GUERRA AO MINUTO | Rússia garante estar à espera da Ucrânia para novas conversações de paz
O que está a acontecer
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UE vai aplicar à Rússia "as sanções mais pesadas" dos últimos três anos
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Pentágono confirma que vai enviar mais "armas defensivas" para Kiev
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Ucrânia diz ter atingido fábrica de produtos químicos na capital russa
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Ex-ministro russo encontrado morto horas depois de ser demitido por Putin
Estados Unidos autorizam Dinamarca e Países Baixos a enviar caças F-16 para Ucrânia
Os Estados Unidos autorizaram a Dinamarca e os Países Baixos a enviar caças F-16 para Ucrânia. A autorização de Washington era um passo necessário para o fornecimento dos caças norte-americanos, mas não significa uma entrega imediata, dada a necessidade de formação de pilotos ucranianas.
O ministro da Defesa neerlandês, Wopke Hoekstra, saudou a aprovação da entrega dos F-16 pelos Estados Unidos, considerando-a "um marco importante para a Ucrânia na defesa do seu povo e do país".
This marks a major milestone for #Ukraine to defend its people and its country. 2/2
— Wopke Hoekstra (@WBHoekstra) August 17, 2023
"Congratulamo-nos com a decisão de Washington de abrir caminho para o envio de caças F16 para a Ucrânia", escreveu Hoekstra, agradecendo a Antony Blinken s "boa e rápida cooperação".
"Vamos agora discutir a questão com os nossos parceiros europeus", acrescentou.
Siga ao minuto:
Trump promete enviar 10 mísseis Patriot para a Ucrânia e deixa um pedido à Alemanha
O presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu enviar 10 interceptores Patriot para a Ucrânia, um número menor do que o que havia sido expressado anteriormente ao país, informa a Axios esta terça-feira, citando fontes.
Trump também sugeriu que a Alemanha vendesse uma de suas baterias Patriot à Ucrânia, de acordo com três fontes citadas pelo jornal.
A discussão surge num momento em que a Ucrânia apela aos seus aliados, em particular aos Estados Unidos, para que apoiem a defesa aérea ucraniana, fornecendo sistemas Patriot "que salvam vidas" e mísseis relevantes.
“A tortura não foi apenas cruel, foi desumana”. Soldado ucraniano morre semanas depois de ter sido libertado do cativeiro russo
Menos de um mês depois de ter sido libertado do cativeiro russo, o soldado ucraniano Valery Zelensky, de 57 anos, morreu devido a ferimentos sofridos sob tortura, noticiou o meio de comunicação ucraniano Suspilne.
Zelensky tinha passado 39 meses em cativeiro russo. Em 25 de maio, foi libertado no âmbito do acordo histórico de 1.000 por 1.000 prisioneiros. Apenas 22 dias depois, a 16 de junho, o seu coração parou.
No início da invasão em grande escala, a sua unidade entregou armas às forças ucranianas em Mariupol, segundo a sua filha, Valeria Zelenka.
"Quando a ofensiva começou, foi-lhes dito que eram necessários voluntários para o assalto. De 40 (pessoas), oito disseram: ‘Nós vamos’. O meu pai era um deles", acrescentou. "A tortura não era apenas cruel, era desumana. Mas ele suportou-a".
Putin assina decreto que permite aos estrangeiros servir no exército russo durante a mobilização
O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto na segunda-feira que permite que os estrangeiros sirvam no exército russo durante os períodos de mobilização, expandindo os esforços de recrutamento militar. segundo o The Kyiv Independent.
O decreto de mobilização parcial de Putin, de 21 de setembro de 2022, continua em vigor e nunca foi formalmente revogado. O seu fim exigiria um decreto presidencial separado que especificasse uma data de cessação.
Anteriormente, só era permitido durante estados de emergência ou sob lei marcial. Apesar da invasão em grande escala da Ucrânia, a Rússia evitou declarar formalmente a lei marcial.
Três homens considerados culpados pelo ataque a empresas ligadas à Ucrânia em Londres no ano passado
Três homens foram considerados culpados esta terça-feira por um ataque incendiário a empresas ligadas à Ucrânia em Londres que, segundo as autoridades britânicas, foi ordenado pelo grupo mercenário russo Wagner.
Segundo a Reuters, o incêndio do ano passado numa zona industrial no leste de Londres teve como alvo duas unidades, incluindo uma de uma empresa que entregava encomendas à Ucrânia, incluindo equipamento de satélite da Starlink de Elon Musk.
Rússia descontente com os EUA, agradece ao mesmo tempo
Descontente, mas nem tanto. O porta-voz do Kremlin mostrou dois lados da Rússia face aos Estados Unidos.
Na sua habitual conferência de imprensa diária, Dmitry Peskov começou por criticar o envio de armas norte-americanas para a Ucrânia.
São ações que não “promovem a paz”, entende a Rússia.
Mas também há lugar a “apreço”, nomeadamente para com os “esforços” de Donald Trump em iniciar conversações diretas entre Rússia e Ucrânia.
E é no meio desta dicotomia que o Kremlin acredita que se podem reiniciar as negociações económicas com os Estados Unidos.
Kremlin "chocado" com morte de ministro demitido por Putin
O presidente da Rússia foi imediatamente informado da morte de Roman Starovoit, que se terá suicidado horas depois de ser demitido do cargo de ministro dos Transportes.
De acordo com o porta-voz do Kremlin, Vladimir Putin soube “imediatamente” do que aconteceu.
Sobre a morte, Dmitry Peskov deixa para a investigação todas as conclusões, preferindo não especular sobre o que aconteceu.
“Naturalmente, este caso chocou-nos”, acrescentou.
O Comité de Investigação da Rússia está a investigar o caso, depois de ter sido encontrada uma arma junto ao corpo de Roman Starovoit, que tinha uma ferida de bala.
Segundo as autoridades russas, suicídio continua a ser a principal suspeita.
Rússia garante estar à espera da Ucrânia para novas conversações de paz
A Rússia garante estar a aguardar uma proposta da Ucrânia para uma reunião em que se possa discutir a paz.
De acordo com o porta-voz do Kremlin, que foi questionado sobre os progressos nas conversações, a bola está do lado de Kiev.
“Não [houve progresso]. Como o presidente disse a semana passada, estamos à espera, à espera da proposta do lado ucraniano sobre possíveis datas. Assim que as datas forem acordadas, esperamos que isto possa ser feito”, acrescentou Dmitry Peskov.
UE vai aplicar à Rússia "as sanções mais pesadas" dos últimos três anos
Os países da União Europeia vão aplicar à Rússia as “sanções mais pesadas” dos últimos três anos, adiantou o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noel Barrot.
Estas sanções serão aplicadas em coordenação com os senadores norte-americanos, salientou o ministro.
"Esta guerra tem de acabar. Para isso, em coordenação com os senadores norte-americanos, a Europa prepara-se para introduzir, com base em propostas francesas, as sanções mais duras que impusemos nos últimos três anos", declarou Barrot, apontando que as sanções vão "esgotar diretamente os recursos que permitem a Vladimir Putin continuar esta guerra".
Pentágono confirma que vai enviar mais "armas defensivas" para Kiev
O Pentágono, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, confirmou que vai enviar mais armamento para a Ucrânia, horas depois do Presidente Donald Trump ter mencionado a reversão da suspensão da entrega de armas.
"Sob a orientação do Presidente Trump, o Departamento de Defesa está a enviar armas defensivas adicionais para a Ucrânia", disse o porta-voz do Pentágono.
O objetivo é "garantir que os ucranianos se podem defender enquanto trabalhamos para garantir uma paz duradoura e garantir o fim da matança", acrescentou Sean Parnell.
Parnell sublinhou que as diretrizes "para que o Presidente dos EUA avalie as remessas militares em todo o mundo continua em vigor" e é parte integrante das "prioridades de defesa 'América em Primeiro'".
Horas antes, Trump anunciou que o país vai enviar mais "armas defensivas" para a Ucrânia, uma semana depois de a Casa Branca ter suspendido a entrega de armamento a Kiev.
"Teremos de enviar mais armas, principalmente armas defensivas", disse na segunda-feira Trump, manifestando insatisfação" com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"Estão a ser atingidos com muita, muita força", acrescentou o republicano, referindo-se à Ucrânia.
Em 02 de julho, o secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, suspendeu a entrega de armamento à Ucrânia, alegando preocupações com as reservas dos EUA.
Os fornecimentos suspensos incluem intercetores para os sistemas de defesa aérea Patriot, projéteis de artilharia guiados com precisão e mísseis que a força aérea ucraniana dispara a partir de aviões F-16 fabricados nos Estados Unidos.
A suspensão do envio de ajuda militar à Ucrânia foi uma medida unilateral do secretário da Defesa, Pete Hegseth, de acordo com três conselheiros do Congresso e um antigo funcionário norte-americano ligado ao processo, citados na sexta-feira pela emissora NBC News.
Após o anúncio, Trump defendeu a suspensão como necessária e acusou o ex-presidente Joe Biden de "esvaziar todo o país dando-lhes armas [à Ucrânia]".
Durante o mandato de Biden, Washington prometeu fornecer mais de 65 mil milhões de dólares (55 mil milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia.
Donald Trump não anunciou qualquer nova ajuda a Kiev desde janeiro.
É a terceira vez que Hegseth, por conta própria, interrompe os envios de ajuda para a Ucrânia, acrescentaram as fontes.
Nos dois casos anteriores, em fevereiro e maio, as suas ações foram revertidas dias depois.
De acordo com a NBC News, a medida surpreendeu o Departamento de Estado, a Ucrânia, os aliados europeus e os membros do Congresso, que exigiram uma explicação por parte do Pentágono.
Uma análise feita por oficiais militares de alta patente concluiu que o pacote de ajuda não comprometeria o próprio fornecimento de munições das Forças Armadas norte-americanas, de acordo com três responsáveis norte-americanos citados pela emissora.
Ucrânia diz ter atingido fábrica de produtos químicos na capital russa
O exército ucraniano diz ter atingido uma fábrica de produtos químicos em Moscovo, segundo a agência Reuters.
Segundo a agência Reuters, a respetiva fábrica produz explosivos, munições e ogivas termobáricas para drones de ataque Shahed.
"Foi registada uma série de explosões na área da cidade de Krasnozavodsk e o movimento de camiões de bombeiros nas povoações vizinhas", declarou o Estado-Maior de Kiev no Telegram.
Ex-ministro russo encontrado morto horas depois de ser demitido por Putin

Romand Starovoit apareceu morto esta tarde, horas depois de ter sido demitido esta manhã do cargo de ministro dos Transportes, avança a agência de notícias russa RIA Novosti.
No decreto publicado esta manhã, Vladimir Putin não adianta os motivos da demissão de Starovoit.
De acordo com o Comité de Investigação da Rússia, Starovoit foi encontrado morto no seu veículo pessoal.
Starovoit assumiu o cargo de ministro dos Transportes da Rússia em maio do ano passado. Antes, foi governador da região de Kursk, cargo que ocupou desde outubro de 2018.
Um morto e 27 feridos em ataque russo a Kharkiv e Odessa
Uma pessoa morreu no porto de Odessa num novo ataque noturno de drones russos que também feriu 27 pessoas na cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, avançam as autoridades ucranianas.
Ataques russos fazem 12 civis mortos e 69 feridos nas últimas 24 horas
Pelo menos 12 civis foram mortos e 69 outros ficaram feridos na sequência de ataques russos no território ucraniano nas últimas 24 horas, segundo as autoridades ucranianas.
A Força Aérea da Ucrânia acusa a Rússia de ter lançado mais de 100 drones durante a noite, incluindo drones do tipo Shahed bem como quatro mísseis guiados S-300/400. As defesas aéreas intercetaram 75 drones.
As baixas mais graves ocorreram na região de Donetsk, onde há registo de sete civis mortos - quatro em Kostiantynivka, dois em Druzhkivka e um em Novohryhorivka - e outros 15 ficaram feridos, adianta o governador Vadym Filashkin.
Rússia avisa para "tendência perigosa" no Ocidente que "pode ter consequências para todos os europeus"
Lavrov diz que Ucrânia não tem direito à integridade territorial
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou que o princípio da integridade territorial não se aplica à Ucrânia.
Em entrevista ao jornal húngaro Magyar Nemzet, Sergey Lavrov referiu que só Estados que assegurem a igualdade e autodeterminação dos povos é que podem defender a sua integridade territorial.
“É claro para qualquer observador sem viés que o regime de Kiev, que elevou a Russofobia a um nível de política de Estado, não representa a população russa das regiões da Ucrânia, incluindo a Crimeia, Sevastopol, Lugansk, Donetsk, Zaporizhzhia e Kherson”, reiterou.
Sergei Lavrov disse ainda que as pessoas que se considerem russas e que queiram preservar a sua identidade, linguagem, cultura e religião têm sido tidas como cidadãos de segunda na Ucrânia.
Rússia lança ataques com drones a Kharkiv e Zaporizhzhia
A Rússia lançou ataques com drones contra Kharkiv e Zaporizhzhia, atingindo edifícios institucionais nas regiões.
De acordo com as Forças Armadas da Ucrânia, a Rússia “lançou ataques aéreos com drones em Kharkiv e Zaporizhzhia”.
Um total de quatro soldados ficaram feridos.
Rússia anuncia conquistas em territórios recentemente invadidos
O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a conquista de duas localidades na Ucrânia.
Em concreto, e de acordo com o comunicado, foram conquistadas duas localidades em regiões recentemente invadidas.
Trata-se de Bezsalivka, em Sumy, e de Dachne, em Dinpropetrovsk. Esta última região nunca tinha tido tropas russas até há poucas semanas. Quanto a Sumy, virou foco de atenção após a libertação de Kursk.
Rússia já tem novo ministro dos Transportes
O presidente da Rússia apontou Andrei Nikitin como novo ministro dos Transportes, avança a RIA Novosti, que cita o serviço de imprensa do Kremlin.
Andrei Nikitin substitui Roman Starovoit, que acaba de ser demitido do cargo por decreto presidencial.
Vladimir Putin garantiu estar empenhado em apoiar o novo ministro, reiterando que tem, para isso, todo o apoio do parlamento.
Cerca de 500 edifícios sem água quente em Kiev após ataque russo
Cerca de 500 edifícios ficaram sem fornecimento de água quente depois de um ataque russo a Kiev, avança o jornal Pravda.
De acordo com uma publicação feita no Telegram pela empresa municipal Kyivteploenergo, uma grande parte da rede de aquecimento foi danificada como consequência do ataque.
Entre os edifícios afetados estão apartamentos e também escolas ou instituições médicas.
Putin demite o ministro dos Transportes
O presidente russo Vladimir Putin demitiu o ministro dos Transportes, Roman Starovoit, de acordo com um decreto publicado esta segunda-feira.