GUERRA AO MINUTO | Zelensky diz que 800 mil soldados russos combatem na Ucrânia
O que está a acontecer
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Zelensky diz que 800 mil soldados russos combatem na Ucrânia
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Zelensky quer reunião com aliados europeus ainda este mês
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Holanda interceta três aviões russos sobre o Mar Báltico
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Líder da oposição alemã propõe grupo de contacto para paz na Ucrânia
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Zelensky quer falar com Biden sobre convite para adesão à NATO
EUA negam ter dado informação "inútil" (como alega o Kremlin) sobre ataque terrorista em Moscovo: "Dissemos que seria no Crocus City Hall"
Siga ao minuto:
Despesa da Rússia com a defesa atinge níveis recorde
A despesa da Rússia com a defesa nacional atingiu um valor sem precedentes de 43 mil milhões de dólares no terceiro trimestre deste ano, avança o Moscow Times esta segunda-feira.
O governo russo gastou uma média de 3,29 mil milhões de dólares por semana de julho a setembro – cerca de 19,6 milhões de dólares por hora, em manutenção militar e compra de armas.
"Os ucranianos precisam de saber claramente quando é que a Ucrânia vai entrar na NATO": Zelensky
O presidente ucraniano mostrou-se disponível para discutir a proposta de Emmanuel Macron, que sugeriu a presença de tropas estrangeiras em território ucraniano enquanto o país não aderisse à NATO. Mas quer esclarecimentos sobre os prazos de adesão
Zelensky vai contactar Biden em breve para falar sobre adesão da Ucrânia à NATO
O anúncio foi feito durante uma reunião com o líder da oposição alemã e surge depois de Donald Trump ter pedido um cessar-fogo imediato
Zelensky quer reunião com aliados europeus ainda este mês
O presidente ucraniano quer realizar uma reunião com os principais aliados europeus ainda este mês de dezembro, informa o porta-voz de Volodymyr Zelensky esta segunda-feira.
O objetivo é coordenar uma posição conjunta e garantir que a Ucrânia está numa posição forte tanto no campo de batalha como para potenciais negociações de paz.
De acordo com o porta-voz do presidente ucraniano, a lista final de participantes ainda está a ser definida.
Construídas fortificações em Chernihiv
A Ucrânia está a proceder à construção de fortificações e posições de defesa em Chernihiv, a nordeste de Kiev.
“A construção de estruturas defensivas e de fortificação está a decorrer em torno de Chernihiv”, anunciou o autarca Oleksandr Lomako.
E acrescentou: "Chernihiv recorda bem os acontecimentos militares de 2022. Nessa altura, sobrevivemos graças à coragem dos nossos defensores e à unidade da comunidade. Reforçar as fortificações hoje é uma contribuição para a segurança futura da cidade. Temos de estar preparados para quaisquer desafios e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir uma proteção fiável de Chernihiv".
Zelensky: 800 mil soldados russos combatem na Ucrânia
Cerca de 800 mil soldados russos estão a combater na Ucrânia neste momento. É o que diz o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, citado pela Interfax-Ucrânia esta segunda-feira.
Holanda interceta três aviões russos sobre o Mar Báltico
Os F-35 holandeses intercetaram três aviões russos sobre o Mar Báltico, provenientes da Estónia, avança o ministro da Defesa holandês esta segunda-feira.
Líder da oposição alemã propôs grupo de contacto para paz na Ucrânia
O líder da oposição alemã propôs a criação de um grupo de contacto europeu para unificar a estratégia de paz na Ucrânia. O grupo juntaria a Alemanha, França, Reino Unido e Polónia.
A ideia foi defendida por Friedrich Merz em Kiev, esta segunda-feira. O alemão chegou à capital ucraniana para se encontrar com Volodymyr Zelensky e “informar-se sobre o estado atual da defesa no país”.
"Amigos. Aliados. Parceiros. Obrigado, pela calorosa receção e pelo bom diálogo. Faremos tudo para apoiar a Ucrânia com o que ela precisa para o seu direito à autodefesa. Pela liberdade. Pela paz. Pelo povo da Ucrânia", escreveu no X.
Freunde. Verbündete. Partner. Vielen Dank, @ZelenskyyUa, für den herzlichen Empfang und den guten Austausch. Wir werden alles tun, um die #Ukraine mit dem zu unterstützen, was sie für ihr Recht auf Selbstverteidigung braucht. Für Freiheit. Für Frieden. Für die Menschen in der… pic.twitter.com/8q84NeTzYd
— Friedrich Merz (@_FriedrichMerz) December 9, 2024
Zelensky “pode considerar” a presença de tropas europeias na Ucrânia após cessar-fogo - mas só depois garantir entrada na NATO
A Ucrânia “pode considerar” a proposta do presidente francês Emmanuel Macron de enviar forças de manutenção da paz europeias para o seu território, mas só depois de ter um entendimento claro do calendário de adesão à NATO, disse o presidente Volodymyr Zelensky depois de se encontrar com o líder da oposição alemã Friedrich Merz.
"Estou a dizer-vos francamente: podemos trabalhar na proposta de Emmanuel (Macron). Ele propôs que as tropas deste ou daquele país pudessem estar presentes no território ucraniano para garantir a segurança enquanto a Ucrânia não estiver na NATO", disse Zelensky. "Mas, primeiro, temos de perceber claramente quando é que a Ucrânia vai integrar a UE e a NATO."
De acordo com notícias recentes da imprensa, o Reino Unido e a França estão a considerar o envio de forças de manutenção da paz para a Ucrânia após um possível cessar-fogo, com a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, a não excluir essa possibilidade. Merz considerou irresponsável a declaração de Baerbock, afirmando que o fim da guerra é atualmente a questão mais premente.
As tropas europeias que supervisionam uma situação pacífica de pós-guerra no país foram alegadamente incluídas num plano de paz da equipa do presidente eleito dos EUA, Donald Trump.
Zelensky quer falar com Biden sobre convite para adesão à NATO
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky disse que espera falar com o presidente dos EUA, Joe Biden, nos próximos dias para discutir o pedido de Kiev para aderir à aliança militar da NATO.
“Tenciono telefonar ao Presidente Biden nos próximos tempos para discutir a questão de um convite para aderir à NATO”, disse. “Ele é o atual presidente e muito depende da sua opinião."
Falando numa conferência de imprensa com o líder da oposição alemã, Friedrich Merz, Zelenzky acrescentou que não faz sentido abordar o assunto com o presidente eleito Donald Trump, uma vez que este ainda não tomou posse.
Explosão de carro em Donetsk faz duas vitimas: uma delas poderá ser Yevsiukov, antigo diretor da prisão de Olenivka
Um carro explodiu em Donetsk, cidade ocupada pela Rússia, ferindo gravemente duas pessoas que se encontravam no seu interior, noticiaram os meios de comunicação social estatais russos.
Segundo o canal russo de Tekegram Mash, citado pelo Kiev Independent, uma das vítimas será Serhii Yevsiukov, antigo diretor do campo de prisioneiros de guerra russo de Olenivka, que entretanto terá falecido, e a segunda vítima terá sido a sua mulher, que se encontra hospitalizada. Esta informação ainda não foi confirmada.
Yevsiukov era procurado pela Ucrânia por acusações de assassínio, tortura e crimes de guerra. O campo de Olenivka, famoso pelas torturas e maus tratos infligidos aos prisioneiros ucranianos, foi atingido por uma explosão em junho de 2022, que matou mais de 50 prisioneiros de guerra ucranianos e feriu mais de 150. Kiev considerou este facto um crime de guerra da Rússia.
Merz está na Ucrânia
O líder da oposição da Alemanha, Friedrich Merz, que pode tornar-se o próximo chanceler do país, chegou a Kiev esta manhã para debater a defesa da Ucrânia.
Merz tem adotado um tom mais agressivo em relação à Rússia do que o chanceler Olaf Scholz, dizendo que a Alemanha deve entregar à Ucrânia os mísseis de cruzeiro de longo alcance Taurus que há muito desejava se o Kremlin não parar de bombardear infraestruturas civis.
“Macron está a fazer aquilo que sabe que funciona com Trump: lisonjeá-lo e dar-lhe importância”
Mário João Fernandes, especialista em Direito Internacional, considera que a viagem de Trump a Paris - para a reabertura da Catedral de Notre Dame - é um “bom exemplo da inteligência política da diplomacia francesa”, mas pouco mais do que isso.
Quase quatro mil prisioneiros de guerra regressaram a casa
Quase quatro mil prisioneiros ucranianos de guerra regressaram a casa. O número foi avançado este domingo por Volodymyr Zelensky através da rede social X, avança a agência de notícias ucraniana Ukrinform.
Desde 24 de fevereiro de 2022, a Ucrânia já conseguiu que fossem libertados 3.935 prisioneiros - 3.767 soldados ucranianos e 168 civis, afirmou o presidente da Ucrânia.
“Mas devemos trazer todos de volta, e ainda há muito trabalho a ser feito. Devemos também esclarecer a verdade sobre todos os nossos desaparecidos”, afirmou.
Moscovo acusa Zelensky de “recusar negociar” paz com Putin
O Kremlin acusou este domingo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de “recusar negociar” com o homólogo russo, Vladimir Putin, o fim do conflito na Ucrânia, exigindo mais uma vez que Kiev tenha em conta “as realidades no terreno”
Viagem de Trump a Paris e reunião com Zelensky foi “muito importante”
Nuno Gouveia, especialista em política norte-americana, diz que o facto de Donald Trump ter aceitado reunir-se com Volodymyr Zelesnky e ter viajado até Paris foram boas notícias para a união do Ocidente e para a Europa.
Zelensky revela que 43 mil soldados ucranianos foram mortos desde o início da guerra
Pelo menos 43 mil soldados ucranianos foram mortos desde o início da invasão russa da Ucrânia, revela o presidente Volodymyr Zelensky.
“Desde o início da guerra, a Ucrânia perdeu 43 mil soldados que foram mortos no campo de batalha”, escreveu Zelensky nas redes sociais, citado pela agência AFP, acrescentando que houve 370 mil feridos, dos quais metade regressou ao combate.
No anterior balanço, em fevereiro, o Presidente ucraniano estimou que o número de soldados ucranianos mortos rondava os 31 mil.
Trump apela a um “cessar-fogo imediato” e a negociações
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, apelou hoje, através da rede social Truth Social, a um “cessar-fogo imediato” e a negociações para pôr fim ao conflito na Ucrânia.
“Deveria haver um cessar-fogo imediato e as negociações deveriam começar. Demasiadas vidas foram perdidas em vão, demasiadas famílias foram destruídas e, se isto continuar, pode transformar-se em algo muito maior e muito pior”, escreveu, afirmando que a Ucrânia perdeu ‘ridiculamente’ 400 mil soldados e ‘muitos mais civis’.
Na mensagem, Trump, que tomará posse em 20 de janeiro de 2025, garantiu ainda ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que “gostaria de chegar a um acordo” para acabar com a guerra.
“Zelensky e a Ucrânia gostariam de chegar a um acordo e pôr fim a esta loucura”, escreveu Trump após o seu encontro com o homólogo ucraniano, em Paris, “Conheço bem [o Presidente da Rússia] Vladimir [Putin]. É altura de agir. A China pode ajudar. O mundo está à espera”, concluiu Trump.