Taxa de inflação está abaixo da média europeia devido às medidas do Governo, diz Costa

Pedro Falardo , Artigo atualizado às 12:04
9 abr 2022, 11:33

Secretário-geral do PS afirma que o Governo tem capacidade para se "ajustar aos imprevistos", sem nunca perder de vista "os objetivos estratégicos" que tem, e considera que a política de rendimentos "é fundamental para a resposta à crise" decorrente da invasão russa à Ucrânia

Na primeira reunião da Comissão Política Nacional do PS após a maioria absoluta nas eleições de 30 de janeiro, o secretário-geral dos socialistas elencou que o problema atual do país reside no “brutal aumento dos custos”, principalmente no setor energético, e considerou que o Governo deve apoiar as empresas para que estas “possam manter a sua atividade e emprego”.

“A lógica agora não é financiar para parar, como durante a pandemia, mas financiar para trabalhar”, disse António Costa, que aproveitou para comparar as taxas de inflação de Portugal com as dos restantes países europeus.

“Quando as pessoas olham para os números e veem que a nossa taxa de inflação está bastante abaixo da taxa de inflação média na Zona Euro, perguntar-se-ão ‘porquê?’. A razão fundamental é que, desde outubro, temos vindo a tomar medidas que, tendo controlado o aumento do preço da energia, têm diminuído também a velocidade de contaminação de outros preços que tem vindo a ocorrer”.

Apesar de vincar que o problema não está resolvido até haver paz e a Rússia “se retirar da Ucrânia”, Costa diz que o Governo tem conseguido “mitigar os efeitos da crise” e terá de ter “capacidade” para o continuar a fazer.

O secretário-geral do PS afirma ainda que o programa eleitoral do partido “não foi feito para os primeiros seis meses”.

“É evidente que a política não é um caminho linear. Há imprevistos que surgem no caminho. Temos de ir conduzindo consoante os obstáculos que aparecem. O que a última legislatura no ensinou, com a covid-19, é que temos capacidade para nos ajustar aos imprevistos, sem nunca perdermos de vista os objetivos estratégicos que temos. É para o futuro que temos de governar”, considerou.

António Costa reitera que os socialistas vão “manter os compromissos com os portugueses”, dando o exemplo da melhoria dos rendimentos e do “diabo que não veio” com os aumentos do salário mínimo. “A política de rendimentos é fundamental para a resposta à crise. Basta ver o que aconteceu na resposta à anterior (crise de 2008) e o que ocorreu na resposta à covid-19”, atirou.

O líder do PS felicitou também a “extraordinária mobilização” dos socialistas nas eleições, que permitiu ao partido ter um “resultado notável”, ao ter ganho todos os círculos eleitorais menos um e ter “roubado” um deputado ao PSD no círculo da Europa após a repetição pedida pelos sociais-democratas.

“Já depois das eleições, tendo alguns querido repetir a votação no círculo da Europa, nós conseguimos não só repetir como alargar a nossa vitória, tendo elegido os dois deputados que se candidataram”, disse António Costa, numa clara referência ao PSD.

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