Reação do presidente do Chega aconteceu depois de o partido ter conquistado três autarquias - metade daquilo que o CDS conseguiu vencer a sós
André Ventura reconhece que os resultados autárquicos ficaram aquém do esperado, especialmente em concelhos onde o Chega foi o mais votado nas eleições legislativas mas en que nestas autárquicas “não atingiram o objetivo”. À hora a que discursava, o CDS tinha vencido sozinho o dobro das câmaras (seis) e mais 47 em coligação.
Num discurso antes de rumar ao Entroncamento, um dos três concelhos que o Chega venceu, André Ventura garantiu que o seu partido tornou-se um “partido de responsabilidade autárquica na liderança de câmaras municipais”, mas também uma força que pode fazer a diferença ao “desbloquear maiorias” e “desempatar” votações.
Considerando que esta foi “uma noite boa”, Ventura garantiu que os resultados não se traduziram “na amplitude da vitória que queríamos”. “A política é sempre um exercício de responsabilização e de ação”, sublinhou.
Além do “fenómeno” do Entroncamento, como descreveu Ventura, o Chega conseguiu vencer as eleições autárquicas em Albufeira e em São Vicente, esta última a primeira vitória autárquica do partido na noite autárquica. “É simbólico que essa primeira vitória autárquica tenha sido com maioria absoluta, com grande simbolismo da luta contra a corrupção”, garantiu.
André Ventura disse ainda que o seu partido vai “trabalhar para que estas grandes vitórias se traduzam em mais câmaras, mais assembleias e mais deputados de freguesia”. “Hoje demos esse primeiro passo, mas ainda estamos longe. Este partido luta para vencer - hoje não vencemos mas vamos lutar para vencer”, prometeu.