REVISTA DE IMPRENSA || Seguro reconhece o apoio tardio do Partido Socialista
António José Seguro evita a palavra “esquerda” e apresenta-se como um candidato “de todos os portugueses”. Em entrevista ao Público, o antigo secretário-geral do PS defende uma candidatura baseada em valores como “liberdade, igualdade, justiça social, progresso e humanismo”, afirmando que “a democracia e os direitos humanos estão em perigo” porque “os governos não resolveram os problemas das pessoas”.
"Eu dirijo-me a todos os portugueses. Não quero ser um Presidente de uma parte do país contra a outra parte do país. Na minha candidatura cabem todos os democratas, todos os progressistas e todos os humanistas", afirmou o candidato presidencial.
Seguro reconhece o apoio tardio do Partido Socialista, mas diz sentir-se “honrado” e com “maior responsabilidade” por ser apenas o quarto candidato presidencial apoiado pelo partido desde 1976. Ainda assim, afasta rótulos ideológicos.
“Em Portugal, tentam meter as pessoas em gavetas, em departamentos. Eu dirijo-me a todos os portugueses, sejam eles de esquerda, de direita, de centro.”
Seguro falou ainda sobre a revisão constitucional, garantindo que "não há nenhuma necessidade de rever a Constituição".
"O problema não está nela, está em não ter sido cumprida", afirma, acrescentando que "o populismo cresce quando a democracia falha em responder aos problemas das pessoas.”
Seguro conclui que quer ser “um Presidente que una os portugueses em torno dos valores da liberdade e da justiça social”, afirmando que “os rótulos dividem, mas os valores unem”.