"Todos os crimes de ameaça devem ser investigados". Ventura aguarda investigação a dirigentes do Chega

Agência Lusa , ARC
7 jun 2023, 14:38
André Ventura

"Não há líder político em Portugal mais ameaçado do que eu", garante o líder do Chega

O presidente do Chega disse esta quarta-feira, em Santarém, que vai aguardar pela conclusão da investigação a alegadas ameaças feitas por dirigentes do partido a um jornalista e esperar “a mesma ação” das autoridades em relação às ameaças que recebe “diariamente”.

André Ventura, que falava aos jornalistas à margem da visita à Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, confirmou que um conselheiro e um dirigente do Chega vão ser ouvidos, provavelmente esta quarta-feira, no âmbito de uma investigação que decorre de “uma queixa de uma associação internacional” que acusava membros do partido “de fazerem ameaças a um jornalista que teria feito uma reportagem sobre o Chega em janeiro de 2021”.

“Em todo o caso, já o disse e é o que eu sinto. Todos os crimes de ameaça devem ser investigados. Tenho a certeza do que vou dizer. Não há líder político em Portugal mais ameaçado do que eu. Não há. O que espero agora das autoridades é a mesma ação para aqueles que diariamente ameaçam a minha vida e a vida daqueles que trabalham no Chega”, declarou.

Para André Ventura, a ser “aberta a via" de realização de buscas domiciliárias por causa de um crime de ameaça à liberdade de imprensa, espera que “agora se faça o mesmo a todos aqueles que nos últimos anos” o têm ameaçado e a outros membros do partido.

“É todos os dias nas redes sociais. Pessoas que colocam armas e falam do meu nome e dizem que eu estava bem era no cemitério”, afirmou.

Questionado sobre se admite afastar os membros do partido envolvidos no caso, o líder do Chega afirmou que, para si, “as ameaças são intoleráveis”, mas terá primeiro de “conhecer em detalhe as questões do processo” para tirar daí consequências.

Em causa estão as buscas a Luc Mombito esta terça-feira. O braço-direito de André Ventura foi constituído arguido e interrogado pela Polícia Judiciária por crimes de injúria agravada, ameaça agravada e atentado à liberdade de imprensa. Também Nuno Pontes, com responsabilidades no núcleo do Norte do Chega, é suspeito dos mesmos crimes, para além de ter sido detido por posse ilegal de arma e de 30 munições, como apurou a CNN Portugal

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