"Não estarei cá para assombrar ninguém", promete Costa. Mas garante que o "PS está muito mais unido do que o PSD"

17 dez 2023, 14:03

Costa garantiu ainda que o "PS está seguramente muito mais unido do que o PSD" e que a prova disso foi o "sentido de unidade" demonstrado 

"Não tenciono fazer sombra a ninguém, até porque o Pedro Nuno tem mais um palmo do que eu". A promessa de António Costa foi feita no fim da reunião com o secretário-geral eleito do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, na sede nacional do partido, no Largo do Rato, em Lisboa.

O antigo secretário-geral socialista - que foi eleito em novembro de 2014 - garantiu, no entanto, estar ao dispor do partido e que todos estão "unidos para garantir que a partir do dia 10 de março haverá uma continuidade".

Em declarações aos jornalistas, Costa garantiu ainda que o "PS está seguramente muito mais unido do que o PSD" e que a prova disso foi o "sentido de unidade" demonstrado por José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos durante as eleições internas.

Sobre o que pode esperar o secretário-geral do PS, o antigo secretário-geral lembrou as eleições que acontecem "em pouco mais de três meses", mas garantiu que Pedro Nuno Santos "é uma pessoa com muita experiência política". 

"Agora todos apoiamos Pedro Nuno Santos. Eu não estarei cá para assombrar ninguém por fazer diferente do que eu estava a fazer", afirmou Costa, garantindo que "aqui não sucessores nem há heranças".

A passagem do testemunho aconteceu este domingo depois de Pedro Nuno Santos ter conquistado a liderança socialista com 62% dos votos dos 60 mil militantes inscritos para votar.

Pedro Nuno Santos foi eleito secretário-geral do PS, com 24.080 votos, correspondentes a 62%, nas eleições diretas realizadas na sexta-feira e no sábado.

Na corrida à sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, deputado e ex-ministro das Infraestruturas e da Habitação, teve como adversários o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e o dirigente socialista Daniel Adrião.

José Luís Carneiro foi o segundo mais votado, com 36% dos votos, e Daniel Adrião ficou em terceiro lugar, com 1%, segundo dados oficiais.

Com um legado da conquista da maioria absoluta e após oito anos de governação do ainda primeiro-ministro, da qual fez parte, Pedro Nuno Santos tem agora o desafio de levar os socialistas a eleições antecipadas de 10 de março convocadas depois da demissão de António Costa na sequência de uma investigação judicial em que é visado.

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