A GUERRA AO MINUTO Contraofensiva ucraniana está em curso, garante Zelensky
O que está a acontecer
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Bakhmut: tropas ucranianas avançam 1,4 km em várias seções da linha da frente
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Putin garante que contraofensiva da Ucrânia está a falhar. “Isso é absolutamente óbvio”
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Caças da Força Aérea Real do Reino Unido intercetam aeronaves russas
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Ucrânia acusa Rússia de matar duas pessoas em ataque a hospital em Zaporizhzhia
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Há 13 pessoas desaparecidas devido às cheias causadas pela destruição da barragem de Nova Kakhovka, diz governo ucraniano
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Ucrânia diz que há "combates intensos" a decorrer em Donetsk
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Kremlin acusa Ucrânia de matar vítimas das cheias, incluindo uma mulher grávida
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Drone atinge prédio na cidade russa de Voronezh e provoca três feridos
Moldova acusa Rússia de fazer "guerra híbrida" no país
A Moldova acusa a Rússia de tentar "mudar a ordem política, desestabilizar e derrubar o poder estatal" do país, ao espalhar "desinformação" e "tensões" internas.
Em entrevista à AFP, o ministro da Defesa Anatolie Nosatii esclareceu que não parecia existir "perigo militar iminente" contra a Moldova, mas que a segurança do país era comprometida por outro tipo de ameaça: uma "guerra híbrida", que se baseia, por exemplo, em táticas de desinformação e ciberataques.
As declarações de Nosatii vão ao encontro das últimas informações divulgadas pelos serviços secretos da Moldova, que indiciam tentativas de desestabilização política e recolha de dados confidenciais por forças externas.
Siga ao minuto:
É oficial: Zelensky diz que contraofensiva está em curso
Intensos combates e encerramento do último reactor nuclear de Zaporizhzhia
As forças armadas ucranianas relataram intensos combates com militares russos, este sábado, enquanto a agência de energia atómica do país disse ter feito o "encerramento a frio", por razões de segurança, do último reator que estava em funcionamento na maior central nuclear da Europa.
As forças russas bombardearam alvos na Ucrânia com mísseis e ‘drones’ [aparelhos aéreos não-tripulados] durante a noite, causando mortes e danos a um aeródromo militar, reportou o Ministério da Defesa ucraniano.
O Estado-Maior da Ucrânia afirmou este sábado que estavam a decorrer "combates pesados", com 34 confrontos no dia anterior no leste industrial do país.
Sem adiantar pormenores, os militares ucranianos disse que as forças russas estavam a "defender-se" e a lançar ataques aéreos e de artilharia nas regiões de Kherson e Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia.
Um dia antes, o Presidente russo, Vladimir Putin, considerou que as tropas ucranianas tinham iniciado uma contraofensiva há muito esperada e que estavam a sofrer perdas "significativas".
Na central nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, que está ocupada pelas forças russas, cinco dos seis reatores já se encontravam em estado de paragem a frio.
Trata-se de um processo em que todas as barras de controlo são inseridas no núcleo do reator para interromper a reação de fissão nuclear e a produção de calor e pressão.
A Energoatom, a agência nuclear ucraniana, declarou em comunicado no final de sexta-feira que não existia "qualquer ameaça direta" para a central de Zaporizhzhia devido à rutura da barragem de Kakhovka, mais a jusante do rio Dnieper, que obrigou milhares de pessoas a fugir das inundações e reduziu drasticamente os níveis de água num reservatório utilizado para ajudar a arrefecer as instalações.
São já mais de 22 mil as casas inundadas em Kherson
Após destruição da barragem de Kakhovka, milhares de pessoas ficaram sem água potável. A ONU diz que são 700 mil. Mas as consequências são várias: as inundações provocaram também a deslocação de milhares de pessoas e a destruição de dezenas de milhares de casas.
Bakhmut: tropas ucranianas avançam 1,4 km em várias seções da linha da frente
Serhiy Cherevaty, porta-voz militar ucraniano, revela que as tropas de Kiev avançaram até 1.400 metros em várias seções da linha de frente perto da cidade oriental de Bakhmut.
Segundo a Reuters, o avanço é o mais recente de uma série de ganhos semelhantes relatados esta semana pela Ucrânia.
Reino Unido anuncia mais 18 milhões de euros em ajuda humanitária
Na sequência do colapso da barragem de Kakhov, o governo do Reino Unido anunciou que vai dar à Ucrânia mais 18 milhões de euros (16 milhões de libras) em ajuda humanitária.
Segundo a Sky News, o financiamento irá apoiar organizações humanitárias que estão nas áreas atingidas pelas inundações.
Primeiro-ministro do Canadá faz visita surpresa a Kiev
Justin Trudeau está em Kiev. A visita surpresa à Ucrânia tem como objetivo homenagear os soldados ucranianos mortos em combate.
Scholz diz que planeia falar com Putin em breve
O chanceler alemão, Olaf Scholz, disse este sábado, que planeia falar em breve com o presidente russo, Vladimir Putin. O objetivo da chamada telefónica, diz a Reuters, é exortar Moscovo a retirar as tropas da Ucrânia.
“Tenciono voltar a fazê-lo em breve”, disse.
Colapso de barragem “beneficia” russos. “Ofensiva ucraniana contava com um eixo de ataque a partir de Kherson” - o que já não é possível
O major-general Agostinho Costa considera que a destruição da barragem de Nova Kakhovka é “um cataclismo, uma situação humanitária terrível”, que “só não é pior porque uma grande parte da região foi evacuada”.
O especialista em Assuntos de Segurança lembra que “Kherson é linha da frente” de combate e que o colapso da barragem pode dificultar a ofensiva russa. Agostinho Costa volta a dizer que “tudo aponta que [a destruição] tenha sido conduzida pelos russos”, pois “beneficia” as tropas de Moscovo, “porque condiciona a manobra ucraniana”.
“A ofensiva ucraniana contava com um eixo de ataque a partir de Kherson, que implicava uma travessia do curso de água”, explica.
Ucrânia com ganhos em Bakhmut e no oeste de Donetsk. Contraofensiva avança em quatro frentes
O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês) revela que das forças ucranianas continuaram as operações de contraofensiva em pelo menos quatro áreas da frente durante o dia de ontem, tendo obtido ganhos em Bakhmut e no no oeste de Donetsk.
NEW: Ukrainian forces continued #counteroffensive operations in at least four areas of the front on June 9, making further gains around #Bakhmut and in Western #Donetsk.
— ISW (@TheStudyofWar) June 10, 2023
Latest on #Russia's invasion of #Ukraine w/ @criticalthreats: https://t.co/ilySwoUjWw pic.twitter.com/3JC2yP98E5
Ucrânia diz que Rússia atacou Kharkiv, Poltava e Odessa durante a noite
Numa publicação feita esta manhã no Twitter, o Ministério da Defesa da Ucrânia acusa a Rússia de ter levado a cabo ataques noturnos nas regiões de Kharkiv, Poltava e Odessa, tendo usado mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos Iskander e drones Shahed-136/131 de fabricação iraniana.
Last night, russians attacked Kharkiv, Poltava, and Odesa regions with cruise missiles, Iskander ballistic missiles, and Iranian-made Shahed-136/131 drones.
— Defense of Ukraine (@DefenceU) June 10, 2023
Our air defenders shot down 2 cruise missiles and 20 Shaheds.
Unfortunately, fragments of the destroyed drone hit an… pic.twitter.com/cwOcvDAJ46
Ucrânia diz que ataque noturno em Odessa matou três pessoas
Três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas na sequência de um ataque russo na cidade portuária de Odessa. Segundo o exército da Ucrânia, citado pela Sky News, o ataque aconteceu esta noite e terá sido a queda de destroços de um drone russo, destruído pelos ucranianos, a causar um incêndio num bloco de apartamentos.
Força aérea russa está “invulgarmente ativa” no sul da Ucrânia. Tropas ucranianas fazem “bons progressos”
O Ministério da Defesa do Reino Unido revela, este sábado, que a força aérea russa “tem estado invulgarmente ativa” no sul da Ucrânia, não sendo claro se os ataques aéreos tácticos foram eficazes ou não. No seu relatório diário, partilhado há minutos no Twitter, o governo britânico diz que o desempenho militar russo foi misto nas últimas 48 horas.
Quanto à Ucrânia, nos últimos dois dias, as tropas de Kiev “fizeram bons progressos nalgumas áreas, mas mais lentos noutras”.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine - 10 June 2023.
— Ministry of Defence 🇬🇧 (@DefenceHQ) June 10, 2023
Find out more about Defence Intelligence's use of language: https://t.co/Sr1VlSp8Hy
🇺🇦 #StandWithUkraine 🇺🇦 pic.twitter.com/lBSwEVN2pH
700 mil pessoas sem água potável após destruição de barragem
A situação humanitária na Ucrânia está "extremamente pior" do que antes da destruição da barragem de Kakhovka, com 700 mil pessoas sem acesso a água potável, alertou o subsecretário-geral da ONU para os Assuntos Humanitários.
Martin Griffiths disse que as inundações na Ucrânia, um dos maiores produtores agrícolas do mundo, levarão inevitavelmente a menores exportações de cereais, preços mais altos dos alimentos e menos para comer para milhões de necessitados em todo o mundo.
“Mas a verdade é que estamos apenas a começar a ver as consequências deste ato”, sublinhou, na sexta-feira, numa entrevista à agência de notícias Associated Press, o britânico, que lidera o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).
Griffiths disse que as Nações Unidas, trabalhando principalmente através de grupos de ajuda ucranianos, conseguiram apoiar 30.000 pessoas em áreas inundadas sob controle ucraniano.
O dirigente lamentou que até agora a Rússia não tenha concedido acesso às áreas que controla para a ONU ajudar as vítimas das enchentes.
Griffiths disse que se encontrou com o embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, na quarta-feira, para pedir às autoridades russas "acesso para as nossas equipas na Ucrânia atravessarem as linhas de frente para prestar ajuda, para fornecer apoio aos (..). ucranianos nessas áreas".
Além disso, o britânico observou que as águas também correram sobre áreas com minas terrestres: “O que poderemos ver são essas minas a flutuar em lugares onde as pessoas não as esperam”, ameaçando adultos e especialmente crianças.
De acordo com um relatório do OCHA, o nível da água começou a diminuir na região afetada pela destruição da barragem, mas mais de 25 mil casas estão danificadas e continua a aumentar o número de deslocados.
Nas áreas da região de Khersonska sob controlo ucraniano, 320 pessoas foram retiradas das suas casas nas últimas 24 horas, aumentando o número total de pessoas que fugiram para mais de 2.500, segundo a Organização Internacional para Migração (OIM), citada pela OCHA.
Ainda na região controlada por Kiev, quase 40 vilas e cidades foram “severamente afetadas pelas inundações, com mais de 3.620 casas registadas como danificadas até o momento”.
Já as autoridades apoiadas por Moscovo naquela região divulgaram na sexta-feira que o número de casas inundadas aumentou para mais de 22.000, com “graves consequências humanitárias para milhares de pessoas”.
Segundo informações divulgadas também na sexta-feira pelas autoridades ucranianas e russas, as inundações terão provocado já 13 mortos.
A destruição da barragem da Central Hidroelétrica de Kakhovka, na região de Kherson, no sul da Ucrânia, já é considerada um dos maiores desastres industriais e ecológicos da Europa nas últimas décadas.
A Ucrânia e a Rússia acusam-se mutuamente da destruição da barragem, construída no rio Dniepre na década de 1950.
"A desconfiança está ao rubro": NATO prepara-se para o maior exercício aéreo da sua história
Investigação sobre sabotagem do Nord Stream procura pistas na Polónia
Um grupo de investigadores alemães está a procurar provas que sugerem que uma equipa de sabotagem usou a Polónia como base operacional para fazer explodir os gasodutos Nord Stream, avança o Wall Street Journal.
Há ainda suspeitas de que o iate Andromeda, na doca seca perto de Dranske, na Alemanha, esteja ligado à sabotagem dos oleodutos Nord Stream.
Ucrânia: ONU diz que mais de 25 mil casas ficaram danificadas pela destruição da barragem
Nova Kakhovka: "Os meus animais ficaram lá e a minha casa está completamente inundada". Equipas de resgate trabalham dia e noite, enquanto Rússia e Ucrânia trocam acusações
Satélites espiões dos EUA detetaram uma explosão na barragem de Nova Kakhovka antes da estrutura ruir. A notícia é do jornal The New York Times.
Além disso, um sistema de deteção sísmica norueguês identificou um abalo com epicentro no local na mesma altura. A grande questão agora é saber quem provocou essa explosão.
Moscovo e Kiev continuam a culpar-se mutuamente, mas os serviços secretos ucranianos dizem que intercetaram um telefonema, em que um alegado soldado russo diz que o incidente foi causado por sabotadores às ordens de Moscovo.
Putin garante que ucranianos já começaram a ofensiva, mas "não alcançaram os seus objetivos em nenhum setor"
Vladimir Putin falou de viva-voz nas últimas horas, para dizer que a contraofensiva da Ucrânia já começou. O presidente russo acrescenta que o inimigo não conseguiu um único êxito em nenhum dos ataques dos últimos cinco dias.
Esta é a versão de Moscovo, numa altura em que Kiev continua a não confirmar o começo da ofensiva.
A única certeza é esta: há intensos combates no sul das províncias de Zaporizhzhia e Donetsk.
"Esta fase serve para procurar detetar pontos fracos na consistência das defesas russas"
O major-general Isidro Morais Pereira comenta os combates no leste e no sul da Ucrânia
AIEA lança programa de assistência à Ucrânia
Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, anunciou esta sexta-feira que o organismo lançou um plano de ajuda para as inundações causadas pelo colapso da barragem.
Today, I am launching a programme of assistance to 🇺🇦 #Ukraine in response to the Nova Kakhovka dam flooding, following President @ZelenskyyUa's request for international assistance. pic.twitter.com/RWTE29hZ4O
— Rafael MarianoGrossi (@rafaelmgrossi) June 9, 2023