Costa defende Medina porque pela "enésima vez" ficou provado que Medina não sabia o que se passou na TAP (apesar de as Finanças serem um dos dois ministérios que tutelam a empresa)

7 mar 2023, 19:38

Em causa está o pagamento de 500 mil euros a Alexandra Reis - facto que provocou a queda de um ministro, de um secretário de Estado, do chairman da TAP e da presidente da TAP. Fernando Medina, que nomeou Alexandra Reis para sua secretária de Estado depois de aqueles 500 mil euros já terem sido pagos, não fez nada de mal segundo o primeiro-ministro

Caiu Alexandra Reis, caiu Pedro Nuno Santos e o seu secretário de Estado, caíram os dois presidentes da TAP, mas Fernando Medina mantém-se no Governo, mesmo que parte da tutela da empresa aérea passe pelo Ministério das Finanças. “É público e notório que as consequências políticas já estavam retiradas há várias semanas e o relatório da Inspeção-geral das Finanças vem explicar pela enésima vez que não só o atual ministro das Finanças não teve intervenção ou conhecimento do processo como nem sequer o anterior ministro nem ninguém da sua equipa”, afirmou esta terça-feira António Costa.

As declarações do primeiro-ministro isentam Fernando Medina mas também João Leão, que à data da indemnização dada a Alexandra Reis era o ministro das Finanças. Fernando Medina nomeou Alexandra Reis para secretária de Estado quando já tinham sido pagos os 500 mil euros.

Novamente confrontado com as eventuais consequências políticas do caso, António Costa garante que o executivo fez aquilo que devia ter feito. “Outro tema que não tem que ver com este é o facto de ter havido um contrato relativamente ao qual foram suscitadas dúvidas de legalidade. O Governo fez o que lhe competia ao determinar à IGF que fizesse uma auditoria a esse contrato. E essa auditoria concluiu pela ilegalidade do contrato, fez um conjunto de recomendações, uma das quais é que o acionista, ou seja o Estado, deveria avaliar o que fazer relativamente aos dois membros da administração que tinham assinado esse contrato”, alegou.

Nesse contexto, na perspetiva de António Costa, o Governo entendeu “que deveria determinar a demissão quer do chairman, quer da CEO da empresa”.

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