul do Líbano
As forças armadas de Israel anunciaram que quatro dos seus soldados tinham sido mortos em combates no sul do Líbano. O exército disse que eles “caíram durante o combate”, sem dar mais pormenores sobre o incidente.
O Times of Israel refere que os quatro homens foram mortos no domingo durante “um presumível acidente operacional”: "De acordo com uma investigação inicial das FDI, os soldados estavam a analisar um túnel na zona de Labbouneh, no sul do Líbano, quando um esconderijo de armas e explosivos do Hezbollah, aí armazenados, detonou".
A causa da explosão está a ser investigada, mas os militares suspeitam que não se tratou de uma armadilha do Hezbollah, mas sim de explosivos previamente colocados pelas forças israelitas no local.
Witkoff espera que os reféns sejam libertados antes da tomada de posse de Trump
Steve Witkoff, enviado do presidente eleito Donald Trump para o Médio Oriente, disse esta segunda-feira em Abu Dhabi que espera que os reféns detidos em Gaza sejam libertados antes da tomada de posse de Trump, a 20 de janeiro.
De acordo com a Reuters, Witkoff disse também que estava a rezar por um cessar-fogo entre Israel e o grupo militante palestiniano Hamas em Gaza antes da tomada de posse de Trump.
Ministro da Defesa de Israel ordena criação de “zona de segurança” dentro do território sírio
Israel ordenou às suas forças armadas que estabelecessem uma área de segurança na Síria, para além dos Montes Golã ocupados por Israel, assinalando o perigo potencial que o Estado judaico sente por parte de governantes desconhecidos em Damasco, após a queda da ditadura de Bashar al-Assad.
Uma declaração do gabinete do ministro da Defesa, Israel Katz, confirmou esta segunda-feira a tomada por Israel do lado sírio do ponto alto estratégico do Monte Hermon, que se situa na fronteira entre a Síria, o Líbano e os Montes Golã, o planalto que Israel tomou à Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, antes de anexá-lo formalmente em 1981.
O documento também apelava à conclusão da tomada de controlo israelita da zona tampão nos Montes Golã e à criação de uma “zona de segurança” no território sírio para além desta, “livre de armas estratégicas pesadas e de infra-estruturas terroristas”.
Katz ordenou às tropas israelitas que estabelecessem contacto com a população local na zona e impedissem o contrabando de armas do Irão para o Líbano através da Síria. O comunicado refere ainda que as forças armadas israelitas irão “continuar as operações de destruição de armas estratégicas pesadas em toda a Síria”.
Por Dana Karni, CNN Internacional
Delegação do Hamas abandona Cairo após discutir negociações
A delegação do movimento islamita palestiniano Hamas abandonou o Cairo após se reunir com o líder do serviço de inteligência egípcio, no âmbito de negociações para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
De acordo com um comunicado do Hamas, no encontro foram discutidos os esforços para um cessar-fogo no conflito com Israel e a delegação palestiniana destacou o seu interesse "em ver esses esforços terem sucesso e pôr fim à agressão".
A delegação do Hamas foi liderada pelo chefe interino do grupo, Jalil al Haya, referiu o comunicado, citado pelo jornal Filastín, ligado ao movimento islamita.
O Hamas pediu a vários movimentos palestinianos em Gaza que identificassem quais dos reféns sequestrados em Israel, no ataque de 07 de outubro de 2023, ainda estão vivos, com vista a um acordo de tréguas, de acordo com fontes citadas por agências de notícias.
A contagem de reféns coincide com a nova ronda de negociações no Cairo entre o Hamas e Israel para alcançar um cessar-fogo, na qual ambos os lados deram sinais positivos sobre a possibilidade de chegar a um acordo.
O Qatar, interlocutor do Hamas nas conversações, retomou o papel de mediador depois de o ter renunciado há cerca de um mês.
Durante o ataque sem precedentes lançado a partir da Faixa de Gaza pelos comandos do Hamas e seus aliados, 251 pessoas foram raptadas em solo israelita. Um total de 96 reféns permanece em Gaza, 34 dos quais foram declarados mortos pelo exército de Israel. Sete reféns foram também resgatados.
Desde o início da guerra em Gaza, apenas entrou em vigor uma trégua de uma semana, em novembro de 2023, durante a qual foram libertados 105 reféns, num acordo que resultou na libertação de 240 prisioneiros palestinianos detidos por Israel.
Entretanto, o terceiro diplomata mais importante dos Estados Unidos vai estar em Amã hoje e terça-feira, onde se irá reunir com responsáveis do governo da Jordânia, para discutir "uma série de questões bilaterais e esforços para reduzir a escalada de conflitos regionais".
De acordo com um comunicado, o secretário-adjunto de Estado para Assuntos Políticos norte-americano, John Bass, vai “expressar o seu apreço pela liderança contínua da Jordânia no fornecimento de ajuda vital aos civis palestinianos em Gaza”.
“As discussões também se concentrarão na importância da estabilidade na Cisjordânia e na necessidade de traçar um caminho para a criação de um Estado palestiniano com garantias de segurança para Israel", disse a diplomacia norte-americana.
Em relação à Síria, Bass “falará sobre a importância de proteger os civis e os membros de grupos minoritários e a necessidade de uma solução pacífica liderada pelos sírios”, com base nas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Pelo menos 25 mortos em ataques israelitas na faixa de Gaza
Pelo menos 25 pessoas, incluindo crianças e mulheres, foram hoje mortos em ataques israelitas contra a cidade de Gaza e o centro do enclave, informou o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlado pelo Hamas, este domingo.
Netanyahu diz que só um acordo de troca pode tirar reféns de Gaza
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse este domingo a familiares de reféns que só um acordo de troca permitirá retirar de Gaza os seus entes queridos capturados pelo grupo Hamas.
Queda de Assad pode ajudar a avançar negociações sobre reféns em Gaza
A queda de Bashar al-Assad pode ajudar a avançar negociações sobre reféns em Gaza, defendeu este domingo o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, avança a agência Reuters, que cita uma publicação na rede social X.
Prime Minister Benjamin Netanyahu:
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) December 8, 2024
"This is a historic day for the Middle East. The collapse of the Assad regime, the tyranny in Damascus, offers great opportunity but also is fraught with significant dangers. pic.twitter.com/wVKyO3vKMb
Exército israelita ordena aos residentes no sul da Síria para que fiquem em casa
O exército israelita emitiu um aviso a cinco cidades do sul da Síria, apelando aos residentes para ficarem em casa “até novas ordens” devido aos combates em curso na zona.
Avichay Adraee, porta-voz das Forças da Defesa de Israel (IDF), dirigiu-se aos cidadãos sírios para os informar de que o exército está a ser "forçado" a responder a ataques naquelas regiões.
“Para vossa segurança, por favor, permaneçam nas vossas casas e não saiam até novo aviso”, disse.