Há mais um oligarca russo com passaporte português e outros dois a aguardar decisão do Ministério da Justiça

20 jul 2022, 08:10
Passaporte português

REVISTA DE IMPRENSA. Depois de Abramovich, Andrei Rappoport já tem passaporte nacional. Já Lev Leviev e God Nisanov aguardam decisão

Roman Abramovich não foi o único oligarca russo a conseguir a naturalização portuguesa ao abrigo da lei dos sefarditas. Depois do antigo dono do Chelsea, o jornal Público avança que também Andrei Rappoport conseguiu o passaporte português. Com  uma fortuna avaliada em 1,2 mil milhões de euros pela Forbes, o multimilionário nascido na ex-república soviética da Ucrânia, em 1963, presidiu ao Alfa-Bank entre 1992 e 1996. 

No início dos anos 2000, transferiu-se para a Yukos e começou a supervisionar as empresas estatais de energia da Rússia, tornando-se presidente da administração da gigante Federal Grid Company. Seis anos depois, passou a controlar a Energostroyinvest-Holding, que era na altura a maior construtora de redes eléctricas e centrais termoeléctricas da Rússia e que tinha importantes contratos com a FGC. Empresa que venderia a um sócio de Abramovich.

Quanto ao passaporte português, esse chegou a 30 de Dezembro de 2019, quatro anos e meio antes de Abramovich obter a nacionalidade portuguesa, também por despacho da então secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso. Todos foram certificados como judeus sefarditas pela Comunidade Israelita do Porto (CIP).

Por sua vez, o oligarca russo e ex-vice-presidente do Congresso Mundial Judaico, God Nisanov, e o o "rei dos diamantes" Lev Leviev aguardam pela naturalização portuguesa.

Recentemente, Blinken descreveu Nisanov como “um dos homens mais ricos da Europa” e “colaborador próximo de várias autoridades russas”, tendo sido homenageado no Kremlin, em julho de 2014, por Putin, com a Ordem da Amizade. A 26 de junho de 2020, requereu a naturalização portuguesa junto da Conservatória dos Registos Centrais, tendo apresentado uma certidão emitida pela CIP a comprovar as suas origens sefarditas, referentes aos judeus que receberam ordem de expulsão de Portugal no final do século XIV e a quem foi concedido o direito de nacionalidade.

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