GUERRA AO MINUTO | Drones russos atingem prédio em Dnipro, há dois mortos e 12 feridos
GUIA RÁPIDO DE LEITURA
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Trump diz que continua a querer encontrar-se com Putin em Budapeste
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Hegseth diz que tropas norte-americanas vão continuar estacionadas na Roménia
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Trump quer isentar Hungria das sanções contra o petróleo russo
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Moscovo e Kiev chegam a acordo para "cessar-fogo localizado" em Zaporizhzhia
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Ausência de Lavrov em reunião com Putin faz soar os alarmes em Moscovo
Rússia avisa que as tropas ucranianas cercadas em Pokrovsk devem render-se
O Ministério da Defesa russo afirmou esta quarta-feira que as tropas ucranianas cercadas nas cidades de Pokrovsk e Kupiansk devem render-se, pois não têm outras hipóteses de salvar as suas vidas.
Em comunicado, citado pela Reuters, o Ministério afirmou que a situação das tropas ucranianas em ambos os locais estava a deteriorar-se rapidamente e que as declarações do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, sobre o assunto eram falsas.
Siga ao minuto:
AIMA cria canal especial para casos de proteção temporária decorrentes da guerra na Ucrânia
A Agência para a Integração, Migrações e Asilo anunciou a criação de um canal especial de comunicação para os casos de proteção temporária atribuída na sequência da guerra na Ucrânia e que estão a ser postos em causa.
A medida, explica a Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) num comunicado, tem a ver com a “sensibilidade dos casos concretos” e ao facto de alguns cidadãos serem menores de idade.
“Através deste canal será possível, de forma mais célere, remeter todas as alegações para que os seus processos sejam analisados pormenorizadamente, tendo em vista garantir a sua proteção efetiva, a proporcionalidade das decisões e ainda as possibilidades legalmente previstas de alternativas de regularização em território nacional”, lê-se no comunicado.
Ataque ucraniano contra central elétrica russa deixa 20 mil pessoas sem eletricidade
Um ataque ucraniano contra uma central elétrica russa deixou 20 mil pessoas sem eletricidade, de acordo com Vyacheslav Gladkov, o governador de Belgorod.
De acordo com o governador russo, o ataque causou um apagão generalizado em partes da cidade de Belgorod mas também na vila de Dubove.
Aeroportos de Vilnius e Liège encerrados devido a objetos voador não identificado
Os aeroportos de Vilnius, na Lituânia, e o de Liège, na Bélgica, estiveram encerrados, após o avistamento de drones nas imediações.
O aeroporto belga, que já esta semana tinha sido alvo de perturbações, devido ao avistamento de formações de drones nas suas imediações. Este sábado, o aeorporto esteve encerrado durante 30 minutos.
Já o principal aeroporto da capital lituana esteve encerrado durante três horas.
Rússia lamenta não ter informações sobre intenção dos EUA de retomar testes nucleares
O governo russo lamentou ainda não ter recebido explicações dos Estados Unidos da América sobre o anúncio feito no final do mês passado pelo Presidente norte-americano sobre a retoma de testes de armas nucleares.
“Ainda não recebemos nenhuma explicação por vias diplomáticas sobre o que quis dizer Donald Trump ao anunciar a retoma de testes nucleares”, disse Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, citado pela agência EuropaPress.
O Presidente norte-americano ordenou ao Departamento de Defesa que “comece a testar” as armas nucleares dos Estados Unidos, antes de um encontro com o homólogo chinês, Xi Jinping, que aconteceu no final do mês de outubro na Coreia do Sul.
Há trabalho em andamento sobre a ordem de Putin quanto a um possível teste nuclear russo
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse este sábado que o trabalho está em andamento. Referia-se à ordem do presidente Vladimir Putin, dada na semana passada, para serem preparadas propostas para um possível teste nuclear russo, informou a agência de notícias estatal TASS, escreve a Reuters.
A TASS cita ainda Lavrov que acrescentou que a Rússia não recebeu nenhum esclarecimento dos EUA sobre a ordem do presidente Donald Trump do mês passado para que as Forças Armadas dos EUA retomassem os testes nucleares.
Agostinho Costa defende que Orbán "tem mais poder do que Ursula von der Leyen e António Costa" aos olhos de Trump
Miguel Baumgartner, especialista em política internacional, e o major-general Agostinho Costa analisam a visita do primeiro-ministro da Hungria à Casa Branca
Ataque massivo russo à rede energética impõe cortes de eletricidade em Kiev
Kiev passou a madrugada de 8 de novembro a ouvir drones e mísseis e acordou com cortes de eletricidade de emergência: uma vaga russa de grande escala mirou a infraestrutura energética e de gás, obrigando a operadora Ukrenergo a desligar bairros inteiros. Em algumas zonas da capital a luz pode faltar até oito horas.
Segundo a Força Aérea, a Ucrânia derrubou 406 dos 458 drones lançados durante a noite (incluindo Shahed) e nove de 45 mísseis de cruzeiro e balísticos.
As sirenes soaram de forma continuada no centro, sul e leste do país e os alvos principais foram Kremenchuk, Kiev, Dnipro, Kharkiv e Chernihiv. Ouviram-se explosões também em Sumy e na região de Odesa, onde os serviços de emergência confirmaram impactos em infraestruturas energéticas. Em Kiev, as primeiras detonações soaram antes das 4h30, a defesa aérea entrou em ação e a queda de destroços provocou um incêndio no bairro de Pechersky, já extinto, sem vítimas na capital.
A ministra da Energia, Svitlana Hrynchuk, disse que as interrupções “normais” (até quatro horas por dia) serão repostas “assim que o sistema estabilizar”.
Numa noite que somou alertas em várias cidades próximas da frente, ficou ainda o registo de um ataque de drone a um prédio residencial em Dnipro, com pelo menos sete feridos, entre eles duas crianças.
Ao longo do outono, Moscovo intensificou os golpes contra a rede energética ucraniana para empurrar o país para mais um inverno "duro". Os piores ataques, a 3 e 5 de outubro, destruíram cerca de 60% dos locais de produção de gás.
Carneiro pede a Montenegro que intervenha em relação a estudantes vindos da Ucrânia
O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, escreveu ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, pedindo-lhe que intervenha em relação a estudantes estrangeiros do ensino superior que vieram para Portugal com estatuto de proteção por causa da guerra na Ucrânia.
Em carta dirigida ao primeiro-ministro, com data de sexta-feira, a que a agência Lusa teve acesso, José Luís Carneiro refere que teve conhecimento de que vários desses jovens "estão a ser notificados da intenção (ou mesmo da decisão final) de cancelamento do referido estatuto e de necessidade de saída do país" e que já teve oportunidade de se "reunir com um grupo dos seus representantes que apresentaram a sua situação dramática e a perplexidade pela súbita reavaliação da sua situação".
O secretário-geral do PS apela ao primeiro-ministro "para que, junto do senhor ministro da Presidência e dos serviços por si tutelados, em particular da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA), assegure com a humanidade que o caso convoca a tramitação ponderada de todas as situações".
José Luís Carneiro pede "a avaliação da possibilidade de enquadramento num título adequado à sua situação sempre que os requisitos da proteção internacional não estejam reunidos e a devida articulação com as instituições de ensino que evite a interrupção e/ou perturbação dos seus percursos académicos, nos quais a República Portuguesa já tanto investiu".
"Ademais, estamos perante inúmeros casos de integração bem-sucedida na vida académica das suas instituições e das cidades que os acolhem desde 2022, dominando a língua e prosseguindo estudos num domínio profissional central para a vida da nossa comunidade, onde podem um dia potencialmente contribuir para o sucesso do sistema nacional de saúde ou do próprio SNS, caso se venham a radicar entre nós", argumenta o ex-ministro da Administração Interna.
No fim da carta, o secretário-geral do PS manifesta a expectativa de que, "perante a criação de legítimas aspirações a que pudessem prosseguir e concluir os seus estudos" em Portugal, o primeiro-ministro terá empenho "na garantia do tratamento justo e humano destes jovens, de acordo com as melhores tradições que Portugal soube convocar no passado face a casos similares".
Em causa estão "jovens estudantes do ensino superior em instituições universitárias portuguesas que, desde 2022, beneficiam de estatuto de proteção internacional concedido pelas autoridades nacionais após a invasão desencadeada pela Federação Russa contra a Ucrânia, onde prosseguiam os seus estudos", enquadra José Luís Carneiro.
"Apesar da diversidade de situações relatadas, são na sua maioria estudantes de cursos de medicina, frequentando mesmo nalguns casos os anos finais das respetivas licenciaturas, tendo vindo a desenvolver os seus percursos académicos fazendo fé nas expectativas geradas pelo acolhimento em Portugal e pela renovação sucessiva das suas matrículas e ausência de contactos no sentido de uma eventual irregularidade do referido estatuto ou da precariedade da sua situação enquanto prosseguissem os estudos", acrescenta.
O secretário-geral do PS defende que, "sem prejuízo da necessária avaliação de cada caso à luz do direito vigente à data do seu acolhimento a Portugal, que não se contesta, não deve a República ignorar as expectativas criadas junto desta comunidade, nem proceder de forma abrupta e sem sensibilidade para a situação de fragilidade em que se encontram".
José Luís Carneiro contesta que se atue "surpreendendo os estudantes já na iminência do arranque do ano letivo com notificações que podem ditar o fim da sua possibilidade de concluírem os seus estudos e de, mais uma vez, terem de procurar novas instituições para o efeito".
"Viktor Orbán sai com uma vitória clara da visita a Trump"
Helena Ferro Gouveia e Cátia Moreira de Carvalho, comentadoras CNN Portugal, analisam, entre outros temas, o encontro do primeiro-ministro húngaro com o Presidente norte-americano em Washington
Putin promove vice-ministro da Defesa, Andrei Bulyga
O presidente Vladimir Putin nomeou Andrei Bulyga, um dos vice-ministros da Defesa da Rússia desde o ano passado, como vice-secretário do poderoso Conselho de Segurança do país, informaram agências de notícias estatais este sábado, citando um decreto presidencial, escreve a Reuters.
As agências também informaram que o coronel-general Alexander Sanchik, que tem servido como comandante do distrito militar do sul da Rússia, foi nomeado vice-ministro da Defesa, substituindo Bulyga.
Ataque a Dnipro atinge prédio
Drones russos atingem prédio em Dnipro, há dois mortos e 12 feridos
Na madrugada deste sábado um ataque com drones russos atingiu a cidade ucraniana de Dnipro e deixou pelo menos duas vítimas mortais e 12 feridos, entre eles uma criança de dois anos e outra de 13.
Segundo as autoridades locais, sete pessoas foram hospitalizadas e as equipas de socorro continuam no terreno, entre fumo e detritos, a vasculhar andares destruídos onde o balanço ainda pode agravar-se.
Várias frações de um edifício de múltiplos andares ruíram para dentro de si, e as imagens que circulam nas redes mostram o coração do prédio rasgado entre o 4.º e o 6.º pisos, cabos soltos, lajes expostas, enquanto no solo irrompeu um incêndio que os bombeiros tentaram dominar ao mesmo tempo que retiravam moradores atordoados pelas escadas.
Dnipro, próxima de regiões da frente de combate, tem sido alvo regular de ataques e, nesta noite, o golpe integrou uma vaga mais ampla que acionou alertas aéreos no centro e no leste da Ucrânia por ameaça de mísseis balísticos. Em Kyiv também foram reportados incêndios após uma ofensiva com drones.
Rússia lança 450 drones e 45 mísseis contra o setor energético da Ucrânia
A Rússia lançou 450 drones e 45 mísseis em ataques noturnos contra a Ucrânia este sábado, visando o setor energético e outras infraestruturas, afirmou o presidente
Volodymyr Zelensky, escreve a Reuters.
Zelensky reiterou o seu apelo aos aliados de Kiev para que introduzam sanções mais fortes contra o setor energético russo.
Orbán visitou Trump "para aguentar a Hungria economicamente tão perto das eleições"
Vítor Gabriel Oliveira, secretário-geral da SEDES Europa, analisa da visita do primeiro-ministro da Hungria à Casa Branca
Hungria terá um ano para continuar a comprar petróleo à Rússia
A Hungria vai poder continuar a comprar petróleo e gás natural à Rússia durante pelo menos mais um ano, disse à agência de notícias France-Presse (AFP) um responsável da Presidência dos Estados Unidos (EUA).
Budapeste recebeu uma isenção, válida apenas por um ano, das sanções norte-americanas sobre duas grandes petrolíferas russas, disse à AFP o responsável, que pediu para não ser identificado.
Em contrapartida, a Hungria comprometeu-se a comprar aproximadamente 600 milhões de dólares (519 milhões de euros) em gás natural liquefeito aos EUA, acrescentou a mesma fonte.
O acordo, que permite à Hungria continuar a comprar petróleo à Rússia, foi alcançado após uma reunião, realizada sexta-feira em Washington entre o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
A fonte da Casa Branca, contradiz assim Orbán, que anunciou que a Hungria tinha recebido isenções "gerais" e "por tempo indeterminado" das sanções norte-americanas.
"A Hungria continuará a ter os preços de energia mais baixos. Recebemos uma isenção para os oleodutos da Turquia e Druzhba (Amizade)", declarou Orbán, à emissora pública húngara M1.
"Este é um acordo geral sem prazo determinado", frisou o primeiro-ministro nacionalista húngaro, admirador confesso do Presidente norte-americano.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro garantiu que "os Estados Unidos concederam à Hungria uma isenção ilimitada das sanções ao petróleo e gás russos".
"Agradecemos esta decisão, que garante a segurança energética da Hungria", escreveu Peter Szijjarto, na rede social X.
No início da reunião na Casa Branca, Trump disse estar a analisar a possibilidade de a Hungria continuar a comprar petróleo e gás à Rússia, apesar das sanções a Moscovo.
"Estamos a analisar a situação, [os húngaros] estão a ter dificuldades em obter petróleo e gás de outras regiões", afirmou Trump aos jornalistas.
O líder norte-americano comentou que a Hungria "é um grande país, mas não tem mar, não tem portos e, por isso, enfrenta um problema difícil" para obter outras fontes de combustíveis.
Neste sentido, observou que "a Hungria está numa situação diferente" em comparação com outros países europeus, que, sem os citar, criticou por "continuarem a comprar petróleo e gás à Rússia", apesar das exigências de Washington para que cessem este abastecimento, de forma a pressionar o Kremlin a terminar a guerra na Ucrânia.
A Hungria, que se opõe às sanções aplicadas à Rússia desde o início da invasão da Ucrânia e que mantém boas relações com Moscovo, é altamente dependente das importações de gás e de petróleo bruto russo, à qual adquire 85% e 65%, respetivamente, do seu consumo.
Embora Orbán seja um aliado, Trump tinha indicado anteriormente que não ia conceder à Hungria um tratamento preferencial nas sanções recentemente impostas às petrolíferas russas Rosneft e Lukoil.
Hungria terá um ano para continuar a comprar petróleo à Rússia
A Hungria vai poder continuar a comprar petróleo e gás natural à Rússia durante pelo menos mais um ano, disse à agência de notícias France-Presse um responsável da Presidência dos Estados Unidos
"Putin é quase como um assaltante num banco. Tentará sempre alguma coisa até o conseguirem travar"
Francisco Cordeiro Araújo analisou as reivindicações do presidente russo na Ucrânia.
"Pokrovsk poderá ser o primeiro peão a cair"
O tenente-general Rafael Martins afirma ainda que o próximo encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin "está apenas adiado".
"Os EUA adotam sanções uma vez e parece ter muito mais impacto que os 19 pacotes de sanções da UE"
O comentador da CNN Portugal José Azeredo Lopes analisou também a visita de Viktor Orbán à Casa Branca, onde se reuniu com Donald Trump.
"Desde 2022 até agora, a dependência húngara do petróleo russo passou de 61% para 86%. Mas não é só o petróleo, é a ligação a Putin"
Jorge Botelho Moniz, comentador da CNN Portugal, afirma que Viktor Orbán já não tem "muito mais trunfos" para jogar com Donald Trump.