GUERRA AO MINUTO | Senado dos EUA dá primeiro passo para a aprovar pacote de ajuda à Ucrânia
O que está a acontecer
- Vice-ministro da Defesa da Rússia detido por suspeitas de aceitação de suborno
- Borrell diz que guerra na Ucrânia é de "desgaste" e avisa que não terminará em breve
- Ucrânia deve receber 1,5 mil milhões de euros da Comissão Europeia esta semana
- Estados Unidos preparam pacote de mil milhões de dólares para a Ucrânia
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Ucrânia suspende serviços consulares para homens em idade militar a viver no estrangeiro
Putin confirma que vai continuar a lançar ataques a infraestruturas de energia da Ucrânia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu esta quinta-feira que o país vai continuar a atacar as infraestruturas de energia da Ucrânia, apesar das críticas globais, já que estes ataques deixam milhões de pessoas sem eletricidade e água em pleno inverno.
“Há muito barulho sobre os nossos ataques a infraestruturas de energia de um país vizinho. Sim, nós fazemo-lo. Mas quem começou?”, atirou Putin, citado pela AFP.
Putin apresenta os ataques como uma resposta a ataques ucranianos, como aquele que destruiu parte da ponte que ligava a Rússia à península da Crimeia. O presidente russo insistiu que há uma dualidade de critérios do ocidente face a esta realidade.
Siga ao minuto:
Ucrânia: "As decisões, infelizmente, continuam a ter processos perfeitamente bizantinos até chegarem à sua conclusão"
O comandante João Fonseca Ribeiro, do Observatório de Segurança e Defesa da SEDES, afirma que o facto de 75% dos membros do Congresso dos EUA terem aprovado o pacote de ajuda à Ucrânia após longos seis meses de discussão é "extremamente desconcertante".
Reino Unido aumenta gastos com a Defesa em quase 90 mil milhões de euros nos próximos seis anos
Rishi Sunak anunciou o novo investimento durante uma visita à Polónia. O secretário-geral da NATO, por sua vez, esclareceu que não há intenção de colocar armas nucleares na Polónia ou em outro qualquer país.
Borrell defende utilizar 90% dos lucros dos ativos russos confiscados para a compra de armas para a Ucrânia
O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança defendeu esta terça-feira a utilização de 90% dos lucros dos ativos russos confiscados para a compra de armas para a Ucrânia.
"Podemos utilizar estas receitas e alocá-las - 90% ao Fundo Europeu para a Paz e outros 10% ao orçamento da UE. Esta iniciativa diz respeito apenas à utilização das receitas geradas pelos ativos russos congelados. Não se trata dos activos em si, não se trata do capital em si, mas das receitas desse capital", disse Josep Borrell, citado pela Ukrinform.
Kremlin afirma que Putin já foi informado da detenção do vice-ministro da Defesa
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirma que Vladimir Putin já foi informado da detenção do vice-ministro da Defesa, Timur Ivanov, por suspeitas de aceitação de suborno.
"O presidente russo, Vladimir Putin, foi informado sobre a detenção do vice-ministro da Defesa, Timur Ivanov. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, também foi informado antecipadamente", disse Peskov, citado pela RIA Novosti.
Dado o primeiro passo para aprovação do pacote de ajuda à Ucrânia no Senado
O primeiro passo do pacote de ajuda a Ucrânia, Israel e Taiwan foi aprovado para votação esta terça-feira pelo Senado dos Estados Unidos, avança a agência Reuters.
Haverá ainda uma nova votação, que será a final, entre esta terça e quarta-feira, e que enviará a proposta para Joe Biden, que a passará para lei.
Vice-ministro da Defesa da Rússia detido por suspeitas de aceitação de suborno
Timur Ivanov, vice-ministro da Defesa da Rússia, foi detido esta terça-feira por suspeitas de aceitação de suborno, informou o Comité de Investigação da Federação Russa no Telegram.
"O vice-ministro da Defesa da Federação Russa, Timur Vadimovich Ivanov , foi detido por suspeita de ter cometido um crime previsto no ponto 6 do artigo 290.º do Código Penal da Federação Russa (aceitação de suborno)", pode ler-se na curta nota publicada esta tarde.
Bombardeamento ucraniano fere cinco pessoas em Kakhovka, alega governador regional
O governador regional instalado pela Rússia em Kherson, Vladimir Saldo, acusou esta terça-feira a Ucrânia de ter atacado a cidade de Kakhovka, provocando cinco feridos.
"Cinco pessoas, todas de Kakhovka, foram feridas hoje na região de Kherson por bombardeamentos de terroristas ucranianos", escreveu Saldo no Telegram.
Lituânia vai colmatar "lacuna" nas defesas aéreas ucranianas e comprar radares para as forças de Kiev
O ministro da Defesa da Lituânia, Laurynas Kasciunas, anunciou que o país vai comprar radares para a Ucrânia, de modo a colmatar uma "lacuna" nas defesas aéreas ucranianas.
"A Lituânia está a tentar preencher outra lacuna na defesa aérea da Ucrânia - vamos comprar radares. Estamos atualmente a rever as nossas prioridades para contribuir para a segurança da Ucrânia com sistemas de radar o mais rapidamente possível. Todas as alternativas à aquisição de sistemas de defesa aérea devem ser utilizadas e efetuadas com urgência", disse Kasciunas, citado pelo portal ucraniano RBC.
Ataque russo à região de Sumy faz dois feridos
Um ataque das forças russas a uma localidade da região de Sumy fez esta terça-feira dois feridos, informou a Procuradoria-Geral da região no Facebook.
"Por volta das 13:00 [locais], os ocupantes, utilizando métodos de guerra proibidos pelo direito internacional, dispararam contra as infraestruturas civis da comunidade de Shalyhyne, no distrito de Shostka. O ataque inimigo danificou duas casas particulares. Duas mulheres, de 72 e 45 anos, ficaram feridas e foram hospitalizadas", pode ler-se na nota.
Borrell diz que guerra na Ucrânia é de "desgaste" e avisa que não terminará em breve
O chefe da diplomacia europeia alertou esta terça-feira, em Estrasburgo, que a guerra da Ucrânia é uma guerra "de desgaste" que não terminará tão cedo como o desejado.
"Infelizmente, esta é uma guerra de desgaste. Não vai acabar rapidamente. Putin tentará destruir a liberdade do povo ucraniano e provavelmente irá mais longe", começou por dizer Josep Borrell, citado pela agência ucraniana Ukrinform.
"Temos de pensar mais profundamente, de nos preparar para uma guerra que exigirá os nossos esforços, os nossos compromissos, as nossas ações. Temos de apoiar a Ucrânia, mas não apenas com palavras, nem apenas amanhã, nem provavelmente apenas no próximo ano. O nosso compromisso de apoiar a Ucrânia, que está a lutar pelos nossos valores e pela sua segurança, exigirá uma ação sem precedentes e uma maior firmeza", completou o diplomata.
Ucrânia anuncia medidas para fazer regressar homens do estrangeiro
O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, anunciou hoje medidas iminentes para trazer de volta à Ucrânia homens em idade de lutar residentes no estrangeiro.
A Ucrânia, que luta contra a invasão russa há dois anos, necessita urgentemente de soldados, especialmente porque Kiev espera que a Rússia lance uma nova ofensiva nas próximas semanas ou meses.
“O facto de permanecer no estrangeiro não isenta o cidadão dos seus deveres para com a sua pátria”, argumentou Kuleba, sem referir que medidas vão ser tomadas para fazer regressar do estrangeiro homens em idade de lutar para o território nacional.
Atualmente, a Ucrânia proíbe homens em idade de lutar de viajar para o exterior, com poucas exceções.
Contudo, segundo estimativas dos meios de comunicação social, dezenas de milhares de homens fugiram ilegalmente do país para evitar ir para a frente de combate.
Por outro lado, centenas de milhares de ucranianos já viviam no estrangeiro antes da invasão.
Número de feridos do ataque russo a Dnipro sobe para oito
O número de feridos do ataque russo desta terça-feira a Dnipro aumentou para oito, informou o governador da região homónima, Serhiy Lysak, no Telegram.
Lysak afirmou também que vários ataques às localidades de Nikopol, Marhanetska, Myrivska e Pokrovska fizeram dois feridos.
União Europeia avalia sanções contra empresas de vários países por ajudarem o complexo militar-industrial russo
A União Europeia está a avaliar a imposição de sanções contra empresas de vários países por ajudarem a defesa da Rússia durante a sua guerra contra a Ucrânia.
De acordo com a Bloomberg, as empresas, maioritariamente com sede na Rússia, mas também noutros países como Turquia, Emirados Árabes Unidos, Hong Kong e China, compraram milhões de euros em bens europeus interditados para exportação para a Rússia, tendo depois fornecido os mesmos a empresas russas ligadas ao setor da defesa.
A publicação norte-americana revela que as conversações sobre estas potenciais sanções devem começar ainda esta semana.
Ucrânia deve receber 1,5 mil milhões de euros da Comissão Europeia esta semana
A Ucrânia deverá receber esta semana 1,5 mil milhões de euros da Comissão Europeia, no âmbito do mecanismo de apoio da União Europeia ao país.
A informação foi avançada pelo primeiro-ministro, Denys Shmyhal, durante uma reunião do conselho de ministros do seu governo.
"Temos notícias positivas da UE. A Comissão Europeia apoiou o plano para a Ucrânia ao abrigo do programa Ukraine Facility. E esta semana esperamos receber 1,5 mil milhões de euros ao abrigo deste programa da União Europeia", disse Shmyhal, citado pela agência Ukrinform.
Estados Unidos preparam pacote de mil milhões de dólares para a Ucrânia
Os Estados Unidos estão a preparar um novo pacote de mil milhões de dólares, cerca de 935 milhões de euros, de apoio militar para a Ucrânia.
De acordo com a Reuters, que avançou esta informação, este é o primeiro pacote a ser enviado no âmbito da ajuda de 60 mil milhões de dólares que o Senado deverá aprovar ainda esta terça-feira.
O pacote, refere a agência, deverá conter projéteis de artilharia de 155 milímetros, munições Stinger de defesa aérea e munições antiaéreas Javelin, entre outro armamento pronto a utilizar no campo de batalha.
Justiça russa rejeita último recurso de Evan Gershkovich contra prisão preventiva
Um tribunal rejeitou esta terça-feira mais um recurso da defesa do jornalista russo-americano Evan Gershkovich contra a sua prisão preventiva.
Gershkovich, do The Wall Street Journal, foi detido a 29 de março de 2023 na cidade russa de Ecaterimburgo, sob acusações de espionagem.
"Ucranianos devem suspeitar de uma possível ofensiva perto de Kharkiv"
Major-General Carlos Branco, comentador da CNN Portugal, faz uma análise ao mais recente ataque russo à torre televisiva ucraniana, que é também um local com várias antenas de comunicação.
"Vamos colocar a indústria de defesa do Reino Unido em condições de guerra", diz Sunak
O primeiro-ministro britânico garantiu que vai colocar a indústria de Defesa do Reino Unido “em condições de guerra”, ao mesmo tempo que anunciava um financiamento extra de longo prazo para munições à Ucrânia.
"Vamos colocar a indústria de defesa do Reino Unido em condições de guerra. Uma das principais lições da guerra na Ucrânia é que precisamos de reservas mais profundas de munições e de que a indústria seja capaz de as reabastecer mais rapidamente", afirmou Rishi Sunak, numa conferência de imprensa
na Polónia, juntamente com o secretário-geral da NATO.
Sunak alertou também para a crescente ameaça à segurança mundial, mas garantiu que não se deve “exagerar o perigo”. “Não estamos à beira da guerra, nem a procuramos", garantiu.
Nicarágua e Rússia assinam acordo para enfrentar sanções que consideram ilegais
Os Governos da Nicarágua e da Rússia assinaram esta terça-feira um acordo para enfrentar as sanções impostas aos dois países pela comunidade internacional, no contexto de uma aproximação crescente das duas nações nos últimos meses.
A vice-presidente da Nicarágua, Rosario Murillo, confirmou a assinatura do acordo e classificou as sanções da comunidade internacional aos dois países como “agressões”.
Murillo, mulher do Presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, explicou que o documento assinado contém a fórmula para combater estas sanções e as suas “consequências negativas” para Moscovo e Manágua.
O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, e o conselheiro e representante do Presidente da Nicarágua para os assuntos com a Rússia, Laureano Ortega (filho de Rosario Murillo e Daniel Ortega), estiveram reunidos em Moscovo e aprovaram uma declaração conjunta sobre os "meios e modalidades para combater, mitigar e compensar a consequências negativas destas medidas coercivas e unilaterais", segundo as autoridades nicaraguenses.
O texto assinado sublinha que a aplicação, por qualquer Estado, de “medidas coercivas é ilícito, contrário à Carta das Nações Unidas e ao Direito Internacional” e implica “responsabilização a nível internacional”.
Assim, as autoridades dos dois países sublinharam que “não se deve reconhecer ou aplicar este tipo de medidas, incluindo as de caráter extraterritorial (…)”, segundo o portal de notícias nicaraguense 19 Digital.
Rússia limita celebrações da vitória sobre nazis por razões de segurança
A Rússia vai limitar, pelo segundo ano consecutivo, as celebrações da vitória soviética sobre a Alemanha nazi, um elemento central da narrativa patriótica do Kremlin, por razões de segurança.
Em particular, foram canceladas as procissões do "Regimento Imortal", durante as quais milhares de russos marcham por todo o país segurando retratos dos seus familiares que participaram na Segunda Guerra Mundial, disse hoje uma responsável.
Devido às ameaças existentes para a segurança pública, relacionadas com o conflito na Ucrânia e o recente ataque perto de Moscovo, “a organização do ‘Regimento Imortal da Rússia’ decidiu não realizar a procissão (...) pessoalmente", disse a codiretora da entidade, Elena Tsounaeva, citada pela agência Interfax.
Em contrapartida, propõe a afixação de retratos de veteranos nos transportes públicos, aviões e navios, ou a criação de "Galerias da Memória" em espaços públicos com retratos deste género.
Em maio de 2023, foram também cancelados os desfiles do "Regimento Imortal".
O ministro da Educação, Sergei Kravtsov, citado pela Interfax, disse que estão, no entanto, previstas comemorações nas escolas, que são convidadas a acolher os veteranos da Segunda Guerra Mundial e os participantes no conflito na Ucrânia, apresentado por Moscovo como uma luta contra os neonazis.