Costa anuncia fundo com um milhão de euros para cooperação Ibero-América/CPLP

Agência Lusa , PP
25 mar 2023, 20:41
António Costa na apresentação de Medidas de Transição Digital (Lusa/RODRIGO ANTUNES)

Nesta cimeira, que tem como lema "Juntos por uma Ibero-América justa e sustentável", estão representados ao mais alto nível 13 dos 22 países da comunidade ibero-americana

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou este sábado que Portugal tomou a iniciativa de constituir um fundo, que arranca com um milhão de euros, para a cooperação entre a comunidade ibero-americana e a CPLP.

Num discurso na 28.ª Cimeira Ibero-Americana, em Santo Domingo, República Dominicana, António Costa saudou "a adesão como observador da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa [CPLP] à comunidade ibero-americana".

O primeiro-ministro considerou que este "é um passo muito importante" e referiu que "a comunidade ibero-americana já era observador no espaço da CPLP".

"E juntos podemos fazer mais. E é por isso que Portugal tomou a iniciativa de constituir um fundo para a cooperação entre a cimeira ibero-americana e a CPLP, que arrancamos desde já com um milhão de euros, de forma a estreitar a cooperação entre estas duas organizações", acrescentou.

António Costa discursou na 28.ª Cimeira Ibero-Americana logo a seguir ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Nesta cimeira, que tem como lema "Juntos por uma Ibero-América justa e sustentável", estão representados ao mais alto nível 13 dos 22 países da comunidade ibero-americana.

Estão presentes em Santo Domingo os chefes de Estado do Equador, que acolherá a próxima cimeira, Espanha, Portugal, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Honduras, Paraguai e Uruguai, além do país anfitrião, República Dominicana, e também os chefes dos governos português e espanhol.

Costa quer que Ibero-América seja "aliança para a transição energética"

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu que os países do espaço ibero-americano devem constituir uma "aliança para a transição energética", num discurso em que reafirmou o apoio e pediu empenho no acordo UE/Mercosul.

"Nós devemos ser uma grande aliança para a transição energética, porque temos todas as condições para isso. Desde logo, recursos", afirmou António Costa na 28.ª Cimeira Ibero-Americana em Santo Domingo, República Dominicana.

Quanto aos "acordos comerciais que há muito tempo se arrastam" da União Europeia "com Chile, México e em particular o Mercosul", o primeiro-ministro manifestou "enorme expectativa" que possam avançar na presidência espanhola do Conselho da União Europeia, no segundo semestre deste ano.

"O custo de não fazermos é muito superior ao custo de fazermos, e por isso faço aqui um apelo a todos para que nos empenhos para que a presidência espanhola seja coroada de sucesso nesta dimensão", disse.

Em defesa de uma maior cooperação no setor da energia no espaço ibero-americano, António Costa referiu que "as maiores reservas do mundo de lítio estão aqui na América Latina" e "as maiores reservas de lítio na Europa estão em Espanha e em Portugal".

Por outro lado, salientou que Espanha e Portugal acordaram com França a construção de um gasoduto para o transporte de hidrogénio.

"O que significa que esse hidrogénio verde que pode ser aqui produzido, pode ser transportado por barco, pode ser depois distribuído para toda a Europa, para o centro da Europa", acrescentou.

O primeiro-ministro apontou ainda o "cabo digital de alta qualidade" entre a América Latina e a Europa: "É uma gigantesca oportunidade para desenvolvermos em conjunto toda a economia com base nos dados, com base na inteligência artificial. E essa infraestrutura deve ser posta ao serviço do desenvolvimento de todos nós".

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