"Sem amarras", Seguro apresenta candidatura a Belém com recados a Gouveia e Melo e Marques Mendes

Agência Lusa , BCE
15 jun, 16:53

António José Seguro afirma que a sua candidatua "não é partidária, nunca será" e defende que a revisão constitucional "não é prioridade"

O candidato a Presidente da República António José Seguro disse este domingo que quer um país “justo e de excelência” e prometeu “seriedade, independência e ação”, no discurso de apresentação da sua candidatura, nas Caldas da Rainha.

“É por Portugal que sou candidato à Presidência da República”, afirmou o antigo secretário-geral do PS na apresentação da sua candidatura a Belém, que decorreu no Centro Cultural de Congressos das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

O candidato indicou que se rege pelos valores da “liberdade, igualdade, solidariedade, respeito pelo outro e seriedade” e que são esses “os pontos cardeais de um percurso que tem uma meta: fazer de Portugal, um país justo e de excelência”.

“Venho com vontade de servir Portugal com seriedade, independência e ação. Sou livre, vivo sem amarras”, afirmou também.

António José Seguro considerou que a rejeição do Orçamento do Estado “não implica automaticamente dissolução do parlamento” e defendeu que o país não pode andar constantemente em eleições.

“Quero deixar claro que o chumbo do Orçamento de Estado não implica automaticamente dissolução do parlamento”, afirmou o antigo secretário-geral do PS na apresentação da candidatura a Belém, que decorreu no Centro Cultural de Congressos das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria.

António José Seguro considerou que o “país não pode andar de eleições em eleições de ano e meio em ano e meio, nem ter governos a prazo”, alertando que “governos a prazo conduzem Portugal a prazo”.

“Estou preparado para promover a conciliação e os compromissos necessários para mudarmos Portugal”, indicou, sustentando que “Portugal precisa de mudar, e muito, começando na forma como se faz política”.

Para o candidato, “gerir a conjuntura já não basta, nem é maneira de governar”, e é “necessário um projeto nacional, consensualizado, participado por todos, independentemente de quem está no governo”.

“O país tem de ter um rumo, não pode andar aos ziguezages. Portugal precisa de um rumo, não apenas de governo. Precisamos de governos de projeto e não de governos de turnos”, acrescentou.

O candidato a chefe de Estado considerou também que a revisão da Constituição não é um tema prioritário neste momento e propôs um “pacto para a prosperidade”, apontando a necessidade de um “projeto nacional mobilizador”.

“Prioritário é promover o acesso das pessoas à habitação e aos cuidados de saúde a tempo e horas, prioritário é criar riqueza para haver melhores salários e melhores pensões, prioritário é capacitar o país para apoiar as nossas empresas, para que os jovens se fixem e não emigrem”, elencou.

Seguro considerou que “o país precisa de um projeto nacional mobilizador, de um rumo e de uma estratégia”.

“Proponho-me e empenhar-me-ei nesse desígnio: Pacto para a prosperidade. Essa será a minha agenda prioritária, envolvendo todos os partidos políticos, os parceiros sociais, universidades e todos os interessados”, indicou.

Maria de Belém, Francisco Assis e Álvaro Beleza apoiam Seguro

 A antiga candidata presidencial Maria de Belém, o presidente da Sedes ou o eurodeputado Francisco Assis estão entre os que marcaram hoje presença na apresentação da candidatura de António José Seguro a Presidente da República.

Os lugares do auditório do Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, no distrito de Leiria, foram poucos para acolher todas as pessoas que marcaram presença, com várias a assistir de pé.

Entre os presentes, estiveram várias figuras do PS, incluindo a antiga candidata presidencial e ministra da Saúde Maria de Belém, o eurodeputado Francisco Assis, ou antigo presidente da Câmara de Lisboa e ministro da Cultura João Soares.

Também marcaram presença o presidente da Sedes (Associação para o Desenvolvimento Económico e Social), Álvaro Beleza, o antigo eurodeputado Carlos Zorrinho e o antigo ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes.

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