As autoridades chinesas decretaram esta quarta-feira o confinamento dos 13 milhões de residentes na cidade de Xian a partir de quinta-feira, devido a um ressurgimento de casos de covid-19 na capital da província central de Shaanxi.
"À exceção dos trabalhadores da saúde, todos os outros devem ficar em casa, a menos que haja uma razão imperativa", anunciou a comissão de saúde local numa declaração, citada pelas agências de notícias internacionais.
PUB
A comissão anunciou o encerramento de escolas e a suspensão de todo o tipo de eventos, pedindo aos residentes que trabalhem a partir de casa.
Só é permitido a uma pessoa por agregado familiar fazer compras "de dois em dois dias" e todos os estabelecimentos "não essenciais" receberam ordem para fechar, exceto supermercados, lojas de conveniência e instalações médicas.
Os residentes não podem sair de Xian a menos que seja estritamente necessário, devendo primeiro obter certificados aprovados pelas autoridades locais, mediante a apresentação de um teste negativo.
Mais de 85% dos voos no aeroporto de Xian já foram cancelados, de acordo com o ‘site’ especializado VariFlight.
A decisão, que afeta um número de pessoas superior à população de Portugal, foi tomada quando falta pouco mais de um mês para o início dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim.
PUB
A Comissão Nacional de Saúde da China anunciou esta quarta-feira que das 57 novas infeções diagnosticadas a nível nacional na terça-feira, 53 referiam-se a Xian, antiga capital imperial e conhecida pelo “exército de terracota” descoberto em 1974.
Desde o início deste último surto de covid-19 a 09 de dezembro, a província de Shaanxi detetou 149 casos positivos locais, 143 dos quais em Xian.
Até agora, a China não confirmou nenhum caso transmitido localmente da variante Ómicron, mas comunicou ter detetado casos importados de viajantes chegados do estrangeiro enquanto se encontravam em quarentena.
PUB