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"Se cada um de nós usar máscara estamos a reduzir a transmissão", pede diretor do serviço de Medicina Intensiva do Hospital de São João

José Artur Paiva, diretor do serviço de Medicina Intensiva do Hospital de São João, no Porto, considera que neste momento a prioridade em termos de convid-19 deve "proteger os mais idosos e mais frágeis". Em declarações à CNN Portugal, o médico recorda que "o dado mais preocupante é que temos uma letalidade crescente desde o início de fevereiro, que se centra nas pessoas imunodepressivas".

Portanto, na sua opinião, deve-se "avançar rapidamente para a segunda dose de reforço nessa população", estendendo-se mesmo a todas as pessoas com mais de 65 anos.

Além disso, a segunda preocupação deveria ser "tentar reduzir a transmissão para evitar a sobrecarga do sistema e, assim, para não prejudicar a patologia não covid", diz. "O foco aqui é o diagnóstico e tornar mais fácil o acesso ao diagnóstico para que as pessoas se possam isolar."

José Artur Paiva é a favor da gratuitidade dos testes rápidos e sublinha que, apesar de não ser obrigatório, "o uso de máscara é recomendado em todos os espaços interiores coletivos em que há uma grande aglomeração de pessoas, sobretudo se estiverem presentes pessoas idosas e pessoas frágeis".

"Não creio que seja preciso retomar a obrigatoriedade da máscara, mas é preciso um plano de comunicação muito claro que leve as pessoas a perceber que se cada um de nós usar máscara voluntariamente nesses espaços, estamos a reduzir a transmissão e, portanto, a reduzir a sobrecarcaga do Serviço Nacional de Saúde", conclui.

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