António Costa congratula-se com a prioridade que vai ser dada à questão da habitação, mas rejeita ficar com os louros pela mudança de abordagem de Bruxelas
O presidente do Conselho Europeu defende que “finalmente a União Europeia assumiu a habitação como uma política essencial”. Em entrevista ao podcast ‘Política com Assinatura’, da Antena 1, diz que “sem uma oferta pública de habitação não é possível regular o mercado” e que, para tal, são necessárias medidas, que poderão chegar ainda este ano.
Sem tomar para si os louros de uma carta que enviou a Bruxelas enquanto primeiro-ministro, António Costa diz agora que tinha razão ao dizer que a questão da habitação deveria ser uma prioridade. Em setembro de 2023, o governo liderado por Costa enviou uma carta a Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, pedindo que a habitação passe a ser uma prioridade do executivo comunitário, frisando ainda que a falta de oferta imobiliária é "um problema em muitas cidades" e que os encargos com habitação pesam de forma "significativa" no orçamento das famílias.
António Costa congratula-se por haver agora um comissário europeu para a Habitação e revela ainda que a Comissão Europeia vai apresentar até ao final deste ano uma estratégia europeia para a habitação. O anúncio surge dias depois de Bruxelas ter recomendado a Portugal um controlo ao preço das rendas e ao Alojamento Local (AL).
Esta é uma matéria que será também elegível no próximo quadro financeiro plurianual da Comissão, noticia a Antena 1.
Na semana em que Portugal assinala os 40 anos de adesão à CEE, o agora presidente do Conselho Europeu abordou ainda a questão do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), defendendo que “foi um erro” a não suspensão em toda a Europa e que, face ao pico de inflação, não fez sentido acelerar a execução do PRR. situação que apenas “penalizou a execução”.
