A ministra do Trabalho e Segurança Social destacou esta quarta-feira o aumento crescente de trabalhadores declarados à Segurança Social, que entre janeiro e abril subiram em 180 mil, mas admitiu que há trabalho a fazer sobre a taxa de precariedade.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, falava no início da sua audição na comissão parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, traçando um balanço sobre os indicadores desta área nos últimos meses.
Apesar do primeiro trimestre deste ano representar uma “diminuição significativa” face a 2019, admitiu que a taxa de precariedade “ainda mostra" que há "muito a fazer e trabalhar", porque o país continua "com uma taxa acima da média europeia, seja em termos gerais, seja em termos de jovens”.
Ana Mendes Godinho salientou que a taxa de precariedade no primeiro trimestre se fixou em 17,1%, o que compara com 21,3% em 2019 (período pré-pandemia).
A governante destacou ainda “o movimento de aumento crescente de trabalhadores declarados à Segurança Social”, indicando que entre janeiro e abril deste ano subiu 4,9%, o correspondente a mais 180 mil trabalhadores, face ao período homólogo do ano passado.
Este movimento foi acompanhado pela subida da remuneração média declarada à Segurança Social, que aumentou 8% nos primeiros quatro meses do ano face ao período homólogo do ano passado, atingindo 21.331 milhões de euros.
A governante salientou também a diminuição da taxa dos jovens que não trabalham nem estudam, para 8,9% no final de 2022, considerando que o país “já está muito perto daquela que é a meta europeia para 2030”.