GUERRA AO MINUTO | Rússia acusa EUA de cancelarem próxima ronda de negociações para aliviar tensões
O que está a acontecer
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Rússia devolve corpos de 1.212 soldados ucranianos e Ucrânia devolve 27 soldados russos
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EUA anunciam cortes no apoio militar à Ucrânia. Motivo: querem uma solução negociada
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Kremlin ameaça Kiev com perda de territórios caso não ceda às suas exigências
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Rússia e Ucrânia trocam prisioneiros de guerra
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Kremlin avisa: plano de defesa aérea da NATO vai custar caro aos contribuintes europeus
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NATO vai defender aumento de 400% nas capacidades de defesa da Aliança
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Ataques ucranianos obrigam Moscovo a encerrar os principais aeroportos
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Rússia diz ter comboios a postos para enviar corpos de soldados ucranianos para a fronteira
Ucrânia destrói três helicópteros e 146 drones russos durante operação em Kursk
As forças ucranianas destruíram 149 alvos aéreos russos durante a operação em curso em Kursk, avança o porta-voz do comando da Força Aérea ucraniana.
Entre os 149 alvos russos destruídos pelas forças ucranianas, três eram helicópteros: dois helicópteros de combate Ka-52 e um helicóptero de transporte e combate Mi-8.
Os restantes, segundo as forças ucranianas, eram drones de reconhecimento e ataque.
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Trump diz que foi um erro expulsar a Rússia do G8
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que foi um erro expulsar a Rússia do G8 e acrescentou que não se importaria que a China se juntasse ao G7. Trump fez estes comentários durante a cimeira do Grupo dos Sete, no Canadá.
A Rússia fazia parte do clube exclusivo das grandes economias, mas foi expulsa após a anexação da Crimeia à Ucrânia, em 2014.
"O G7 costumava ser o G8. Barack Obama e uma pessoa chamada Trudeau não queriam que a Rússia fizesse parte", disse Trump, referindo-se ao antigo primeiro-ministro canadiano Justin Trudeau. “E eu diria que isso foi um erro, porque acho que não teríamos uma guerra agora se tivéssemos a Rússia e não teríamos uma guerra agora se Trump fosse presidente há quatro anos.”
Zelensky planeia discutir a compra de armas com Trump
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, dz que planeia discutir novas compras de armas para a Ucrânia com o presidente dos EUA, Donald Trump.
Zelensky, que está de visita à Áustria, participará na cimeira do Grupo dos Sete no Canadá na terça-feira, onde espera encontrar-se com Trump à margem da reunião.
"Uma das questões que irei discutir com o presidente Trump durante a reunião é o pacote de defesa que a Ucrânia está pronta a comprar", disse Zelenskiy numa conferência de imprensa em Viena, citado pela Reuters.
EUA cancelaram a próxima ronda de conversações sobre a redução de tensões com a Rússia
A próxima ronda de conversações entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a redução de "irritantes" (tensões) nas relações entre os dois países foi cancelada por iniciativa do lado americano, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
"Esperamos que a pausa que fizeram não dure muito tempo", declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, citada pela Reuters.
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Rússia afirma que entregou os restos mortais de 6.060 soldados ucranianos
A Rússia diz ter entregado os restos mortais de 6.060 soldados ucranianos após o acordo feito em Istambul, no início de junho, de acordo com a Reuters, que cita o líder da delegação russa, Vladimir Medinsky.
Moscovo diz ainda estar disponível para entregar outros 2.239 cadáveres. No entanto, Medinsky afirma que o processo de negociação de troca de prisioneiros continua a decorrer.
Costa diz que 3% ou 5% de gasto em Defesa "não é um número mágico"
O presidente do Conselho Europeu defendeu que a União Europeia não precisa de 27 grandes Forças Armadas, mas de um “robusto sistema de defesa coletivo”, considerando que o objetivo de gasto em Defesa “não é um número mágico”.
“Nós não precisamos de 27 grandes Forças Armadas, o que precisamos é de um robusto sistema de defesa coletivo e para isso nós temos que trabalhar com base nos planos da NATO e nas prioridades definidas pela Agência Europeia de Defesa”, sustentou António Costa, durante uma conversa com o antigo-primeiro-ministro e antigo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, na conferência “Europa e Relações Transatlânticas”, organizada em Lisboa pelo canal Now.
Para Costa, a discussão sobre o objetivo de investimento em Defesa no âmbito da NATO, “sobre 5%, 3%” do produto interno bruto (PIB) é “uma má forma de tratar o assunto, porque o que interessa não é um número mágico”.
O ex-primeiro-ministro socialista considerou que a Europa tem de “definir quais são as capacidades prioritárias” de investimento.
Repatrimento de restos mortais ucranianos terminou
A Ucrânia recebeu, esta segunda-feira, mais 1245 corpos de soldados mortos na guerra com a Rússia, naquela que é a fase final do repatriamento acordado nas conversações em Istambul, revelaram as autoridades ucranianas citadas pela Reuters.
"O dia de hoje marca a fase final do repatriamento dos soldados mortos. Desde a semana passada, quando começou a aplicação dos acordos de Istambul, conseguimos trazer mais de 6.000 corpos", afirmou o Ministro da Defesa, Rustem Umerov.
Fim do gás russo e procura global mantêm pressão sobre preços até 2027
A substituição do gás russo por gasoduto pelo gás natural liquefeito (GNL) importado, sobretudo dos EUA, está a tornar a Europa mais exposta à volatilidade dos mercados e a prolongar a pressão sobre os preços até, pelo menos, 2027, segundo a Eurogas.
“Estamos a assistir a uma mudança no sistema energético europeu. Passámos de contratos estáveis por gasoduto para um mercado dependente de cargas de GNL, que podem ser desviadas conforme a conjuntura global”, afirmou em entrevista à Lusa Cristian Signoretto, presidente da entidade que representa o setor europeu do gás.
A guerra na Ucrânia levou a União Europeia a reduzir drasticamente as importações de gás russo, apostando na diversificação. O vazio está a ser preenchido, em grande parte, por gás americano, enquanto a procura por GNL cresce na Ásia, onde o carvão está a ser substituído por gás natural. Esta competição deverá manter os preços elevados — entre 30 e 40 euros por megawatt/hora — até que novos projetos de liquefação entrem em operação, entre 2027 e 2029.
“Só depois de 2027 esperamos um regresso aos níveis pré-guerra, entre 20 e 25 euros”, acrescentou Signoretto, alertando para o risco de desinvestimento no setor, caso persista a ideia de que a procura europeia irá colapsar.
A Eurogas critica as projeções da Comissão Europeia, que apontam para uma redução de quase 50% no consumo de gás até 2030, considerando-as irrealistas. “Há setores, como o residencial e o industrial, onde ainda não é viável substituir o gás. Isso precisa ser reconhecido”, defendeu.
Embora a dependência energética tenha diminuído, a nova configuração torna a segurança do abastecimento mais complexa. Por isso, a associação defende contratos de longo prazo com fornecedores diversos, investimento em armazenamento e manutenção da capacidade térmica como salvaguarda.
“Aprendemos que não podemos depender de uma única fonte, como aconteceu com a Rússia. A diversificação é agora uma prioridade”, frisou, lembrando que a Europa também importa gás de países como o Qatar.
As estimativas da Comissão Europeia não refletem, segundo Signoretto, a realidade técnica e económica dos Estados-membros. “A previsão de uma redução de 150 mil milhões de metros cúbicos - quase metade do consumo atual - não é plausível. Nem nos lares, nem na indústria, nem na produção de energia”, reforçou.
O responsável destaca que a substituição do gás por outras fontes é lenta e, muitas vezes, impraticável. “A ideia de eletrificar tudo rapidamente é irrealista e cara. O gás - especialmente o de baixo teor de carbono, como o biometano e o hidrogénio - continuará a ter um papel estratégico até e após 2030”, sublinhou.
No setor residencial, a troca por bombas de calor enfrenta limitações técnicas, custos elevados e inadequação dos edifícios. “Milhões de habitações, como em Itália, não permitem essa substituição. O gás continuará a ser necessário durante anos”, afirmou.
Na indústria, a queda no consumo deve-se sobretudo à deslocalização da produção, e não à transição energética: “Isso é preocupante, não um sinal de sucesso climático”, alerta.
O presidente da Eurogas avisa ainda que previsões demasiado otimistas podem comprometer investimentos e pôr em risco o abastecimento futuro. “Se assumirmos que deixaremos de precisar de gás e depois precisarmos, descobriremos que ninguém investiu e que não há oferta disponível”, referiu.
A associação está em diálogo com a Comissão Europeia para rever os modelos e apela a mais pragmatismo: “Não se trata de abdicar das metas climáticas, mas de reconhecer a realidade no terreno e planear em conformidade.”
Por fim, defende uma abordagem tecnologicamente neutra, com um sistema híbrido onde a eletrificação seja complementada pelo uso de moléculas descarbonizadas. “Um sistema totalmente elétrico é menos fiável. É preferível descarbonizar o gás do que tentar eletrificar tudo”, concluiu.
Trump e Zelensky podem reunir-se durante o encontro do G7
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai manter conversações bilaterais com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, durante a cimeira de líderes do G7 no Canadá, segundo um funcionário da Casa Branca citado pela Reuters.
Tropas norte-coreanas sofreram mais de 6.000 baixas na guerra da Ucrânia
As tropas norte-coreanas sofreram mais de 6.000 baixas a lutar pela Rússia na guerra contra a Ucrânia, mais de metade dos cerca de 11.000 soldados inicialmente enviados para a região de Kursk, afirmou o Ministério da Defesa britânico.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - June 15 2025.
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 15, 2025
Find out more about Defence Intelligence's use of language: https://t.co/1vB3QSA41N#StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/E8DnAa64eZ
"Não podemos dizer que o Irão está a enviar armas para a Rússia combater melhor na Ucrânia e depois dizer que é um tigre de papel"
O comentador da CNN Portugal Tiago André Lopes afirma também que o facto de a Iron Dome e os restantes sistemas antiaéreos israelitas se estarem a revelar penetráveis vai gerar efeitos na opinião pública do país
Forças ucranianas atingem fábrica russa de produção de drones
As forças ucranianas dizem ter atingido uma fábrica de produção de drones em Yelabuga, cidade russa no Tartaristão, sem adiantar como atingiram o alvo, que fica a cerca de 1.000 km da Ucrânia.
Na aplicação Telegram, afirmou que a fábrica era utilizada para produzir, testar e lançar drones contra a Ucrânia, nomeadamente contra infraestruturas energéticas e civis.
Kiev diz ter recebido mais 1.200 corpos da Rússia
A Ucrânia anunciou este domingo ter recebido mais 1.200 corpos da Rússia, no âmbito de um acordo alcançado entre as partes beligerantes em Istambul no início do mês, sendo que Moscovo garantiu que não recebeu nenhum.
“Mais 1.200 corpos, que segundo a parte russa pertencem a cidadãos ucranianos, incluindo militares, foram enviados para a Ucrânia”, escreveu o centro de coordenação ucraniano para os prisioneiros de guerra na plataforma Telegram.
A Rússia confirmou a entrega, mas disse não ter recebido nenhum corpo.
"A Rússia continua a aplicar os acordos de Istambul. Hoje foram entregues à Ucrânia mais 1.200 corpos de soldados ucranianos mortos. A Ucrânia não entregou um único corpo", disse uma fonte da equipa de negociação russa, citada pela agência de notícias estatal russa TASS
Durante as conversações realizadas em Istambul, na Turquia, no início de junho, Kiev e Moscovo concordaram em libertar todos os prisioneiros de guerra jovens ou feridos e em devolver os restos mortais de combatentes mortos, o único resultado tangível destas negociações.
Desde então, as duas partes realizaram quatro rondas de trocas de prisioneiros, tendo a Ucrânia recuperado 1.200 corpos no sábado, 1.200 na sexta-feira e 1.212 na quarta-feira, num total de 4.812.
Por seu lado, a Rússia declarou na quarta-feira que tinha recuperado 27 restos mortais de militares russos mortos e entregues pela Ucrânia.
Papa apela à paz no Médio Oriente, Ucrânia e noutros locais do mundo

O Papa Leão XIV apelou hoje à paz no Médio Oriente, na Ucrânia e noutros locais do mundo, e lembrou o recente massacre na Nigéria, onde morreram cerca de 200 pessoas, a maioria abrigada numa missão católica.
“Continuemos a rezar pela paz no Médio Oriente, na Ucrânia e em todo o mundo", pediu o Papa na oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Leão XIV começou por referir a Birmânia, onde, “apesar do cessar-fogo, os combates continuam e causam mesmo danos nas infraestruturas civis”.
Instou todas as partes a seguirem “o caminho do diálogo, que é o único que pode levar a uma solução pacífica e estável”.
O chefe de Estado do Vaticano recordou ainda que na noite de sexta-feira para sábado, na cidade de Yelewata, estado de Benue, na Nigéria, “ocorreu um terrível massacre em que foram assassinadas com extrema crueldade cerca de 200 pessoas”.
“A maioria delas eram deslocados internos abrigados pela missão católica local", afirmou Leão XIV, que disse rezar “para que a segurança, a justiça e a paz prevaleçam na Nigéria, um país amado e tão afetado por diversas formas de violência".
O líder da Igreja Católica lembrou também as “comunidades cristãs rurais do Benim, vítimas de violência”, e a República do Sudão, “devastada pela violência há dois anos”.
“Renovo o meu apelo aos combatentes para que deixem proteger os civis e se envolvam no diálogo pela paz”, declarou Leão XIV, exortando “a comunidade internacional a redobrar os seus esforços para prestar, pelo menos, a ajuda essencial à população duramente atingida pela grave crise humana”.
Kiev repele a maioria de drones e mísseis durante forte ataque russo no centro
A Ucrânia intercetou 169 drones e mísseis durante um ataque noturno russo em grande escala que teve como alvo a cidade de Kremenchuk, na região central de Poltava, segundo a Força Aérea ucraniana.
De acordo com o relatório da força ucraniana, a Rússia lançou contra a Ucrânia 183 drones de longo alcance, incluindo ‘Shaheds’ de design iraniano, bem como dois mísseis ‘Kinzhal’, um míssil ‘Iskander-M/KN-23’ e oito mísseis de cruzeiro a partir de 10 locais diferentes em território russo.
Pelo menos 111 drones de longo alcance foram abatidos, enquanto outros 48 não atingiram os seus alvos, nomeadamente devido aos sistemas de defesa radioeletrónica da Ucrânia.
As defesas aéreas e a aviação ucranianas também abateram os dois mísseis ‘Kinzhal’, bem como três mísseis de cruzeiro ‘Iskander-K’ e três mísseis de cruzeiro ‘Kalibr’.
No entanto, a Rússia conseguiu atacar vários pontos de Kremenchuk, apesar de não haver relatos de vítimas.
Registaram-se incêndios como resultado de impactos diretos e da queda de fragmentos de drones ou mísseis intercetados, segundo informações da administração regional de Poltava.
A infraestrutura energética e agrícola foi afetada. Uma casa, um carro e uma linha elétrica também foram danificados, revelou a administração regional no Telegram, que também indicou que não foram registadas vítimas.
“Este foi o ataque aéreo mais massivo sobre a cidade de todos os tempos”, sublinhou o presidente da câmara local, Vitalii Maletskyi, que explicou que o ataque com dezenas de drones foi seguido por mísseis russos.
Trump e Putin falaram sobre o Médio Oriente e o presidente americano lembrou ao russo que "a sua guerra também deve terminar"
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizaram uma chamada telefónica de uma hora no sábado, disse Trump numa publicação nas redes sociais.
O presidente dos EUA garante que os líderes falaram “durante muito tempo” sobre o Irão e os ataques aéreos de Israel e apelaram ao fim do conflito.
“O presidente Putin telefonou esta manhã para me desejar muito gentilmente um Feliz Aniversário, mas para, mais importante, falar sobre o Irão, um país que ele conhece muito bem”, escreveu Trump numa publicação na sua Truth Social.
Trump disse que tanto ele como Putin concordam que o conflito entre Israel e o Irão deve chegar ao fim.
“Ele sente, tal como eu, que esta guerra entre Israel e o Irão deve terminar, ao que eu expliquei que a sua guerra também deve terminar”, disse Trump, referindo-se à guerra da Rússia contra a Ucrânia.
"Falámos durante muito tempo. Passámos muito menos tempo a falar da Rússia/Ucrânia, mas isso fica para a próxima semana. Ele está a fazer as trocas de prisioneiros planeadas - um grande número de prisioneiros está a ser trocado, imediatamente, de ambos os lados", acrescenta a publicação de Trump.
Forças ucranianas recapturam Andriivka, na região de Sumy, anuncia Zelensky
As forças ucranianas recapturaram Andriivka, uma aldeia na região de Sumy, anuncia o presidente ucraniano.
Volodymyr Zelensky assinala ainda "ações bem-sudecidas" ao redor de Pokrovsk e "fortes resultados" perto de Kupiansk, uma área no nordeste da Ucrânia que tem estado sob forte pressão russa.
Trump e Putin falaram por telefone
Donald Trump e Vladimir Putin falaram este sábado por chamada telefónica, avança a agência de notícias RIA Novosti, que cita um porta-voz do Kremlin.
Os dois líderes discutiram a crescente tensão entre Israel e o Irão. Segundo Yuri Ushakov, um dos principais conselheiros do Kremlin, adianta que Putin condenou os ataques israelitas ao Irão e que os dois líderes não excluíram a possibilidade de voltar a discutir o programa nuclear iraniano.
Vladimir Putin confirmou ainda a disponibilidade da Rússia para prosseguir as negociações com a Ucrânia.
Zelensky pede que guerra Israel-Irão não afete apoio europeu, que está a "abrandar"
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou para um abrandamento do apoio europeu à Ucrânia face à invasão russa e manifestou receio de que o confronto entre Israel e o Irão conduza a uma nova redução da ajuda ocidental.
“A coligação está a abrandar (...) Esta situação demonstrou que a Europa ainda não decidiu por si própria se estará plenamente ao lado da Ucrânia sem os Estados Unidos”, afirmou Zelensky numa conferência de imprensa realizada na sexta-feira, mas apenas transmitida hoje.
O chefe de Estado ucraniano assinalou ainda que a administração norte-americana liderada por Donald Trump adotou uma postura “demasiado conciliatória” em relação à Rússia e apelou a uma mudança de tom por parte de Washington.
“De momento, o tom do diálogo entre os Estados Unidos e a Rússia parece demasiado brando. Sejamos honestos: isso não vai travar Putin. O que é necessário é mudar de tom”, escreveu Zelensky na rede social X.
O líder ucraniano declarou igualmente recear que os recentes ataques cruzados entre Israel e o Irão provoquem uma nova retração no apoio internacional à Ucrânia.
“Gostaríamos que a ajuda à Ucrânia não diminuísse por essa razão. Da última vez, esse foi um fator que abrandou o apoio”, afirmou.
A Ucrânia e a Rússia realizaram hoje uma nova troca de prisioneiros de guerra, a quarta no espaço de uma semana, no âmbito dos acordos alcançados em Istambul no início deste mês, anunciaram ambos os países.
O Centro de Coordenação para os Prisioneiros de Guerra divulgou entretanto através da plataforma Telegram que a Ucrânia recebeu hoje 1.200 corpos de cidadãos ucranianos, incluindo militares, entregues pela Rússia, no âmbito desse acordo.