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Mais de 60 milhões escolhem presidente num Irão sem reformas à vista

Mais de 60 milhões de eleitores foram chamados às urnas no Irão, depois da morte do Presidente Ebrahim Raissi num acidente de helicóptero, perto do Azerbaijão. Milhares de pessoas da diáspora iraniana votaram também nos países vizinhos, do Líbano à Síria, mas também no Ocidente.

 

As eleições deste final de junho ficam marcadas pelo crescente descontentamento das gerações mais jovens na República Islâmica, que reclamam melhores condições de trabalho, uma economia mais livre e, sobretudo, mais liberdade, sobretudo para as mulheres. As estações de voto deveriam ter fechado por volta das 14:30 - hora de Lisboa - mas o período foi alargado pelo menos duas vezes, de acordo com os media Estatais iranianos. Os candidatos com mais possibilidades de vitória são os conservadores Mohamad Bagher Ghalibaf e Saeed Jalili e o centrista moderado Masoud Pezeshkian.

 

Os analistas dizem que estas presidenciais são das mais importantes em décadas, já que acontecem depois da mais recente série de protestos violentos contra as leis da teocracia iraniana.

 

O Irão, potência regional que rivaliza com a Arábia Saudita no Médio Oriente, tem a ambição de liderar uma região onde o Ocidente mantém interesses estratégicos, não só pela localização geoestratégica, mas também pela riqueza de recursos como o petróleo e o gás natural. Desde a Revolução Islâmica de 1979 que o Irão, na altura uma monarquia liderada pelos Pahlavi, mantém uma atitude hostil face ao Ocidente, em particular por causa do apoio ao Estado de Israel. O Irão é um dos principais produtores de petróleo do mundo, mas as sanções impostas pelas Nações Unidas por causa do programa nuclear nacional impedem o desenvolvimento económico do país.

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