GUERRA AO MINUTO | NATO está a trabalhar no envio de mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia, diz Stoltenberg
O que está a acontecer
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União Europeia vê "sinais crescentes" de que a China está a fornecer bens de dupla utilização à Rússia
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Rússia restringe viagens de funcionários governamentais mesmo a países considerados "amigos"
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É "inaceitável" haver "dois pesos e duas medidas" para a ajuda a Israel e à Ucrânia, critica presidente da Lituânia
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Primeiro-ministro ucraniano diz que se a Ucrânia “cair” poderá haver uma III Guerra Mundial
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Republicanos propõem ajuda à Ucrânia no valor de 56 mil milhões de euros
Ucrânia alerta para “alta probabilidade” de participação direta das forças armadas bielorrussas na guerra
A Ucrânia alegou que, após 17 dias de combates, as tropas russas estão a ser comandadas pela “incerteza militar”, levando-os a não alcançar os objetivos definidos por Putin. No último relatório operacional, publicado este domingo, o Ministério da Defesa da Ucrânia disse que a Rússia “não atingiu o objetivo da operação militar em nenhuma das áreas.”
“A natureza das ações indica a incerteza da liderança militar da federação russa em questões de objetivos estratégicos e o objetivo final da chamada ‘operação militar especial”, afirma o Ministério da Defesa.
A autoridade sublinha que há uma “alta probabilidade” de participação direta das forças armadas bielorrussas na operação militar contra a Ucrânia. “Há um reconhecimento aéreo de objetos no território da Ucrânia com a ajuda de UAVs, provavelmente do território da República da Bielorrússia”, diz o relatório.
Siga ao minuto:
Primeiro-ministro ucraniano encontrou-se com o líder dos republicanos no Senado
De visita a Washington D.C., o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, reuniu-se com o líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell.
"O apoio bipartidário do Congresso é extremamente importante para a Ucrânia. Falámos sobre a necessidade de armas e de financiamento do nosso país. Esperamos que o projeto de lei sobre o pacote de ajuda à Ucrânia seja votado o mais rapidamente possível. Agradecemos ao Senado por apoiar consistentemente iniciativas para o nosso país", escreveu Shmyhal no X.
Met with U.S. Senate Republican Leader @LeaderMcConnell in Washington. Bipartisan support from Congress is extremely important for #Ukraine. We talked about our country's need for weapons and funding. We expect the Ukraine aid package bill to be voted on as soon as possible.… pic.twitter.com/TbR2q3l4Oe
— Denys Shmyhal (@Denys_Shmyhal) April 18, 2024
Conselho Europeu quer mais tarifas nas importações de alguns produtos agrícolas russos e bielorrussos
Os líderes da União Europeia querem a imposição de tarifas adicionais sobre a importação de alguns produtos agrícolas russos e bielorrussos.
O pedido consta do comunicado emitido pelo Conselho Europeu no final da cimeira desta semana.
"O Conselho Europeu (...) incentiva o Conselho e a Comissão a prosseguirem os trabalhos, em especial sobre (...) a imposição de novas tarifas aduaneiros sobre certas importações para a União Europeia de produtos agrícolas russos e bielorrussos, tendo simultaneamente em conta o impacto no mercado único e assegurando que o trânsito dessas mercadorias para os países em desenvolvimento não seja afetado", pode ler-se na nota.
Zelensky reuniu-se com o vice chanceler e ministro da Economia da Alemanha em Kiev
O presidente ucraniano reuniu-se esta quinta-feira com o vice chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, em Kiev.
"Falámos sobre a intensificação do terror russo com mísseis contra a Ucrânia. É importante continuar a reforçar a defesa aérea do nosso país com sistemas modernos de fabrico ocidental", escreveu Volodymyr Zelensky no Telegram sobre a reunião que ambos tiveram no palácio presidencial.
"Estou grato à Alemanha e a toda a sociedade alemã pela sua ajuda muito significativa à Ucrânia durante toda a guerra. É difícil sobrevalorizar a decisão da Alemanha de nos apoiar com o novo sistema Patriot. A defesa do céu é a nossa prioridade atual", completou o líder ucraniano.
Rússia denuncia apreensão de casa de empresário russo pelas autoridades francesas
A Rússia condenou hoje a apreensão da casa de campo no sudoeste de França propriedade do empresário russo Artur Ocheretny, afirmando que a decisão ameaça os "fundamentos" do sistema jurídico francês.
"Qualquer violação da propriedade privada é, a priori, ilegal", declarou aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acrescentando que "desta forma, as autoridades francesas estão a minar os fundamentos do seu sistema jurídico".
A vivenda, localizada na cidade costeira de Anglet, foi apreendida em dezembro de 2023 no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de branqueamento de capitais agravado, informou na quarta-feira o Ministério Público de Paris.
De acordo com a revista francesa Challenges, a casa de estilo Art Deco pertence ao empresário russo Artur Ocheretny, casado atualmente com Lyudmila Ocheretnaya, ex-mulher do Presidente russo, Vladimir Putin, com que foi casada entre 1983 e 2013, na altura com o nome de Lyudmila Putina.
A propriedade, conhecida como "Souzanna", foi comprada em dezembro de 2013 por 5,4 milhões de euros, segundo o Ministério.
Governo suíço vai alocar mais de cinco mil milhões de euros para a reconstrução da Ucrânia nos próximos 12 anos
O governo suíço anunciou esta quinta-feira em comunicado que vai alocar, até 2036, cinco mil milhões de francos suíços, cerca de 5,15 mil milhões de euros, para a reconstrução da Ucrânia.
"Nos próximos doze anos, o Conselho Federal tenciona reforçar o seu apoio à reconstrução da Ucrânia e promover a cooperação com o setor privado. Para o efeito, prevê gastar 5 mil milhões de francos suíços até 2036", pode ler-se na nota.
De acordo com a mesma fonte, até 2028 serão gastos 1,5 mil milhões de euros, sendo os restantes 2,5 mil milhões gastos nos oito anos seguintes.
Montenegro diz que Portugal não tem capacidade para enviar Patriot para a Ucrânia
O primeiro-ministro reconheceu hoje que Portugal não está entre os países que podem disponibilizar sistemas de defesa antiaérea à Ucrânia, mas considerou que o apelo de Zelensky “caiu fundo” nos Estados-membros da União Europeia (UE).
“Esse apelo caiu fundo em todos os Estados da UE e aqueles que têm maior capacidade anunciaram a sua predisposição de, num futuro próximo, poder reforçar essa mesma capacidade, ajudando a Ucrânia”, disse Luís Montenegro, em conferência de imprensa, em Bruxelas.
No final da sua primeira reunião do Conselho Europeu, o primeiro-ministro admitiu que “há países que já o anunciaram, à cabeça dos quais está a Alemanha”, que antecipou que iria enviar mais um sistema de defesa antiaérea MIM-104 Patriot.
“Nós, por exemplo, em Portugal, infelizmente, não dispomos de meios para poder colaborar nesse domínio”, admitiu Luís Montenegro.
Ucrânia e Israel "estão ligados entre si": a influência do ataque iraniano causou do outro lado do Atlântico uma "mudança radical"
O major-general Isidro de Morais Pereira explica como é que os dois principais confrontos que estão em curso estão relacionados.
Scholz quer que os aliados da NATO forneçam mais seis sistemas Patriot à Ucrânia
O chanceler alemão Olaf Scholz manifestou esta quinta-feira a intenção de que os aliados da NATO forneçam mais seis sistemas de defesa aérea Patriot à Ucrânia.
"Esperamos que sejam encontrados mais seis [sistemas Patriot] no contexto da NATO e aproveitei a oportunidade para defender este objetivo em muitas discussões", disse Scholz aos jornalistas, citado pela Reuters, no segundo dia da reunião do Conselho Europeu em Bruxelas.
Ataque russo a Krasnohorivka faz um morto
Um ataque russo à cidade de Krasnohorivka, na região de Donetsk, fez esta quinta-feira um morto.
A informação foi transmitida ao jornal online ucraniano Suspilne pelo Ministério Público de Donetsk.
"Esta tarde, as forças armadas da Federação Russa dispararam novamente contra a cidade de Krasnohorivka. Como resultado do ataque inimigo, um homem de 56 anos morreu na sua casa", afirmou ao portal Anastasia Medvedeva, porta-voz da instituição.
Homem detido na Polónia suspeito de querer fornecer informações à Rússia com vista ao assassinato de Zelensky
O homem foi detido esta quinta-feira sob suspeitas de querer fornecer informações à Rússia para ajudar o Kremlin a assassinar o presidente ucraniano.
"De acordo com a investigação, a intenção do arguido era recolher e transmitir informações ao país agressor sobre a segurança do aeroporto de Rzeszów-Jasionka, entre outras coisas, para ajudar os serviços especiais russos a planear uma possível tentativa de assassinato do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante a sua estada na Polónia", informou o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) em comunicado.
O indivíduo será agora julgado na Polónia.
Ataque russo a aldeia da região de Kharkiv faz um ferido
Um ataque russo à aldeia de Sorokivka, na região de Kharkiv, fez esta quinta-feira um ferido, informou a Procuradoria-Geral daquela região.
"De acordo com a investigação, a 18 de abril, por volta das 12:20, as forças armadas russas lançaram um ataque com mísseis contra a aldeia de Sorokivka, distrito de Kharkiv. Um homem civil de 45 anos ficou ferido", pode ler-se na publicação na rede social Telegram.
Ucrânia precisa de apoio orçamental de quase 40 mil milhões de euros em 2024, diz diretora-geral do FMI
Kristalina Georgieva, diretora-geral do FMI, afirmou que a Ucrânia vai precisar de um apoio orçamental de 42 mil milhões de dólares, cerca de 39,4 mil milhões de euros, para o ano de 2024.
"Até agora, estimamos as necessidades em 42 mil milhões de dólares para este ano", disse Georgieva, à margem da reunião de primavera do FMI e do Banco Mundial.
A diretora-geral do FMI afirmou que essa meta é alcançável devido ao forte apoio que continua a existir a Kiev.
“Fiquei muito satisfeita ao ouvir as declarações de ontem de que o apoio à Ucrânia permanece estável e firme”, referiu.
NATO está a trabalhar no envio de mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia, diz Stoltenberg
A NATO está a trabalhar para enviar mais sistemas de defesa aérea para a Ucrânia, disse o secretário-geral Jens Stoltenberg esta quinta-feira, numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 na ilha italiana de Capri.
"Compilámos dados sobre os diferentes sistemas de defesa aérea que temos na NATO e concentrámo-nos nos sistemas Patriot. Estamos a trabalhar com os aliados para garantir que reposicionam alguns dos seus sistemas na Ucrânia", disse aos jornalistas, citado pela Reuters.
"Estou encorajado pelo empenho e determinação dos aliados da NATO em defender a Ucrânia", acrescentou Stoltenberg, dizendo que estava a ver sinais encorajadores de que o Congresso dos EUA poderá em breve um pacote de ajuda à Ucrânia no valor de 60,84 mil milhões de dólares (cerca de 56 mil milhões de euros).
Analista chinês diz que derrota da Rússia na Ucrânia é "inevitável"
Num artigo de opinião publicado há uma semana no The Economist, o analista Feng Yujun, professor da Universidade de Pequim, afirmou que a derrota das forças russas na Ucrânia é, com base em quatro fatores, "inevitável".
"Quatro factores principais influenciarão o curso da guerra. O primeiro é o nível de resistência e de unidade nacional demonstrado pelos ucranianos, que até agora tem sido extraordinário. O segundo é o apoio internacional à Ucrânia, que, embora recentemente tenha ficado aquém das expectativas do país, continua a ser amplo", começou por dizer Yujun
"O terceiro fator é a natureza da guerra moderna, uma competição que se baseia numa combinação de poder industrial e de sistemas de comando, controlo, comunicações e informações (…) O último fator é a informação. Quando se trata de tomar decisões, Vladimir Putin está preso num casulo de informação, graças ao facto de estar no poder há tanto tempo. O presidente russo e a sua equipa de segurança nacional não têm acesso a informações precisas. O sistema que utilizam carece de um mecanismo eficaz de correção de erros. Os seus homólogos ucranianos são mais flexíveis e eficazes", acrescentou.
Yujun diz que estes quatro fatores "tornam inevitável a derrota final da Rússia", que "a seu tempo será forçada a retirar de todos os territórios ucranianos ocupados, incluindo a Crimeia".
União Europeia vê "sinais crescentes" de que a China está a fornecer bens de dupla utilização à Rússia
Valdis Dombrovskis, um dos vice-presidentes da Comissão Europeia, afirmou esta quinta-feira que a UE vê "sinais crescentes" de que a China está a fornecer bens de dupla utilização à Rússia.
Estes bens são, segundo o Parlamento Europeu, "produtos, serviços ou tecnologias com usos civis legítimos que têm o potencial de ser mal utilizados" como, por exemplo, para fins militares.
Citado pela Reuters, Dombrovskis afirmou também que a UE está a trabalhar com os Estados Unidos para combater a evasão às sanções contra a Rússia, e afirmou que o bloco deverá decidir ainda no primeiro semestre de 2024 como utilizará os lucros dos bens russos confiscados.
"A Ucrânia está a enfrentar uma situação difícil no campo de batalha e é vital manter o apoio", disse o vice-presidente.
FMI prevê que Rússia cresça mais que todos os países desenvolvidos em 2024
O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a economia russa cresça mais do que a dos restantes países desenvolvidos em 2024.
De acordo com a instituição, a Rússia deverá crescer 3,2% este ano, mais do que Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha, isto apesar da guerra e das sanções impostas pelo Ocidente.
O FMI aponta como motivos deste crescimento as fortes exportações de petróleo, o aumento dos investimento públicos e privados e ainda a "robustez" do consumo privado.
Rússia restringe viagens de funcionários governamentais mesmo a países considerados "amigos"
A Rússia está a limitar a capacidade de funcionários governamentais de viajar para o estrangeiro, mesmo para países considerados "amigos", avança a Reuters.
De acordo com a agência, as instituições russas como o Serviço Federal de Segurança (FSB) têm receio de que as potências estrangeiras possam aceder, com recurso à força, a segredos de Estado.
Segundo uma fonte, os governantes foram informalmente proibidos de viajar para o estrangeiro em 2022, tendo a medida sido formalmente adotada no ano seguinte. Agora, a proibição estende-se a funcionários ministeriais com acesso a informações classificadas.
"Não se pode ir a lado nenhum, nem mesmo ao Uzbequistão ou à Bielorrússia para as férias de maio. Só se pode ir com autorização", disse outra fonte.
A Reuters afirma que, para os funcionários da Rosgvardia, do FSN e do Ministério do Interior, só há 14 destinos possíveis para viajar para o estrangeiro, maioritariamente antigos Estados soviéticos, mas também a Coreia do Norte, Cuba, o Irão e a Síria.
Kuleba e Blinken reuniram-se em Capri
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, reuniu-se esta quinta-feira com o homólogo norte-americano, Antony Blinken, na ilha italiana de Capri, onde decorre a cimeira do G7.
"Analisámos em pormenor os nossos esforços globais conjuntos para obter mais sistemas de defesa aérea e mísseis Patriot para a Ucrânia o mais rapidamente possível. Agradeço os esforços do secretário Blinken para facilitar as decisões necessárias. Ambos salientámos a necessidade urgente de o Congresso dos EUA aprovar o pacote suplementar de ajuda à Ucrânia. Isso enviará uma mensagem de força e confiança, permitindo à Ucrânia salvar vidas e melhorar a situação no campo de batalha", escreveu Kuleba no X.
I met with @SecBlinken to thank the United States for standing with Ukraine.
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) April 18, 2024
We went over in detail our joint global efforts to get more "Patriot" air defense systems and missiles to Ukraine as soon as possible. I appreciate Secretary Blinken's efforts to facilitate the… pic.twitter.com/MWMc1jiX3J
Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia divulga vídeo do ataque a base aérea russa na Crimeia
У ніч з 16 на 17 квітня Сили оборони України завдали ракетного удару та уразили визначені російські воєнні цілі на території тимчасово окупованої Автономної Республіки Крим.
— Генеральний штаб ЗСУ (@GeneralStaffUA) April 18, 2024
Докладніше:https://t.co/4lYSyQNWL8 pic.twitter.com/GfKNG5Dk3f
Borrell pede aos países da União Europeia para fornecerem os seus sistemas de defesa aérea à Ucrânia
Em Capri, onde se deslocou para a cimeira do G7, o líder da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, pediu aos 27 para fornecerem os seus sistemas de defesa aérea à Ucrânia, de modo a que as forças de Kiev consigam proteger as suas infraestruturas críticas.
"Caso contrário, o sistema elétrico da Ucrânia será destruído. E nenhum país pode lutar sem ter eletricidade em casa, nas fábricas, na Internet, para tudo", disse Borrell à imprensa, citado pela Sky News.