A GUERRA AO MINUTO União Europeia pede à Bielorrússia que recuse receber armas nucleares russas e ameaça com mais sanções
O que está a acontecer
-
Kiev pede reunião urgente da ONU para travar "chantagem nuclear" russa
-
NATO critica a retórica nuclear "perigosa e irresponsável" da Rússia
-
Rússia e China não vão fazer uma aliança militar, garante Putin
-
EUA reagem com cautela ao acordo da Rússia com a Bielorrússia
-
Putin anuncia que Moscovo vai posicionar armas nucleares táticas na Bielorrússia
Ministério de Defesa da Rússia diz que morreram 63 militares no ataque a Makiivka
O Ministério de Defesa da Rússia disse, esta segunda-feira, que morreram 63 militares no ataque à cidade ocupada de Makiivka, situada no Oblast de Donetsk, na Ucrânia. A informação está a ser avançada pela agência estatal russa TASS.
Recorde-se que as tropas ucranianas falavam num ataque maciço que tinha morto cerca de 400 militares e ferido outros 300.
O ministério russo disse ainda que o ataque ocorreu num "alojamento temporário", quando informações anteriores apontavam para uma escola que estaria a servir de base militar para as tropas de Moscovo.
Siga ao minuto:
Depois das suspeitas, o anúncio: Rússia vai colocar armas na Bielorrússia e a operação começa em julho
A NATO acusa a Rússia de estar a ter uma “retórica perigosa e irresponsável”. Esta foi a resposta ao anúncio feito, este sábado, pelo Kremlin de que Moscovo vai posicionar mísseis nucleares táticos, na Bielorrússia.
“O jogo de Putin”, as armas nucleares na fronteira da NATO e a relação Rússia/China: vai este fim de semana mudar o curso da guerra?
O coronel Mendes Dias e o embaixador Seixas da Costa estiveram, este domingo, em direto na CNN Portugal. Em análise, esteve o anúncio de Vladimir Putin que disse que a Rússia vai posicionar armas nucleares táticas na Bielorrússia.
Putin e as armas nucleares: “Uma mensagem para consumo interno, precisa de mostrar que não está no bolso de Xi Jiping”
Vítor Ângelo, antigo vice-secretário-geral da ONU, esteve, este domingo, em direto na CNN Portugal. O especialista em Relações Internacionais considera que o anúncio de Putin tem como principal propósito mostrar que a Rússia é “a maior potência nuclear” e que “se a Rússia se sentir ameaçada pode usar armas nucleares táticas”, sendo que os principais destinatários da mensagem são os próprios cidadãos russos.
Casa Branca diz que ainda não há qualquer indicação de que a Rússia tenha movimentado armas nucleares para a Bielorrússia
Questionado sobre o recente anúncio de Vladimir Putin, o Conselho de Segurança dos Estados Unidos manteve uma posição cautelosa: “Vamos apenas observar e ver até onde isto vai”, disse o porta-voz John Kirby, em entrevista ao canal norte-americano CBS.
“Ainda não vimos qualquer indicação que já tenha cumprindo a promessa ou movimentado quaisquer armas nucleares”, referiu John Kirby.
Armas nucleares: o anúncio de Putin, a “desnecessária” reação da NATO e os "alarmismos excessivos" de Washington
Tiago André Lopes, especialista em Relações Internacionais, esteve, este domingo, em direto na CNN Portugal. O comentador considera que a decisão de Putin de posicionar armas nucleares na Bielorrússia tem como propósito central passar uma mensagem clara à NATO.
NATO reage à retórica nuclear de Putin: “É perigosa e irresponsável”
No sábado, Vladimir Putin anunciou que a Rússia vai posicionar armas nucleares téticas na Bielorrússia. Já este domingo, o porta-voz da NATO, Oana Lungescu, classificou esta decisão como “perigosa e irresponsável”, em declarações à CNN Internacional.
“A NATO está atenta e a monitorizar de perto a situação. Não temos visto alterações significativas na postura nuclear da Rússia e isso leva-nos a ajustar a nossa”, disse Lungescu.
Para o porta-voz, “a referência russa à partilha nuclear na NATO é completamente enganadora”, lembrando que Putin disse que apenas estaria a fazer o mesmo que os Estados Unidos fazem em vários países aliados na Europa.
União Europeia pede à Bielorrússia que recuse receber armas nucleares russas e ameaça com mais sanções
Josep Borrell pediu, este domingo, à Bielorrússia que recusasse posicionar armas nucleares russas no seu território, acrescentando que o país poderá enfrentar novas sanções com essa operação.
"A Bielorrússia receber armas nucleares russas seria uma irresponsável escalada e uma ameaça à segurança europeia. A Bielorrússia ainda o pode impedir, é uma escolha deles. A União Europeia continua preparada para responder com futuras sanções", disse Borrell no Twitter.
#Belarus hosting Russian nuclear weapons would mean an irresponsible escalation & threat to European security. Belarus can still stop it, it is their choice.
— Josep Borrell Fontelles (@JosepBorrellF) March 26, 2023
The EU stands ready to respond with further sanctions.
Rússia diz que drone que explodiu no centro de Kireyevsk era ucraniano
Um drone atingiu o centro da cidade russa de Kireyevsk, este domingo. A agência de notícias TASS, citada pela Reuters, está a avançar que se tratava de um Tupolev Tu-141 ucraniano.
A aeronave não tripulada estaria carregada com vários explosivos de acordo com as autoridades locais, referidas pela TASS. O ataque fez dois feridos.
Nos últimos meses, a Rússia tem acusado a Ucrânia de enviar danos para o território controlado pelo Kremlin e provocado danos em pessoas e infraestruturas. Kiev nega todas as acusações.
Duas pessoas feridas em explosão em Kireyevsk, na Rússia
A explosão que feriu duas pessoas e abriu uma cratera no centro da cidade de Kireyevsk, na região russa de Tula, foi causada por um drone, informa a agência de notícias Tass, citada pela Reuters.
Três edifícios residenciais também foram danificados após a explosão em Kireyevsk, que fica a cerca de 220 km (140 milhas) ao sul de Moscovo, disse uma agência de segurança regional.
Bombardeamentos em Sumy, o acordo nuclear assinado pela Rússia e a visita da ONU a Zaporizhzhia. Eis as últimas notícias sobre a guerra
Da Ucrânia, chegam notícias da morte de vários civis em bombardeamentos russos, num fim de semana marcado pelo anúncio de Vladimir Putin, sobre a instalação de armas nucleares na Bielorrússia.
Kiev pede reunião urgente da ONU para travar "chantagem nuclear" russa
A Ucrânia pediu hoje uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas e pediu o fim da "chantagem nuclear" da Rússia, depois de o Kremlin ter anunciado a colocação de armas nucleares na Bielorrússia.
"A Ucrânia espera ações efetivas para combater a chantagem nuclear do Kremlin por parte do Reino Unido, China, Estados Unidos e França", disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, num comunicado.
"Exigimos que uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas seja imediatamente convocada para esse fim", acrescentou a diplomacia ucraniana no comunicado, pedindo ao G7 (o grupo das sete economias mais desenvolvidas) e à União Europeia para pressionarem a Bielorrússia, ameaçando-a com “sérias consequências” se aceitar a imposição russa.
NATO critica a retórica nuclear "perigosa e irresponsável" da Rússia
Um dia depois de o presidente russo, Vladimir Putin, ter dito que a Rússia iria colocar armas nucleares táticas na Bielorrússia, a NATO criticou A Rússia pela sua retórica nuclerar "perigosa e irresponsável".
"A NATO está vigilante e estamos a acompanhar de perto a situação. Não vemos nenhuma mudança no sistema nuclear da Rússia, postura que nos levaria a ajustar a nossa", disse o porta-voz da NATO, citado pela Reuters. "A referência da Rússia à partilha nuclear da NATO é totalmente errada. Os aliados da NATO agem com total respeito para com os seus compromissos internacionais. A Rússia quebrou sistematicamente os seus compromissos de controlo de armas, recentemente, ao suspender a panato rticipação no Novo Tratado START."
Putin nega violação do Tratado de Não Proliferação Nuclear. "Também disse que não ia invadir a Ucrânia. Certo é que invadiu", diz José Palmeira
O especialista em relações internacionais, José Palmeira, observa que a escalada da guerra continua a aumentar, face à assinatura do acordo entre a Rússia e a Bielorrússia. Vladimir Putin nega que o armazenamento de armas nucleares no país amigo viole o Tratado de Não Proliferação Nuclear.
O comentador da CNN Portugal lembra que, antes de 24 de fevereiro - dia em que se deu a invasão - houve exercícios militares russos junto à fronteira da Bielorrússia com a Ucrânia. "Na altura, a resposta de Vladimir Putin foi que não ia invadir. O que é certo é que invadiu", diz.
Podolyak critica Putin: "Tudo o que pode fazer é assustar"
O assessor presidenial ucraniano Mykhaylo Podolyak acusou Vladimir Putin de "violar o tratado de não proliferação nuclear" e de recorrer ao medo como tática.
No sábado, Putin anunciou que a Rússia posicionaria armas nucleares táticas na vizinha e aliada Bielorrússia “sem violar nossos acordos internacionais de não proliferação nuclear”. Mas Podolyak disse no Twitter: "Ao fazer uma declaração sobre armas nucleares táticas na Bielorrússia, ele admite que tem medo de perder e tudo o que pode fazer é assustar com táticas".
Putin (RF) is too predictable.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) March 26, 2023
Making a statement about tactical nuclear weapons in Belarus, he admits that he is afraid of losing & all he can do is scare with tactics...
Second. He once again states his involvement in the crime. Violating the nuclear non-proliferation treaty...
Rússia e China não vão fazer uma aliança militar, garante Putin
Rússia e China não vão fazer uma aliança militar, assegurou o presidente russo Vladimir Putin numa entrevista transmitida pela televisão no domingo, afirmando que a cooperação militar dos dois países tem sido transparente.
"Sim, temos uma cooperação na esfera da interação técnico-militar. Não escondemos isso. Tudo é transparente, não há nada secreto", disse Putin.
De acordo com a Reuters, Putin também disse que as potências ocidentais estão a construir um novo "eixo", tendo alguma semelhança com a aliança entre Alemanha e Japão na Segunda Guerra Mundial.
"É mesmo a tempestade perfeita". Agostinho Costa diz que acordo nuclear entre Putin e Lukashenko "é a Rússia a plasmar aquilo que os EUA já fazem"
O major-general Agostinho Costa considera que a entrevista de Vladimir Putin, na qual anuncia o acordo assinado com a Bielorrússia para a colocação de armas nucleares nesse país, "é resposta à indicação, por parte do Reino Unido, da cedência de munições de urânio empobrecido à Ucrânia".
"O que temos aqui é a Rússia a plasmar aquilo que os EUA já fazem", observa o comentador da CNN Portugal. "Os norte-americanos têm na Europa 150 armas nucleares, que estão atribuídas a cinco países - Bélgica, Holanda, Itália, Alemanha e Turquia".
EUA reagem com cautela ao acordo da Rússia com a Bielorrússia
Os EUA reagiram com cautela ao acordo da Rússia para instalar armas nucleares táticas na Bielo-Rússia. Um alto funcionário do governo dos EUA disse que não há sinais de que Moscovo planeia usar suas armas nucleares.
“Vimos relatos do anúncio da Rússia e continuaremos a acompanhar esta situação”, disse a assessoria de imprensa do departamento de defesa dos EUA em comunicado. “Não vemos nenhuma razão para ajustar a nossa posição nuclear estratégica, nem quaisquer indícios de que a Rússia esteja a preparar-se para usar uma arma nuclear. Continuamos comprometidos com a defesa coletiva da aliança da Nato.”
"O Kremlin tomou a Bielorússia como refém nuclear"
"O Kremlin tomou a Bielorússia como refém nuclear", disse Oleksiy Danilov, chefe do Conselho a Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, em reação à notícia de que a Rússia planeia instalar armas nucleares táticas na Bielorrússia.
Para Danilova, este é mais "um passo para a desestabilização interna" da Bielorrúsia e um movimento que "aumenta o nível de percepção negativa e rejeição pública da Rússia e de Putin na sociedade bielorrussa".
putin’s statement about placing tactical nuclear weapons in Belarus – a step towards internal destabilization of the country – maximizes the level of negative perception and public rejection of russia and putin in Belarusian society. The kremlin took Belarus as a nuclear hostage.
— Oleksiy Danilov (@OleksiyDanilov) March 26, 2023
"Enquanto Putin tiver armas nucleares, o Ocidente nunca pode respirar de alívio". As reações ao acordo entre a Rússia e a Bielorrússia
A Federação Russa assinou um acordo com a Bielorrússia, para possicionar armas nucleares no país amigo, que faz fronteira.
Em Zaporizhzhia, a enviada especial, Carla Rodrigues, diz que reações oficiais a esta informação são muito poucas. Já nas redes sociais, "é vista com preocupação".
Dá ainda conta das previsões de um analista militar escritas, este domingo, na imprensa internacional: "Enquanto Vladimir Putin tiver armas nucleares, o Ocidente nunca pode respirar de alívio".
"Quem perde com a guerra são sempre os mais pobres"
O Presidente da República discursou, este sábado, na Cimeira Ibero-Americana, que considerou ser uma edição “histórica”, porque acontece depois de uma pandemia e em plena guerra.
Marcelo Rebelo de Sousa evidencia ainda que esta guerra “não é europeia, é global", frisando que “quem perde com a guerra são sempre os mais pobres”.