Helena Ferro de Gouveia, comentadora da CNN Portugal, acredita que Portugal, "talvez pela nossa geografia, não se apercebe de algum ambiente de guerra" que se observa em algumas partes da Europa e, por isso, deixa alguns alertas
GUERRA AO MINUTO | Rússia assume controlo de Yablukove na região de Zaporizhzhia
GUIA RÁPIDO DE LEITURA
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Marcelo garantiu ao homólogo da Estónia firmeza de Portugal no apoio face a ameaças russas
O Presidente da República garantiu hoje ao seu homólogo da Estónia que Portugal é “firme” no apoio à Ucrânia e aos países bálticos face às ameaças da Federação Russa, durante um encontro bilateral em Tallin.
No final de uma deslocação de três dias a Tallin, onde participou num encontro do Grupo de Arraiolos, Marcelo Rebelo de Sousa foi hoje recebido por Alar Karis no Palácio Presidencial, num encontro que, disse, serviu para confirmar que Portugal e Estónia estão “de acordo em tudo”.
“Estamos de acordo nas Nações Unidas – eles apoiam a nossa candidatura ao Conselho de Segurança –, na NATO, na União Europeia, na posição em relação à segurança na Europa. E agora mesmo, cá fora [do Palácio Presidencial], acrescentámos mais uns pontos sobre uma matéria que lhes interessa muito, que é África”, começou por referir aos jornalistas no final do encontro.
O Presidente da República explicou então que “uma das preocupações que têm os países bálticos, e que, portanto, tem a Estónia, é se a opinião pública, neste caso portuguesa, continua ao lado da Ucrânia”.
“Eu expliquei que sim. E depois também expliquei o papel da comunidade ucraniana em Portugal, que eles não conheciam em pormenor”, disse, acrescentando que os estónios ficam impressionados quando lhes mostra “sondagens da constância da opinião publica portuguesa, dos governos portugueses que se têm sucedido, do Estado português, no apoio à Ucrânia - no apoio militar, político, diplomático, financeiro e da integração ucraniana em Portugal”.
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"O destino de Pokrovsk é muito claro: vai cair nas mãos russas"
Helena Ferro Gouveia, comentadora da CNN Portugal, analisa as possibilidades de futuro de Pokrovsk, na Ucrânia.
"Putin paga a pessoas para irem morrer na Ucrânia". Mais recente vitória foi "conseguida à custa de perdas humanas colossais"
Francisco Pereira Coutinho, comentador da CNN Portugal, analisa as mais recentes movimentações no terreno no contexto da guerra da Rússia na Ucrânia
Rússia assume controlo de Yablukove na região de Zaporizhzhia
A informação sobre a tomada da localidade no sul da Ucrânia está a ser avançada este sábado de manhã pelo Ministério da Defesa da Rússia, numa altura em que as tropas russas estão também a lutar pelo controlo de Pokrovsk, uma cidade-chave no leste da Ucrânia.
"Pokrovsk vai cair, é uma questão de quando e não de se vai cair"
Tiago André Lopes, comentador da CNN Portugal, analisa as mais recentes movimentações no terreno na Ucrânia
Macron vai receber Zelensky em Paris para discutir apoio francês
O presidente francês, Emmanuel Macron, receberá o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em Paris, na segunda-feira, para reafirmar o apoio de longo prazo da França ao país, informou o gabinete de Macron.
Os dois líderes vão discutir a cooperação bilateral nas áreas de energia, economia e defesa, bem como o progresso na preparação de garantias de segurança para a Ucrânia no âmbito da "Coaligação dos Dispostos".
É a nona vez que Zelensky visita França desde o início da guerra em larga escala, em 2022, uma visita que ocorre num momento em que a Rússia está a intensificar os ataques contra a rede elétrica ucraniana e que as suas forças avançam em direção a uma cidade-chave no leste do país, Pokrovsk, e na região de Zaporizhzhia, no sul.
Os aliados europeus estão igualmente preocupados com uma investigação de corrupção em larga escala no setor de energia, que envolve Timur Mindich, um associado de Zelensky, e que já levou dois ministros a demitirem-se dos cargos.
Paris tem sido um aliado fundamental da Ucrânia desde o início da invasão russa em larga escala, fornecendo caças, artilharia, mísseis de longo alcance e outros equipamentos. Macron também tem sido uma das principais figuras da chamada Coligação dos Dispostos e o principal defensor do envio de forças de paz para a Ucrânia como parte das garantias de segurança pós-guerra.
A viagem de Zelensky à França ocorrerá após a sua visita à Grécia, onde deverá assinar um acordo de cooperação energética com Atenas, segundo uma fonte próxima ao gabinete presidencial citada pelo Kyiv Independent.
Escândalos de corrupção na Ucrânia podem afetar apoio europeu
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, alertou na sexta-feira que o surgimento de novos escândalos de corrupção pode dificultar a manutenção de um consenso europeu sobre a ajuda à Ucrânia face aos ataques russos.
Tusk observou que já tinha alertado o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, para a necessidade de ser extremamente sensível até aos mais pequenos sinais de corrupção no seu círculo, uma vez que isso também afeta a sua reputação, segundo a agência Ukrinform.
O primeiro-ministro polaco e ex-presidente do Conselho Europeu afirmou que Zelensky reagiu de forma decidida ao escândalo no sector energético eq ue o Estado ucraniano está determinado a processar os responsáveis, mas que as consequências do escândalo já se fizeram sentir e que o custo será muito elevado.
Os ministros da Energia e da Justiça ucranianos tiveram de se demitir na quarta-feira, depois de uma entidade anti corrupção ter anunciado o desmantelamento de um vasto esquema de corrupção no setor energético.
O esquema envolvia vários funcionários ucranianos e um empresário próximo de Zelensky, e subornos no valor de 100 milhões de dólares (86 milhões de euros, ao câmbio atual).
De acordo com Tusk, as forças russas e pró-russas na Europa estão a disseminar ativamente narrativas sobre a alegada corrupção na Ucrânia independente.
Salientou ainda que, na Polónia e em vários outros países, as pessoas estão cansadas da guerra e dos seus custos, o que dificulta a manutenção do apoio à Ucrânia na sua defesa dos ataques da Rússia e alertou que, se os escândalos de corrupção continuarem a ocorrer na Ucrânia, será cada vez mais difícil persuadir os vários parceiros a demonstrarem solidariedade com o país.
O primeiro-ministro polaco alertou ainda as autoridades ucranianas para se precavessem contra o que descreveu como o modelo russo de corrupção, explicando que tolerar tais ações poderia comprometer o esforço de guerra da Ucrânia.
O escândalo surge numa altura particularmente difícil na frente de batalha, com o exército ucraniano a recuar em várias regiões perante o avanço das tropas russas.
Ocorre também num momento em que a Alemanha tinha acabado de anunciar, no início de novembro, um aumento do apoio à Ucrânia em três mil milhões de euros em 2026, elevando-o para cerca de 11,5 mil milhões.
O chanceler alemão exigiu na quarta-feira ao Presidente ucraniano uma luta enérgica contra a corrupção, depois de a Ucrânia ter sido abalada por um escândalo de subornos, anunciou o gabinete de Friedrich Merz.
Numa conversa telefónica, Merz "sublinhou que o Governo alemão espera que a Ucrânia avance com energia na luta contra a corrupção, bem como noutras reformas, em particular no domínio do Estado de direito", disse a chancelaria num comunicado.
De acordo com o gabinete do chefe do Governo alemão, Zelensky garantiu que as autoridades ucranianas estavam determinadas a recuperar a confiança dos aliados após este caso.
Zelensky prometeu "a implementação rápida de novas medidas destinadas a restaurar a confiança da população ucraniana, dos parceiros europeus e dos doadores internacionais", disse o gabinete de Merz, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O Governo alemão anunciou na quarta-feira que os pagamentos à Ucrânia iriam continuar, embora manifestando preocupação com o escândalo de corrupção, tendo em conta a ajuda da Alemanha ao setor energético ucraniano.
A Ucrânia está extremamente dependente da ajuda ocidental para resistir à invasão russa e a luta contra a corrupção tem sido uma exigência dos aliados desde antes da guerra.
A Alemanha é o principal doador da Ucrânia na Europa e o segundo mundialmente, atrás dos Estados Unidos.
Berlim participa no armamento de Kiev contra Moscovo, e nas reparações e proteção da rede energética ucraniana, devastada pelos ataques russos desde o início da invasão, em fevereiro de 2022.
A Ucrânia é candidata à União Europeia e as reformas anti corrupção fazem parte dos critérios para a adesão.
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"Nós estamos em guerra contra a Federação Russa. É importante que tenhamos consciência disso"
Ucrânia já começou auditorias a todas as empresas estatais, anunciou Zelensky
No discurso desta noite, o presidente da Ucrânia anunciou que o governo do país já começou as auditorias a todas as empresas estatais, medida tomada após a "Operação Midas", uma investigação a um escândalo de corrupção que envolve a Energoatom, empresa que gere a energia nuclear na Ucrânia.
"O governo já iniciou uma auditoria a todas as empresas estatais, e os resultados serão entregues às autoridades policiais e anticorrupção, e o governo deve garantir-lhes total apoio. É com isso que estou a contar", disse Volodymyr Zelensky.
"Rússia não aceita iniciar negociações sem garantir um ponto considerado inaceitável para a Ucrânia e para a Europa"
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"Estamos numa fase contrária ao que estávamos habituados"
"A última noite foi bastante desgastante, como há muito não se via em Kiev. As pessoas voltaram a sentir o medo"
Francisco Araújo Cordeiro, especialista em Direito Internacional, defende que "o sentimento de impunidade dos ucranianos é o mais frustrante neste momento". Na última noite, a Rússia atacou, de forma maciça, a Ucrânia
Rússia "está a dar um sinal de grande firmeza para mostrar que o ímpeto de conquista de território é para continuar"
O tenente-general Rafael Martins analisa os ataques russos contra Kiev na noite de quinta-feira, os quais, defende, serviram para mostrar "que o ímpeto de conquista de território é para continuar"
"Não há dúvidas de que o objetivo da Rússia durante o inverno vai continuar a ser infligir danos para condicionar a Ucrânia"
Sónia Sénica, comentadora da CNN Portugal, faz uma antevisão do que poderá ser a estratégia da Rússia, numa altura em que o inverno se aproxima da Ucrânia
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Marcos Farias Ferreira, especialista em relações internacionais, acredita que "Putin já percebeu que não deve confiar totalmente em Trump", sobretudo depois de algumas hesitações por parte do presidente dos EUA
Uma das duas linhas elétricas que alimenta a central nuclear de Zaporizhzhia foi desligada
No Telegram, a administração da central nuclear de Zaporizhzhia informou que a linha elétrica Dniprovska, uma das duas que alimenta a central, foi desligada após ser acionado o mecanismo de proteção automática.
Neste momento, diz a mesma fonte, todos os reatores da central estão parados, não se tendo registado qualquer incidente ou violação de segurança.
"O pessoal da central está a controlar a situação", pode ler-se na nota.
Reino Unido suspende sanções contra a subsidiária búlgara da Lukoil
O Reino Unido decidiu suspender as sanções contra a subsidiária búlgara da petrolífera russa Lukoil, afirma a Reuters esta sexta-feira.
A suspensão é uma notícia bem-vinda para a Bulgária, uma vez que a refinaria de Burgas, responsável pelo fornecimento de 80% do combustível do país, poderá continuar a negociar com empresas e bancos britânicos.
A Bulgária está também à procura de obter uma isenção dos EUA às sanções decretadas por Washington no mês passado contra a Lukoil e a Rosneft.
Ucrânia começou produção em massa de drones interceptores para reforçar defesas aéreas, afirma o Ministério da Defesa
O Ministério da Defesa da Ucrânia começou a produzir drones interceptores em massa para reforçar as suas defesas contra os ataques aéreos russos.
O ministério, citado pela Reuters, diz que três empresas já começaram a fabricar as aeronaves, e outras 11 estão a preparar as linhas de produção.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha afirmado que o objetivo seria produzir mil drones deste tipo por dia.
Governo romeno convoca embaixador russo no país após violação do espaço aéreo na terça-feira
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Roménia decidiu convocar o embaixador russo no país, Vladimir Lipayev, após fragmentos de drones russos terem caído em território romeno na terça-feira, durante um ataque russo aos portos do oeste da Ucrânia.
Citado pela Reuters, o governo romeno diz que os destroços recuperados perto da fronteira com a Roménia deram provas "irrefutáveis" da sua origem russa.
Suspensão das exportações de petróleo a partir de Novorossiysk afetou 2% do fornecimento mundial
A suspensão das exportações de petróleo a partir do porto de Novorossiysk, na Rússia, após um ataque ucraniano, afetou 2% do fornecimento mundial de petróleo, avança a Reuters, citando fontes da indústria.
Estes 2% da produção mundial diária equivalem a 2,2 milhões de barris.