Presidente do Chega diz que "os dados indicam" que o partido será o líder da oposição depois de conhecidos os resultados da emigração
André Ventura anunciou que o Chega “deve ser líder da oposição” e que vai ter um “governo alternativo pronto para governar a qualquer momento”.
Em declarações aos jornalistas depois de uma reunião com o Presidente da República no Palácio de Belém, para a qual chegou 20 minutos atrasado, André Ventura revelou que “o Chega está confiante que será o segundo partido português”.
“Os dados indicam isso, partilhámos isso com o Presidente da República, e isso mudará completamente o xadrez político e a combinação política nacional”, adianta o líder do Chega, partido que igualou o mesmo número de deputados que o PS nas eleições legislativas de domingo, numa altura em que ainda resta apurar os votos dos círculos da emigração, que atribuem quatro mandatos.
André Ventura disse que, ao que tudo indica, o Chega vai vencer nesses círculos eleitorais - da Europa e de Fora da Europa, sendo que cada um elege dois deputados - e garante que, “caso isso se verifique, o Chega assumirá o seu papel de liderança da oposição em Portugal e de liderança de uma alternativa de governo.” Nas eleições legislativas de 2024 o partido já venceu nos círculos da emigração, conseguindo dois dos quatro deputados, ficando AD e PS com um cada.
Apesar de garantir que o Chega será “um partido responsável” nesta legislatura - “como, aliás, sempre foi”, sublinha - André Ventura assumiu que, como líder da oposição, deve “escrutinar, deve fiscalizar e deve apresentar alternativa ao Governo”.
Por isso, reiterou, “o Chega deve ter um governo alternativo pronto para governar a qualquer momento, caso os portugueses sejam chamados às urnas”.
“Isto significa que o Chega, se tudo se confirmar no dia 28 de maio, será o partido líder da oposição, apresentaremos um governo alternativo e assumiremos o nosso estatuto de líder da oposição mas não deixaremos que o país caia numa nova crise política”, assegura.
O Chega apresenta-se como “um farol e um garante da estabilidade de Portugal”, acrescentou André Ventura, ressalvando com as condições para essa estabilidade - “uma estabilidade que continue a combater a corrupção, que combata a imigração descontrolada e que permita um crescimento económico que dê salários e dignidade a quem trabalha, aos pensionistas, e não a quem não faz nada”.
