Ministro da Defesa da Finlândia tira licença de paternidade de dois meses com a Rússia em guerra: "A segurança do país está em boas mãos"

16 dez 2022, 12:17
Antti Kaikkonen (AP Photo)

Licença de paternidade deverá começar no dia 6 de janeiro e prolongar-se até ao final de fevereiro. Antti Kaikkoen lembra que "as crianças são apenas pequenas por um momento" e que não quer lembrar-se disso por fotografias. Mesmo que a adesão à NATO possa estar iminente

O ministro da Defesa da Finlândia, Antti Kaikkonen, vai tirar quase dois meses de licença de paternidade no próximo ano. Kaikkonen não só é um dos primeiros ministros homens do país a tirar uma licença de paternidade como o vai fazer numa altura em que poderá haver desenvolvimentos sobre a candidatura finlandesa à NATO. A decisão mereceu elogios e apoio do seu partido.

"Nós apoiamos a decisão de Antti Kaikkoen. A decisão de tirar uma licença por motivos familiares cabe apenas a cada um", afirmou a líder do Partido do Centro, Annika Saarikko.  

Kaikkonen anunciou o nascimento do segundo filho em julho. A licença de paternidade deverá começar no dia 6 de janeiro e prolongar-se até ao final de fevereiro. Kaikkonen deverá ser substituído pelo deputado Mikko Savola. 

"As crianças são apenas pequenas por um momento e eu quero-me lembrar disso mais do que através de fotografias", escreveu o ministro finlandês, no Twitter, que garantiu ainda que "a segurança do país também estará em boas mãos".

Na Finlândia, os pais das crianças que nasceram antes de setembro podem tirar até 54 dias de licença de paternidade. Cerca de 80% dos pais gozam pelo menos uma parte dessa licença.

No final dos anos 90, Paavo Lipponen, na altura primeiro-ministro da Finlândia, tirou uma licença de paternidade, numa decisão que foi considerada pioneira no país.

A adesão da Finlândia e da Suécia à NATO deverá ser decidida até maio. Depois de décadas de neutralidade militar, os dois países apresentaram as suas candidaturas à Aliança Atlântica, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia.

A Hungria e a Turquia ainda não apoiaram estas candidaturas e a adesão formal precisa da aprovação de todos os membros. O presidente da Hungria já mostrou abertura para participar nessa aprovação, mas a Turquia só aceita a adesão se os dois países tiverem mão pesada sobre os militantes curdos que são considerados terroristas pelo regime de Ancara. 

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