Blinken tenta acalmar aliados antes de acordo nuclear com Irão

Agência Lusa , BMA
27 mar 2022, 12:33
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken (Getty Images)

Estados Unidos estão a tentar renovar o acordo nuclear de 2015, mas Israel teme que este não inclua salvaguardas suficientes para impedir Teerão de desenvolver armas nucleares

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, tentou este domingo acalmar os receios de Israel e seus aliados do Golfo Árabe antes da esperada renovação do acordo nuclear internacional com o Irão.

Blinken comentou o assunto pouco antes de se juntar aos seus homólogos de Israel e de quatro países árabes numa reunião especial onde o acordo nuclear iraniano é esperado estar no topo da agenda.

“Quando se trata do elemento mais importante, concordamos”, disse Bliken aos jornalistas, ao lado do ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid.

“Nós os dois estamos comprometidos, ambos determinados que o Irão não adquira nunca uma arma nuclear”, frisou o responsável.

A administração Biden tem trabalhado para renovar o acordo nuclear de 2015, que colocou restrições ao programa nuclear do Irão em troca do alívio de sanções. Com o apoio de Israel, o governo de Trump retirou-se do acordo em 2018, o que levou a que se desfizesse.

Embora o Irão tenha avançado com o seu programa nuclear desde então, Israel e os países árabes do Golfo estão profundamente preocupados em restaurar o acordo original.

Israel teme que este não inclua salvaguardas suficientes para impedir o Irão de desenvolver armas nucleares.

Tanto Israel quanto os seus aliados do Golfo acreditam que o alívio de sanções económicas permitirá que o Irão intensifique as atividades militares em toda a região, incluindo o apoio a grupos militares hostis.

Blinken disse que os Estados Unidos acreditam que restaurar o acordo nuclear é “a melhor maneira de colocar o programa do Irão de volta na caixa em que estava”.

“O nosso compromisso com o princípio central de o Irão nunca adquirir uma arma nuclear é inabalável”, disse, prometendo cooperar com Israel para combater o “comportamento agressivo” do Irão em toda a região.

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