Ómicron: tudo sobre a nova variante
Pontos essenciais:
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O professor Carlos Antunes prevê pico entre 15 e 22 de dezembro com cinco ou seis mil casos
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Lisboa: centros de testagem noturna só estão abertos às sextas, sábados e vésperas de feriado
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Covid-19: Portugal com 338 surtos ativos em escolas, creches e universidades
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Mais 10 casos de Ómicron identificados no Reino Unido, elevando o total para 42
Tailândia regista primeiro caso da variante Ómicron
As autoridades sanitárias da Tailândia anunciaram esta segunda-feira que detetaram o primeiro caso da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2, num viajante dos Estados Unidos que chegou ao país num voo proveniente de Espanha.
De acordo com a agência de notícias Efe, que cita o diretor-geral do Departamento de Ciências Médicas tailandês, o homem, de 35 anos, teve resultado positivo no teste realizado à chegada àquele país, em 30 de novembro, um diagnóstico confirmado por um novo teste, em 3 de dezembro.
Cabo Verde entre cinco países africanos capazes de cumprir meta de vacinação
Cabo Verde deverá ser um dos únicos cinco países africanos a atingir a meta da Organização Mundial de Saúde (OMS) de vacinar totalmente 40% da população até ao final do ano, estima um estudo da Fundação Mo Ibrahim publicado hoje.
De acordo com dados até 18 de novembro, as ilhas Seicheles, Maurícias e Marrocos já atingiram aquele objetivo, enquanto Cabo Verde e Tunísia estavam perto e deverão conseguir até ao final de dezembro.
Os números oficiais das autoridades cabo-verdianas indicam que este marco já foi superado: até à passada segunda-feira, 82,8% das pessoas adultas já tinha recebido a primeira dose das vacinas contra a covid-19 e o país tinha a taxa de 67,6% de pessoas completamente vacinadas.
Porém, o estudo "Covid-19 em África: um caminho difícil para a recuperação” observa que os restantes 49 países africanos estão muito atrasados, com destaque para a República Democrática do Congo, Sudão do Sul, Chade, Tanzânia e Camarões.
Argentina deteta primeiro caso da variante Ómicron
A Argentina detetou no domingo o primeiro caso da variante Ómicron do vírus SARS-CoV-2, num residente que regressou de uma viagem de trabalho à África do Sul, informou o Ministério da Saúde.
De acordo com um comunicado do Ministério da Saúde argentino, citado pela agência de notícias Efe, o homem, de 38 anos, já se encontrava a cumprir quarentena, após ter regressado ao país, em 30 de novembro.
As quatro pessoas com quem esteve em contacto também estão em isolamento, apesar de terem tido resultado negativo nos testes já realizados, segundo a nota.
Ao abrigo das novas regras anunciadas pelo Governo argentino para combater a propagação da nova variante, detetada recentemente na África do Sul, os viajantes que tenham estado no continente africano nas últimas semanas são obrigados a cumprir quarentena, devendo efetuar um teste PCR para poderem sair do isolamento.
No domingo, a Argentina diagnosticou 1.294 novos casos de covid-19, elevando o total de infetados desde o início da pandemia para 5.340.676.
China deteta 61 casos nas últimas 24 horas
A China detetou 61 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, incluindo 38 por contágio local, anunciaram hoje as autoridades de saúde do país.
Os casos locais foram diagnosticados nas províncias da Mongólia Interior (28), Heilongjiang (sete), Yunnan (dois) e Hebei (um).
Os restantes 23 casos foram diagnosticados em viajantes provenientes do estrangeiro, nos municípios de Xangai (leste) e nas províncias de Guangxi (sul), Guangdong (sudeste), Yunnan (sul), Shaanxi (centro), Fujian (sudeste) e Shandong (leste).
A Comissão de Saúde da China adiantou que o número total de casos ativos é de 1.060, incluindo 12 em estado grave.
Desde o início da pandemia, o país registou 99.203 casos da doença e 4.636 mortos.
Insuficiência dos registos civis pode deixar milhões sem vacinas em África
A insuficiência dos registos civis em África poderá excluir milhões de pessoas da vacinação contra a covid-19 por falta de acesso a documentação e serviços de saúde, indica um estudo da Fundação Mo Ibrahim publicado hoje.
Segundo o estudo "Covid-19 na África: um caminho difícil para a recuperação”, mais de 50% das crianças nascidas em África não tem existência legal por falta de registo, serviços que foram perturbados ou interrompidos durante a pandemia.
Estimativas dos autores indicam que o número ultrapassará 100 milhões de crianças sem registo até 2030 se não houver investimento neste serviço público.
Atualmente, o registo de nascimento é gratuito em apenas quatro dos 24 países da África Ocidental e Central, pelo que os custos podem desincentivar o seu uso e prejudicar a campanha de vacinação contra a covid-19.
Sem registo civil, os cidadãos não têm documentos de identificação nem acesso aos serviços de saúde públicos, o que, por consequência, pode inviabilizar o acesso à imunização.
Na África do Sul, estima-se que 15,3 milhões de pessoas não estejam registadas oficialmente, o que pode excluir quase 30% da população da vacinação, indica o estudo.
Por outro lado, apenas oito países (Argélia, Cabo Verde, Egito, Maurícias, São Tomé e Príncipe, Seicheles, África do Sul e Tunísia) têm um sistema universal de registo de óbitos.