Os municípios mais afetados são Briceño, Anorí e Tarazá
Quase 2.500 pessoas foram deslocadas nas últimas 24 horas no norte do departamento de Antioquia, na Colômbia, devido a confrontos entre grupos armados, informou na terça-feira o Ministério Público colombiano.
Em comunicado, o Ministério Público denunciou "a violação sistemática dos direitos humanos e do Direito Internacional Humanitário (DIH) contra as comunidades desta zona do país, relacionada com práticas de controlo territorial, confrontos armados com a interposição de civis e confinamentos".
O Ministério Público colombiano alertou na segunda-feira que os conflito envolvem o Clã do Golfo (maior gangue criminoso do país), a guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das extintas FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Os municípios mais afetados são Briceño, Anorí e Tarazá, segundo a mesma fonte.
No mês passado, um relatório do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários alertou que a violência e o conflito armado colombiano fez mais de 79.000 deslocados entre janeiro e agosto de 2025, um aumento de 94% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A Procuradoria-Geral Adjunta para o Acompanhamento do Acordo de Paz pediu ainda na terça-feira que fossem ativadas as operações de proteção às vítimas e que fosse dada assistência humanitária aos civis, dirigindo apelos aos ministérios da Defesa Nacional, do Interior, à Unidade de Vítimas e às autoridades locais.