Na opinião de José Azeredo Lopes "é absolutamente indiscutível que Israel já violou gravemente muitas das disposições do direito internacional humanitário". Apesar disso, considera que dificilmente o Tribunal Internacional de Justiça irá condenar Israel por genocídio do povo palestiniano na Faixa de Gaza, "porque a prova da intenção genocida é muito difícil e extremamente exigente em direito internacional".
A decisão final só chegará daqui a três ou quatro anos, mas dentro de algumas semanas o TIJ poderá decretar medidas provisórias. E Israel está preocupado. "Será uma enorme derrota para Israel, não será uma derrota jurídica mas de percepção, confirmando que Israel não está a cumprir o direito humanitário".
Não admira por isso, que nos últimos dias, "Israel tenha-se desdobrado em declarações muito críticas contra a África do Sul, que não são nada inocentes". Além disso também "distinguiu pela primeira vez com enorme clareza o povo palestino dos elementos do Hamas e garantiu que não haverá ocupação permanente de Gaza".
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