GUERRA AO MINUTO | Rússia retira acreditação a seis diplomatas britânicos suspeitos de espionagem
O que está a acontecer
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EUA podem estar prestes a dar luz verde à Ucrânia para uso de mísseis de longo alcance
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Militar moldavo morto na fronteira da região separatista da Transnístria
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ONU pede fim dos ataques a navios civis no Mar Negro
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Ucrânia abre diligências junto da Mongólia pelo não cumprimento do mandado de detenção de Putin
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Putin afirma que a NATO está a decidir se se envolve diretamente na guerra da Ucrânia
Deputado alemão diz que não se importa que a Ucrânia use carros de combate alemães no território russo
O deputado alemão Marcus Feber, membro do Comité de Defesa alemão, afirmou esta quinta-feira que não se preocupa com a alegada utilização de carros de combate de fabrico alemão em território russo, depois de vários veículos Marder terem sido avistado na ofensiva ucraniana na região de Kursk.
"Depois de transferidos para a Ucrânia, estes veículos são armas ucranianas, isso aplica-se a todo o equipamento, incluindo o Leopard 2", afirmou, sublinhando que os territórios dos dois países são "uma zona de guerra" e que, por isso, a utilização de armamento está "em linha" com a lei internacional.
Siga ao minuto:
Rússia retira acreditação a seis diplomatas britânicos suspeitos de espionagem
A Rússia retirou esta sexta-feira a acreditação a seis diplomatas da Embaixada do Reino Unido em Moscovo por suspeita de espionagem e "ameaças à segurança russa".
"Como represália aos numerosos atos hostis de Londres, o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo (...) retirou a acreditação a seis funcionários do departamento político da embaixada britânica em Moscovo", declararam os serviços de segurança russos (FSB).
O FBS acusou os seis diplomatas britânicos de exercerem "atividades subversivas e de espionagem", de acordo com a mesma nota.
Japão mobiliza caças ao detetar presença de aviões russos em redor do país
O Japão mobilizou caças na quinta-feira depois de dois aviões de patrulha russos terem sobrevoado o país, mas sem violar o espaço aéreo japonês, disse hoje o Ministério da Defesa.
A última vez que aeronaves militares russas voaram ao redor do Japão foi em 2019, disse um funcionário do ministério à agência de notícias France-Presse. Na altura, os bombardeiros russos entraram no espaço aéreo japonês.
Os aviões russos Tu-142 sobrevoaram o mar entre o Japão e a Coreia do Sul em direção à região sul de Okinawa. Em seguida, dirigiram-se para norte, sobre o oceano Pacífico, a norte da ilha de Hokkaido, indicou o ministério, em comunicado, acrescentou que os aparelhos também sobrevoaram uma zona palco de um conflito territorial entre o Japão e a Rússia.
“Em resposta, mobilizámos urgentemente os caças da Força Aérea de Auto-Defesa”, referiu o ministério.
No início da semana, as marinhas chinesa e russa iniciaram manobras no norte do mar do Japão, no âmbito de exercícios navais russos de grande envergadura, em resposta, de acordo com o Presidente russo, Vladimir Putin, à presença crescente dos Estados Unidos e aliados na região Ásia-Pacífico.
China diz que negociação é "única saída" para guerras em Gaza e na Ucrânia
O ministro da Defesa chinês afirmou hoje que “a negociação” e “uma solução pacífica” são “a única saída” para as guerras em Gaza e na Ucrânia, reiterando que “o fim de qualquer conflito é a reconciliação”.
“Cada país tem o direito de salvaguardar os interesses de segurança e desenvolvimento, mas é necessária uma ordem internacional justa para resolver os problemas. A China está disposta a construir a paz em conjunto com as Forças Armadas de outros países”, afirmou Dong Jun, na abertura do Fórum Xiangshan de Pequim, o maior evento anual de diplomacia militar da China, que conta com a participação de mais de 90 países e organizações internacionais.
Dong reuniu-se na quinta-feira com o vice-ministro da Defesa russo, Alexander Fomin, que se encontra em Pequim para participar no fórum.
Fomin afirmou que as relações entre Pequim e Moscovo “são de grande importância para a segurança e a estabilidade global e regional”, de acordo com o Ministério da Defesa chinês.
O responsável chinês reuniu-se ainda separadamente com os homólogos da Defesa da Arménia, da Bielorrússia, do Chile, de Madagáscar, das Maldivas, da Mauritânia e do Tajiquistão, tendo afirmado que "face à situação internacional e regional de caos e turbulência, é preciso uma união estreita, discutir planos de segurança global e explorar estratégias para a paz e estabilidade a longo prazo”.
Na intervenção, Dong sublinhou que a China procura “dar novos e maiores contributos para a segurança global” e salientou que “só os países que tomam decisões autónomas vão ser respeitados pela comunidade internacional”.
“Ninguém está alheio a ameaças como as alterações climáticas e o terrorismo. Os países, sejam grandes ou pequenos, devem unir-se e enfrentá-las em pé de igualdade”, afirmou.
O ministro da Defesa chinês pediu consenso, respeito e confiança mútuos para enfrentar os desafios globais porque “quanto mais profunda for a cooperação, mais estáveis serão as relações e mais seguro será o mundo”.
Esta é a primeira vez que Dong surge num fórum deste tipo desde que assumiu o cargo no ano passado para substituir o ex-ministro Li Shangfu, demitido e posteriormente expulso do Partido Comunista Chinês, depois de ter sido acusado de corrupção.
O fórum, também marcado pelas recentes tensões entre a China e as Filipinas no mar do Sul da China e a questão de Taiwan, deve contar com a presença do vice-secretário adjunto da Defesa dos Estados Unidos para a China, Taiwan e Mongólia, Michael Chase.
Uma delegação da Ucrânia composta por académicos e antigos funcionários, incluindo o antigo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Oleksandr Chalyi, também participa no fórum.
A Rússia "não pode passar a fronteira nuclear sem uma reação da NATO" e "Putin tem a noção clara disso"
O embaixador Seixas da Costa diz que a Rússia "hesita muito em passar a fronteira nuclear", apesar de levar a cabo ataques "mais ou menos indiscriminados" dentro da Ucrânia que se possam traduzir num agravamento da guerra naquele território. "Eu acho que Putin tem a noção clara de que essa é de facto a última fronteira, que não pode passar sem uma reação da NATO, que tem ela própria também graduações possíveis", diz o comentador da CNN Portugal.
"A Europa enfrenta o risco de uma escalada da guerra", mas se não o fizer "cai numa espécie de ridículo internacional"
Diana Soller dá conta de que, segundo todos os media britânicos, pelo menos a Grâ-Bretanha já terá decidido levantar a restrição de utilização de armas de longo alcance por parte da Ucrânia em território russo. "É um momento de hora da verdade para o mundo ocidental", observa a comentadora da CNN Portugal, acrescentando que se chegou a um ponto em que "o não dar esta oportunidade à Ucrânia implica uma cedência às ameaças russas".
"A Ucrânia está numa situação muito enfraquecida e podemos ter surpresas dentro de algum tempo"
Semanas depois da operação ucraniana na região de Kursk, a Rússia dá agora início a uma contraofensiva e afirma já ter reconquistado dez localidades. O major-general Agostinho Costa entende que as tropas ucranianas levem tempo a mobilizar milhares de combatentes, mas explica que ao atacar dentro da Rússia não têm capacidade de recorrer a apoio aéreo naquele território. "Estão um pouco à mercê da artilharia russa", observa o comentador da CNN Portugal.
Luz verde dos EUA para uso de mísseis de longo alcance pode estar a chegar - desde que não sejam norte-americanos
O presidente norte-americano pode estar prestes a dar luz verde à Ucrânia para a utilização de armas ocidentais de longo alcance em território russo, desde que não sejam utilizadas armas fornecidas pelos EUA.
A informação é avançada pelo New York Times esta quinta-feira, que cita funcionários europeus, depois de o Reino Unido já ter dado autorização à Ucrânia para usar mísseis de longo alcance Storm Shadow.
De acordo com o jornal, as autoridades norte-americanas dizem que Joe Biden ainda não tomou uma decisão, mas que vai ouvir o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, na sexta-feira.
Encontrado engenho explosivo em subestação elétrica na região de Kiev
Foi encontrado um engenho explosivo numa subestação elétrica na região de Kiev, avança o Ministério da Energia ucraniano esta quinta-feira.
O objeto foi encontrado durante uma inspeção à subestação. As autoridades removeram-no e apreenderam-no posteriormente.
Militar moldavo morto na fronteira da Transnístria em circunstâncias pouco claras
Um militar moldavo destacado na fronteira da região separatista da Transnístria foi morto nesta quinta-feira em circunstâncias pouco claras.
Segundo o Ministério da Defesa da Moldova, o militar foi "ferido mortalmente... como resultado de um tiro da arma na sua posse enquanto desempenhava as suas funções".
O caso está a ser investigado, informaram ainda as autoridades moldavas.
Contingentes da Moldova e da Transnístria estão destacados na região, juntamente com "pacificadores" russos.
Embaixadora dos EUA na Ucrânia condena ataque a navio que transportava cereais
A embaixadora dos EUA na Ucrânia condenou o ataque russo a um navio que transportava cereais da Ucrânia, considerando-o uma violação da lei internacional e uma ameaça à segurança alimentar.
“Condenamos veementemente o ataque da Rússia a um navio de carga comercial np Mar Negro. Este ataque é uma violação flagrante do direito internacional que ameaça a segurança alimentar mundial”, escreveu no X.
We strongly condemn Russia’s attack on a commercial cargo ship in the Black Sea last night. This escalatory attack is a blatant violation of international law that threatens global food security. pic.twitter.com/yJ2vs77Viz
— Ambassador Bridget A. Brink (@USAmbKyiv) September 12, 2024
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que o navio que transportava cereais ucranianos para o Egito foi atingido durante a noite por um míssil russo logo após ter deixado as águas territoriais ucranianas. Não se registaram vítimas.
Borrell condena homicídio de três funcionários da Cruz Vermelha em ataque russo
O alto representante cessante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros condenou esta quinta-feira o bombardeamento russo de um camião da Cruz Vermelha, na região ucraniana do Donetsk, que matou três funcionários da organização humanitária.
“Condeno nos termos mais veementes possíveis o bombardeamento russo de um camião da Cruz Vermelha Internacional que levava ajuda humanitária na região do Donetsk e que matou três funcionários, ferindo outros tantos”, escreveu Josep Borrell na rede social X.
O chefe da diplomacia da UE advertiu que, “em nenhuma circunstância, os trabalhadores humanitários podem ser alvos” e que a Rússia tem de “ser responsabilizada por todas as violações do Lei Humanitária Internacional”.
I condemn in the strongest terms the Russian shelling of an @ICRC truck carrying humanitarian aid in Donetsk region, killing 3 ICRC staffers & injuring others.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) September 12, 2024
Under no circumstances can Humanitarian workers be a target.
Russia will be held accountable for all its IHL violations.
Ataque russo a Kharkiv mata duas pessoas e fere nove
Um ataque russo à localidade de Borova, na região de Kharkiv, matou duas pessoas e feriu outras nove, de acordo com a procuradoria-geral da região.
Segundo a mesma fonte, as vítimas mortais são um homem de 76 anos e uma mulher de 55.
ONU pede fim dos ataques a navios civis no Mar Negro
A ONU, através do porta-voz Stéphane Dujarric, pediu esta quinta-feira o fim dos ataques a navios civis no Mar Negro, horas após ter sido anunciado que um navio que carregava cereais ucranianos ter sido atingido por um míssil russo.
"Os ataques a navios civis e a infraestruturas portuárias, incluindo instalações de processamento de cereais, são proibidos pelo direito internacional e devem cessar. Garantir a segurança e a sustentabilidade das exportações agrícolas que atravessam o Mar Negro continua a ser fundamental para apoiar a segurança alimentar mundial e manter os preços sob controlo", disse Dujarric, citado pela Reuters.
EUA e Reino Unido debatem autorizar a Ucrânia a utilizar dados de navegação americanos para atacar território russo
Os EUA e o Reino Unido estão a debater dar autorização à Ucrânia para atacar o território russo utilizando os mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow e dados de navegação americanos.
De acordo com a Bloomberg, que cita fontes anónimas, os Storm Shadow, quando utilizados em "operações complexas", são normalmente assistidos por dados de GPS fornecidos pelos EUA e que têm um alto nível de precisão.
Atualmente, os EUA não permitem o uso dos seus dados para atacar território russo.
Ucrânia abre diligências junto da Mongólia pelo não cumprimento do mandado de detenção de Putin
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia anunciou esta quinta-feira que abriu diligências junto da Mongólia pelo não cumprimento do mandado de detenção do TPI para Vladimir Putin.
O presidente russo visitou a Mongólia, Estado-parte do TPI, no dia 3 de setembro.
O ministério ucraniano, citado pela Reuters, referiu que transmitiu a um diplomata mongol a "grande desilusão" de Kiev pelo não cumprimento do mandado, e referiu que a decisão vai afetar a relação entre os dois países.
Putin afirma que a NATO está a decidir se se envolve diretamente na guerra da Ucrânia
O presidente russo Vladimir Putin afirmou esta quinta-feira que a NATO, ao ponderar autorizar a Ucrânia a atacar território russo, está a decidir se se envolve diretamente na guerra da Ucrânia.
"Apenas os militares da NATO podem fazer as missões para estes sistemas de mísseis, os militares ucranianos não as podem fazer. Por conseguinte, não se trata de autorizar ou não o regime ucraniano a atacar a Rússia com estas armas. É uma questão de decidir se os países da NATO estão ou não diretamente envolvidos num conflito militar", afirmou o presidente russo, citado pela TASS, numa declaração aos jornalistas em São Petersburgo.
"Se esta decisão for tomada, não significará outra coisa senão a participação direta dos países da NATO na guerra da Ucrânia”, concluiu.
Zelensky e procurador do Tribunal Penal Internacional reúnem-se em Kiev
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e o procurador do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, reuniram-se esta quinta-feira em Kiev, adiantou o chefe de Estado no X.
Em cima da mesa esteve o cumprimento do Estatuto de Roma e a implementação dos mandados de detenção contra responsáveis russos, incluindo Vladimir Putin.
"Outro tema fundamental da nossa conversa foi a luta contra a deslocação forçada e a deportação de crianças ucranianas, bem como a investigação destes crimes. Estou grato por [Khan] apoiar a Ucrânia", escreveu Zelensky.
It is crucial to comply with the Rome Statute and ensure that court decisions on arrest warrants for Russian war criminals are not ignored. We discussed this during a meeting with International Criminal Court Prosecutor Karim Khan.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) September 12, 2024
Another key topic of our conversation was the… pic.twitter.com/BjGB9RPWop
Após a NATO, Stoltenberg vai ser presidente da Conferência de Segurança de Munique
Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO que vai abandonar o posto no final do mês de setembro, vai ser o novo presidente da Conferência de Segurança de Munique, avança o jornal Politico.
Stoltenberg deverá assumir o cargo após a edição de 2025, que decorrerá em fevereiro.
Ucrânia "tem o direito" de atacar bases aéreas russas de onde descolam aviões que bombardeiam o país, diz ministro polaco
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Polónia, Radoslaw Sikorski, afirmou ao jornal francês Le Monde que a Ucrânia "tem o direito" de abater os aviões russos que bombardeiam o seu território, bem como de atacar as bases aéreas de onde eles descolam.
Sikorski afirmou também que a Polónia tem o direito de abater um míssil que se aproximar do seu território.
"Quando um míssil se aproxima do nosso espaço aéreo, a minha opinião pessoal é que temos direito à autodefesa. Esses mísseis não têm absolutamente nenhum lugar aqui", disse o ministro polaco.