André Ventura apresentou à V Convenção a moção de estratégia, onde aponta - mais uma vez - o grande objetivo de ganhar as eleições legislativas
"Que o teto me caia aqui em cima se não seremos líderes do Governo". André Ventura quer manter-se líder do Chega porque acredita que o partido é a "única cura" para "o vírus mortal socialista".
Na apresentação da recandidatura à presidência do Chega - à qual é o único candidato - André Ventura admitiu ter refletido para saber se faz sentido continuar à frente do partido. E chegou a uma conclusão: "Só faz sentido recandidatar-me com objetivo de melhorar o que atingimos".
E para o líder do Chega, melhorar é não "ir aos mesmos eleitores de sempre". É corresponder à "revolta de um povo que não aguenta mais" e fazer o trabalho que "a oposição não faz".
"Tomei a decisão de me recandidatar, por entender que tenho condições nos próximos quatro anos para levar este partido ao que ele merece, a liderar um Governo de Portugal", reiterou.
"Nós nascemos com um projeto de Governo, com um projeto de poder alternativo", defendeu, considerando que "há um único partido que lidera a oposição, que eleva os 'soundbites'" no parlamento, "que se irrita e se enerva, como todos os seres humanos, porque sofre" as "dores que os portugueses estão a sofrer em casa".
Apontando que o PS "estendeu um polvo enorme em Portugal", André Ventura afirmou que "o PS é como um vírus que passa pelo corpo nacional", que "contaminou inclusive aqueles que o deviam combater". "Essa cura tem de ser um Chega firme, um Chega forte e sem medo das palavras", salientou.
O Chega realiza, até domingo, em Santarém, a sua V Convenção Nacional, marcada na sequência do chumbo dos estatutos pelo Tribunal Constitucional. Porém, o partido decidiu regressar aos estatutos originais, de 2019, e ajustar os órgãos, em vez de os voltar a alterar este fim de semana.