André Ventura foi colocado num quarto privado enquanto esteve hospitalizado - semanas antes, tinha criticado Montenegro por ter sido alvo de tratamento semelhante. Chega diz que pode ser confirmado que houve tentativa de "invasão" - autoridades confirmam... o oposto
Fonte da PSP de Faro esclarece à CNN Portugal não ter registo de qualquer ocorrência no hospital de Faro no dia em que André Ventura ali esteve internado. Também o próprio hospital desmente essa informação.
"Não há registo de qualquer incidente de segurança antes, durante ou depois do atendimento hospitalar do deputado André Ventura, nem existiram da parte do hospital medidas especiais de segurança", adianta o hospital à CNN Portugal.
André Ventura esteve num quarto privado enquanto esteve hospitalizado. O Chega diz que tal se deveu por "questões de segurança" porque houve uma tentativa de invasão. "O André Ventura estava num quarto, sozinho, por questões de segurança. E vou voltar a frisar isso, que é importante que nós percebamos isso: há um político aqui em Portugal que é ameaçado diariamente. Esse político chama-se André Ventura. Por muito que vocês queiram dizer que não, por muito que pensem que não, André Ventura é ameaçado diariamente. E estava num quarto, sozinho, porque houve pessoas a tentar entrar no Hospital de Faro", afirmou esta quinta-feira Pedro Pinto, líder parlamentar do Chega. "Houve pessoas a tentar entrar no Hospital de Faro e a tentar invadir o Hospital de Faro" enquanto André Ventura ali esteve internado, acrescentou. E mais - essa informação "pode ser confirmada". A PSP e Hospital de Faro confirmam o oposto.
André Ventura garante que havia quem o quisesse "matar" no Hospital de Faro e que, por isso, é que foi montado "um grande esquema de segurança à porta do hospital", não por ser uma figura política, mas sim por ser "uma figura que é ameaçada lá fora por pessoas que o querem matar".
"Eu entrei pelo INEM, que foi chamado pelos bombeiros e puseram-me numa sala com segurança à porta. Queria que os ciganos me matassem num corredor? Estava montado um grande esquema de segurança à porta do hospital", afirmou Ventura perante os jornalistas em Odemira, acrescentando que "ou ficava com segurança e com polícia ou deixavam matar-me". "Eu acho que não querem que eu morra à mão de nenhum cigano, penso eu."
As declarações do líder do Chega aconteceram momentos antes de Ventura se voltar a sentir indisposto durante a arruada em Odemira e de ter de interromper novamente a campanha.