O FMI acha que a economia portuguesa vai crescer acima do previsto pelo Governo. O ministro da Economia reage: "O FMI acerta muito pouco"

Agência Lusa , AG
9 mai 2023, 20:07
António Costa Silva. Foto: ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Declarações de António Costa Silva surgem um dia depois de o ministro ter dito que a economia portuguesa está "notável" apesar de isso não se sentir, segundo o próprio, no bolso dos portugueses

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, disse esta terça-feira que o Fundo Monetário Internacional (FMI) “acerta muito pouco” nas previsões sobre a economia portuguesa, em resposta à revisão em alta do crescimento de 1% para 2,6%. Por sua vez, o Governo português prevê um crescimento de 1,8% em 2023.

“É a primeira vez que o FMI é mais otimista do que o Governo português. O FMI acerta muito pouco relativamente à economia nacional”, disse Costa Silva, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, onde foi apresentada a Agenda do Turismo para o Interior.

Segundo o governante, “muitas vezes as pessoas subestimam a capacidade da economia portuguesa”, que salientou ser “muito resiliente”. E no dia em que o FMI sobrestima a capacidade da economia portuguesa comparando com a estimativa do Governo, o ministro optou por criticar o FMI.

O governante tem ainda o seguinte a dizer sobre o FMI: “Dizem que foi uma surpresa os resultados do primeiro trimestre deste ano. Os resultados não foram surpresa nenhuma, vêm na sequência do que a economia portuguesa produziu e fez em 2022”. “Se alguma coisa está a funcionar bem no país, é a economia”, disse. “Estamos a ter uma economia cada vez mais competitiva, cada vez mais exportadora, e tudo isso é benéfico para o futuro do país”, acrescentou o governante.

Por outro lado, António Costa e Silva adiantou que, apesar das dificuldades que existem - inflação, guerra na Ucrânia, estima um crescimento de 2% da economia até ao final do ano. “A economia tem um percurso que tem sido sólido e espero que mantenha um crescimento pelo menos na ordem dos 2%, ou acima disto, até ao fim deste ano”, salientou o ministro da tutela.

O FMI justificou hoje a revisão em alta do crescimento da economia portuguesa este ano, de 1% para 2,6%, com o desempenho acima do previsto no primeiro trimestre, que terá sido “largamente motivado pelo turismo”.

As declarações desta terça-feira de António Costa Silva surgem um dia depois de o ministro ter dito que a economia portuguesa está "notável" apesar de isso não se sentir, segundo o próprio, no bolso dos portugueses.

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