«Benfica tem um guarda-redes com tudo para ser dos melhores do mundo»

Adérito Esteves , Enviado especial a Málaga, Espanha
19 dez 2022, 09:00
Andebol Benfica

Gonzalo Pérez de Vargas, guarda-redes do Barcelona, elogia compatriota que joga na equipa de andebol do Benfica

De espanhol para espanhol.

De guarda-redes para guarda-redes.

De melhor do mundo para «possível» melhor do mundo, no futuro.

Minutos depois de ter vencido o FC Porto na final da Supertaça Ibérica de andebol, Gonzalo Pérez de Vargas, talvez a figura maior os blaugrana na prova, deixava rasgados elogios a Sergey Hernández, guarda-redes do Benfica e companheiro de seleção do guardião do Barcelona.

«Sergey Hernández é um guarda-redes com um excelente futuro, mas já é o presente. Tem tudo para ser dos melhores do Mundo», defendeu, em declarações ao Maisfutebol.

Considerado por muitos como o melhor do mundo, guarda-redes de 31 anos acredita que a mudança do compatriota para o Benfica beneficiou muito a sua evolução… mas deixa no ar a possibilidade de a estadia em Lisboa estar a acabar.

«Ele cresceu muito ao tornar-se importante no Benfica e vamos ver como vai ser no próximo ano. Certamente estará a procurar a melhor solução para continuar a crescer», acrescentou, numa semana em que ganharam eco as notícias sobre uma possível mudança de Hernández para o Magdburgo, campeão alemão e bicampeão do mundo.

Antes do final da época, porém, há o Mundial, prova agendada para janeiro e que vai decorrer na Suécia e na Polónia. A poucos dias de se encontrar com Sergey na seleção, para a qual estão ambos convocados, Pérez de Vargas defende que o guarda-redes do Benfica vai estar na luta pela titularidade, habitualmente partilhada entre o guardião do Barça e Rodrigo Corrales, do Veszprém.

«Não tenho dúvidas de que ele [Sergey] pode lutar pela baliza da seleção espanhola. O selecionador não olha ao currículo, mas sim ao momento de forma e ao que cada jogador pode dar. Ele já faz parte do grupo, já tem algumas oportunidades e é mais novo do que nós. E é bom para todos que haja esta concorrência», admite.

Após brilhar na nova competição organizada em parceria pelas federações espanhola e portuguesa, na qual defrontou – e travou! – o Sporting e o FC Porto, o capitão do Barça deixou ainda elogios ao andebol português.

Para o experiente jogador, este crescimento é indissociável da aposta de FC Porto, Sporting e Benfica, clubes de grande dimensão, sobretudo devido ao futebol, na modalidade.

«O andebol português está a crescer muitíssimo, tanto a nível de seleção, como de equipas. O facto de contarem com a estrutura de clubes de futebol é uma forma positiva de crescer nas outras modalidades, ainda para mais quando se tem uma grande estrutura de adeptos», nota.

«Fisicamente, são equipas difíceis de bater, como se viu neste fim de semana. O jogo com o Sporting foi duro, e com o FC Porto foi igualmente duro», finalizou.

Palavra de alguém que, aos 31 anos, já foi duas vezes campeão europeu por Espanha, venceu quatro Ligas dos Campeões, outros tantos Campeonatos do Mundo de Clubes 38 competições em Espanha, entre ligas, taças e supertaças.

 

 

 

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