CAN: Egito de Queiroz bate Camarões de Conceição e está na final

3 fev 2022, 21:47

Selecionador português dos egípcios foi expulso em cima do minuto 90, mas sorriu no fim. É já a melhor prestação de um técnico luso na história da prova. Anfitriões caem nas meias-finais. Salah contra Mané pelo título

Quase três horas de tensão e de emoções. No fim, um português a sorrir (Carlos Queiroz) e outro a sair de mãos a abanar (António Conceição). E uma final com duas estrelas do Liverpool de olho no título: Mohamed Salah contra Sadio Mané.

O Egito, orientado pelo português Carlos Queiroz, garantiu esta quinta-feira a qualificação para a final da Taça das Nações Africanas (CAN), ao vencer os Camarões no desempate por penáltis, por 3-1, após o nulo registado no final do tempo regulamentar e do prolongamento.

Aos faraós bastaram apenas três penáltis para obter o passaporte para a final: os Camarões começaram a marcar por Aboubakar, mas Gabaski brilhou depois ao defender os dois remates seguintes e Clinton N'Jie, na tentativa de manter os anfitriões da CAN ainda em jogo, atirou ao lado.

O penálti de Clinton N'Jie que ditou a decisão do jogo:

Desfecho histórico para Carlos Queiroz, que acabou expulso em cima do minuto 90, mas que se torna agora o treinador português com o melhor resultado na CAN, independentemente do que aconteça na final, ante o Senegal.

Em campo, o primeiro episódio de destaque da partida aconteceu logo ao minuto 13, quando Carlos Queiroz, de forma inusitada, se ajoelhou junto à linha lateral e apontou com os braços para o céu, após uma falta assinalada contra o Egito, o que motivou a ida do árbitro Bakary Gassama junto do técnico luso para uma troca de palavras que não parece ter sido simpática.

A seguir, no jogo propriamente dito, a primeira boa ocasião do jogo surgiu aos 18 minutos, quando Ngadeu-Ngadjui cabeceou ao ferro, depois de um canto do lado direito do ataque dos Camarões.

A primeira parte teve várias paragens, nomeadamente para assistir o guarda-redes egípcio Gabaski e, já mais perto do intervalo, quando El Wensh ficou a sangrar e teve de ser-lhe colocada uma liga na cabeça.

O Egito não teve grandes ocasiões no primeiro tempo, período que teve mais domínio da seleção anfitriã da CAN, mas Mohamed Salah esteve muito perto de ser feliz aos 58 minutos. Hongla teve um atraso imperdoável, isolou o jogador do Liverpool, mas Onana saiu bem da área e intercetou o drible de Salah.

A resposta dos Camarões deu-se aos 68 e 70 minutos, com Toko-Ekambi a desviar na área após um livre para Gabaski agarrar quase em cima da linha e, depois, um remate espontâneo de Gouet a raspar no poste.

Aos 90 minutos, e apenas três minutos depois de ter visto um cartão amarelo, Carlos Queiroz foi expulso, tendo visto o cartão vermelho do árbitro Bakary Gassama depois de muitos protestos. O duelo no estádio Olembé animou a partir daí, mas certo é que não teve golos ao final dos 90 minutos, nem ao final dos 120, aqui já com Queiroz mais longe do relvado.

No desempate por penáltis, Aboubakar fez 1-0 para os Camarões, Zizo empatou (1-1) e depois apareceu Gabaski: o guardião egípcio defendeu os remates de Moukoudi e de Siliki, enquanto Zizo e Lasheen marcaram para dar vantagem de 1-3 ao Egito, até que Clinton N’Jie desperdiçou a quarta grande penalidade dos Camarões, atirando ao lado e consumando a eliminação dos da casa.

O jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares entre Camarões e Burquina Faso é às 16 horas de domingo. A final, entre Egito e Senegal, é às 19 horas.

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